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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2018.tde-22102018-140849
Documento
Autor
Nome completo
Adriana Ribas Andrade
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2018
Orientador
Banca examinadora
Carrilho, Flair José (Presidente)
Leal, Raquel Franco
Maluf Filho, Fauze
Sipahi, Aytan Miranda
 
Título em português
Avaliação da hemostasia na Doença de Crohn subclínica: papel da atividade endoscópica
Palavras-chave em português
Atividade endoscópica
Coagulação
Doença de Crohn
Fator tecidual
Tromboembolismo venoso
Resumo em português
Introdução: Pacientes com Doença de Crohn (DC) apresentam alto risco de eventos tromboembólicos (TE), muitas vezes, associados a alta morbimortalidade. É conhecido o papel da inflamação na fisiopatologia da trombose na doença Inflamatória Intestinal (DII), entretanto, o significado da inflamação subclínica ainda se mantém obscuro na literatura. Este estudo avaliou o efeito da atividade endoscópica no perfil de coagulação dos pacientes com DC em remissão clínica. Métodos: entre os dias 22 de maio de 2015 e 26 de abril de 2017, foram triados 261 pacientes com DC em possível remissão clínica, sendo realizadas ao todo 229 colonoscopias. Das 229 colonoscopias realizadas, 164 pacientes estavam realmente em remissão clínica (confirmados com CDAI <= 150) e foram alocados em dois grupos: 75 no grupo de atividade endoscópica (AE) (SES-CD >= 7), 89 no grupo de remissão endoscópica (RE) (SES-CD <= 2). Cinquenta controles saudáveis pareados por sexo e idade foram eleitos. Medimos, nos 3 grupos, além da geração de trombina - pelo método Calibrated Automated Thrombogram (CAT), com e sem trombomodulina, - a atividade do fator tecidual (FT), fibrinogênio, D-dímero, Fator VIII, ADAMTS-13, Fator de von Willebrand - antígeno e cofator de ristocetina (cWF). Coletamos dados sobre a duração da doença, extensão, comportamento, localização, tratamento farmacológico, história prévia de cirurgias, calprotectina fecal, qualidade de vida (por meio do IBDQ), além dos fatores de risco para TE, como hospitalização recente, uso de corticoide atual, status do tabagismo, assim como marcadores de trombofilia hereditária ou adquirida. Seguimos os pacientes por 1 ano de observação, avaliando a variação no CDAI e IBDQ no período. Resultados: A maioria dos pacientes apresentou comprometimento ileocolônico (43%), com comportamento inflamatório (40%), seguido de estenosante (30%) e fistulizante (30%). 67% estavam em uso de imunossupressores e 52% em uso de biológicos. Os fatores de risco para TE e todos os outros marcadores de trombofilia, incluindo deficiência de proteína C e S, anticardiolipina, resistência à proteína C, antitrombina, mutações da protrombina e do Fator V, foram semelhantes em ambos os grupos, exceto pelo anticoagulante lúpico, maior no grupo de AE (8,1% vs. 1,3%, p=0,047). Como esperado, o grupo de AE apresentou níveis significativamente maiores de PCR, calprotectina fecal e plaquetas. Além disso, este grupo apresentou uma maior atividade do fator tecidual vs. o grupo de RE vs. controles (127 vs. 103 vs. 84, p = 0,001). Embora o grupo DC tivesse maiores níveis de FVW:Ag e FVW:RCo, FVW/ADAMTS-13, Fator VIII e trombomodulina vs. controles, não houve diferença estatística entre os grupos de AE e RE. Os níveis de geração de trombina foram semelhantes entre os 3 grupos, com ou sem trombomodulina. Conclusão: Esses dados evidenciam que existe uma disfunção endotelial inerente à DC, e, que, em pacientes com AE, essa disfunção pode ser ainda maior pela maior exposição do FT. Embora, a presença de inflamação e dano endotelial contribuam para esse estado procoagulante, em pacientes com doença subclínica, há um estado de compensação permanente, uma vez que a quantidade de trombina gerada foi a mesma entre os grupos. Este equilíbrio pode estar comprometido diante de outros fatores tromboembólicos, aumentando, assim, o risco de trombose
 
Título em inglês
Hemostatic parameters in Crohn's Disease in clinical remission: role of endoscopic activity
Palavras-chave em inglês
Coagulation
Crohn's disease
Endoscopic activity
Tissue factor
Venous thromboembolism
Resumo em inglês
Background: Crohn's disease patients (CD) have a high risk of thromboembolic events (TE), often associated with high morbidity and mortality. Involvement of inflammation in TE is well known, but significance of the sub-clinical inflammation in this process is not the rule. Thus, the aim of this study is to evaluate the effect of the endoscopic activity in the coagulation profile in CD in clinical remission. Methods: Between May/2015 and April/2017, 261 CD patients in supposed clinical remission, were screened, and 229 had a colonoscopy done, resulting in the inclusion of 164 CD patients in clinical remission confirmed by a CDAI <= 150. They were allocated in two groups: 75 in the endoscopic activity (EA) group (SES-CD >= 7), and 89 in the endoscopic remission (ER) group (SES-CD <= 2). 50 healthy controls matched for sex and age were chosen. We measured in the 3 groups, in addition to the generation of thrombin - through the Calibrated Automated Thrombogram (CAT), with and without thrombomodulin, - the activity of tissue factor (TF), fibrinogen, D-dimer, Factor VIII, ADAMTS-13 and von Willebrand Factor - antigen (VWF) and ristocetin cofactor (VWF:RCo). We collected data regarding the duration of the disease, extension, behavior, location, pharmacological treatment, previous history of surgeries, fecal calprotectin, quality of life (through IBDQ), as well as risk factors for TE such as recent hospitalization, current corticoid use, smoking status, as well as markers of hereditary or acquired thrombophilia. We followed the patients for 1 year of observation, evaluating the variation in CDAI and IBDQ. Results: Most of the patients had ileocolonic involvement (43%), with inflammatory behavior (40%), followed by stenosing (30%) and fistulizing (30%). 67% were in use of immunosuppressors and 52% in use of biological drugs. Risk factors for TE besides other markers of thrombophilia, including protein C and S deficiency, anticardiolipin, protein C resistance, antithrombin, prothrombin and Factor V mutations, were similar in both groups except for the lupus anticoagulant, higher in the EA group (8.1% vs. 1.3%, p = 0.047). As expected, the EA group had significantly higher levels of CRP, fecal calprotectin and platelets. In addition, this group had a higher activity of TF vs. ER group vs. controls (127 vs. 103 vs. 84, p = 0.001). Although the DC group had had higher levels of VWF and VWF:RCo, VWF/ADAMTS-13, Factor VIII and thrombomodulin vs. controls, there was no statistical difference between the EA and ER groups. Thrombin generation levels were similar between the 3 groups, with or without thrombomodulin. Conclusion: These data show that there is an inherent endothelial dysfunction in CD, moreover in patients with EA, this dysfunction may be even greater, due to the exposure of TF. Although the presence of inflammation and endothelial damage contribute to this procoagulant condition, in patients with subclinical disease, there is a permanent compensatory state, since the amount of thrombin generated was the same between the groups. This balance may be compromised by other thromboembolic factors, thus increasing the risk of thrombosis
 
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Data de Publicação
2018-10-22
 
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