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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.5.2023.tde-07022024-162955
Document
Auteur
Nom complet
Michele Oliveira de Março
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2023
Directeur
Jury
Moura, Eduardo Guimarães Hourneaux de (Président)
Barbuti, Ricardo Corrêa
Martins, Fernanda Prata Borges Magalhães
Coelho, Fabricio Ferreira
Titre en portugais
Fatores prognósticos da dissecção endoscópica submucosa para neoplasia gástrica precoce: revisão sistemática e metanálise
Mots-clés en portugais
Câncer de estômago
Detecção precoce de câncer
Dissecção endoscópica da submucosa
Fatores prognósticos
Neoplasias Gástricas
Prognóstico
Resumé en portugais
Introdução: as neoplasias gástricas são um dos principais tipos de câncer no mundo e a detecção precoce é essencial para melhorar o prognóstico. A endoscopia é o procedimento diagnóstico padrão-ouro e permite o tratamento adequado em casos selecionados. A dissecção endoscópica submucosa (ESD) permite tratamento com segurança da maioria dos cânceres gástricos precoces (EGCs) com altas taxas de curabilidade. No entanto, dados sobre fatores prognósticos relacionados a ESDs de EGCs são escassos. Portanto, o objetivo foi revisar sistematicamente a literatura disponível e realizar uma meta-análise para identificar os fatores prognósticos relevantes nesse contexto. Método: este estudo foi realizado de acordo com as diretrizes PRISMA. Foram selecionados estudos comparativos, prospectivos ou retrospectivos, avaliando a relação entre ressecção curativa ou taxas de curabilidade a longo prazo e fatores prognósticos relevantes. Os fatores prognósticos foram dados demográficos, características da lesão (localização, morfologia da lesão, tamanho e profundidade da invasão), achados histológicos, infecção por Helicobacter pylori (HP), presença de atrofia gástrica e IMC. Por fim, avaliou-se também os fatores de risco relacionados à neoplasia gástrica metacrônica. Resultados: a busca inicial recuperou 5.085 registros, entre os quais 46 estudos foram incluídos para revisão sistemática e metanálise. A amostra total totalizou 28.366 pacientes e 29.282 lesões. Em relação à ressecção curativa, as análises não mostraram influência significativa do sexo [Diferença de risco (RD): 0,02 (- 0,00, 0,03) p = 0,09; I2 = 37%], Idade [RD: 0,00 (- 0,06, 0,06) p = 0,97; I2 = 53%], Localização Posterior vs Não Posterior [RD: 0,03 (- 0,03, 0,09) p = 0,29; I2 = 81%], tipo macroscópico Deprimido vs Não Deprimido [RD: 0,02 (-0,00 , 0,04) p = 0,06; I2 = 0%] , Localização não superior vs superior [RD: 0,04(- 0,02, 0,09) p = 0,18; I2 = 79%], IMC [RD: 0,01 (- 0,03; 0,01) p = 0,4; I2 = 33%]. As neoplasias diferenciadas apresentaram maior chance de cura em comparação às indiferenciadas [RD: -0,49 (-0,58, -0,40) p < 0,00001; I2 = 0%]. Lesões ulceradas tiveram menores taxas de cura em comparação às não ulceradas [RD: 0,18 (0,11; 0,24) p < 0,0001; I2 = 7%]. Lesões menores que 20 mm tiveram maior chance de ressecção curativa [p = 0,004]. O sangramento durante o procedimento teve menores taxas de cura em comparação ao não sangramento [RD: 0,12 (0,06, 0,18) p < 0,0001; I2 = 0%] Em relação à cura em longo prazo, sexo feminino [RD: 0,03 (0,01, 0,04) p < 0,0001; I2 = 48%] e os cânceres até submucosa SM1 foram fatores de proteção [RD: -0,31 (-0,60, -0,01) p = 0,04; I2 = 98%]. Atrofia gástrica [RD: -0,04 (-0,10, -0,02) p = 0,04; I2 = 66%] e a relação pepsinogênio I/pepsinogênio II [RD: 0,08 (0,04, 0,13) p = 0,0002; I2 = 0%] foram fatores de risco para a neoplasia gástrica metacrônica. Conclusão: Lesões ulceradas, histologia, sangramento e tamanho > 20 mm são fatores prognósticos para ressecção curativa. Em relação à cura a longo prazo, o sexo feminino e a neoplasia até submucosa SM1 são fatores preditivos. A infecção por HP não tem influência nas taxas de curabilidade. A atrofia gástrica e a relação pepsinogênio são fatores de risco para neoplasia gástrica metacrônica
Titre en anglais
Prognostic factors for endoscopic submucosal dissection of early gastric cancers: a systematic review and meta-analysis
Mots-clés en anglais
Early gastric cancer
Endoscopic mucosal resections
Endoscopic submucosal dissection
Gastric tumor
Prognostic
Prognostic factors
Stomach neoplasm
Resumé en anglais
Background: gastric neoplasms are one of the leading types of cancer in the world and early detection is essential to improve the prognosis. Endoscopy is the goldstandard diagnostic procedure and allows adequate treatment in selected cases. The endoscopic submucosal dissection (ESD) has been reported to safely, address most early gastric cancers (EGCs) with high curability rates. However, data on prognostic factors related to ESDs of EGCs are scarce. Therefore, we aimed to systematically review the available literature and to perform a meta-analysis to identify the relevant prognostic factors in this context. Methods: we performed this study according to the PRISMA guidelines. Comparative studies, either prospective or retrospective, assessing the relation between curative resection or long-term curability rates and relevant prognostic factors were selected. The prognostic factors were demographic data, lesion features (location, morphology of the lesion, size and depth of invasion), histological findings, Helicobacter pylori (HP) infection, presence of gastric a atrophy and BMI. Finally, we also evaluated risk factors related to metachronous gastric neoplasm. Results: the initial search retrieved 5085 records among which 46 studies were included for systematic review and meta-analysis. The total sample enrolled 28366 patients and 29282 lesions. Regarding curative resection, pooled data showed no significant influence of sex [Risk Difference (RD): 0,02 (- 0.00, 0.03) p = 0,09; I2 = 37%], Age [RD: 0.00 (-0.06, 0.06) p = 0.97; I2 = 53%], Posterior vs Non-Posterior location [RD: 0.03 (-0.03, 0.09) p = 0,29; I2 = 81%], Depressed vs Non-Depressed macroscopic type [RD: 0.02 (-0.00, 0.04) p = 0.06; I2 = 0%] , Non-Upper vs Upper location [RD: 0.04(-0.02, 0.09) p = 0.18; I2 = 79%], BMI [RD: 0.01 (- 0.03; 0.01) p=0.4 i2= 33%]. Differentiated neoplasms presented greater chance of cure compare to undifferentiated [RD: -0.49 (-0.58, -0.40) p < 0.00001; I2 = 0%]. Ulcerated lesions had lower curative rates compared to non-ulcerated [RD: 0.18 (0.11, 0.24) p< 0.0001; I2 = 7%]. Lesions smaller than 20mm had greater chance of curative resection [p=0.004]. Bleeding during procedure had lower curative rates compared to non-bleeding[ RD: 0.12 (0.06, 0.18) p < 0.0001; I2 = 0%]. Concerning long-term cure, female gender [RD: 0.03 (0.01, 0.04) p < 0.0001; I2 = 48%] and the mucosal over SM1 cancers were protective factors [RD: -0.31 (-0.60, -0.01) p = 0.04; I2 = 98%]. Gastric atrophy [RD: - 0.04 (-0.10, -0.02) p = 0.04; I2 = 66%] and the pepsinogen I/pepsinogen II ratio [RD: 0.08 (0.04, 0.13) p = 0.0002; I2 = 0%] were risk factors to metachronous gastric neoplasm. Conclusion: Ulcerated lesions, histology, bleeding and size > 20 mm are prognostic factors concerning curative resection. Regarding long-term cure, female gender and mucosal over SM1 cancer are predictive factors. HP infection has no influence in curability rates. Gastric atrophy and the pepsinogen ratio are risk factor to metachronous gastric neoplasm|
 
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Date de Publication
2024-02-19
 
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