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Master's Dissertation
DOI
https://doi.org/10.11606/D.5.2020.tde-07012020-172932
Document
Author
Full name
Patricia Momoyo Yoshimura Zitelli
E-mail
Institute/School/College
Knowledge Area
Date of Defense
Published
São Paulo, 2019
Supervisor
Committee
Pessôa, Mário Guimarães (President)
Castelo Filho, Adauto
Oliveira, Claudia Pinto Marques Souza de
Souza, Evandro de Oliveira
 
Title in Portuguese
Estudo sobre a influência do vírus da hepatite E na infecção crônica pelo vírus da hepatite C em pacientes virgens de tratamento antiviral
Keywords in Portuguese
Cirrose hepática
Diabetes mellitus tipo 2
Hepatite C crônica
Hepatite E
Histopatologia
Taxa de sobrevida
Abstract in Portuguese
Introdução: No Brasil, a hepatite E é rara, com prevalência variando de 1% a 12,9% em indivíduos saudáveis. Sabe-se que, em pacientes com hepatite crônica C (HCV), pode haver a exacerbação da lesão hepática pela coinfecção com o vírus da hepatite A (HAV) ou com o vírus da hepatite B (HBV). Porém, poucos estudos avaliaram a coinfecção do HCV com o HEV. Desta forma, avaliamos esta coinfecção para que, se comprovado uma maior progressão da doença, possam ser tomadas no futuro medidas preventivas e/ou curativas em relação ao vírus E. Objetivos: Determinar a prevalência da infecção pelo HEV entre os pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite C, avaliando o impacto da coinfecção na doença do fígado. Métodos: Estudo observacional e transversal. As coletas de amostras foram realizadas no período de 2013 a 2016. Os critérios de inclusão foram: a) Idade acima de 18 anos; b) virgem de tratamento antiviral para hepatite crônica C; e d) concordância do paciente em participar do estudo. Os critérios de exclusão foram: pacientes portadores do vírus HBV e/ou HIV e pacientes hepatopatas com etiologia não HCV. Utilizamos os kits para os testes para anticorpos IgG e IgM - ensaio imunoenzimático (ELISA) (recomWell HEV IgG e IgM, Mikrogen, Neuried , Alemanha) e, RNA HEV por testes QIAamp® MinElute® Virus Spin (Qiagen, Estados Unidos da América). Analisamos a histologia hepática com pareamento de 1:2 dos pacientes coinfectados e monoinfectados. Resultados: Anti-HEV IgG foi positivo em 22/181 (12,0%), anti-HEV IgM foi positivo em 3/181 (1,6%) pacientes e o RNA HEV em tempo real foi inconclusivo em 9/181 (4,9%) pacientes. Quando comparamos pacientes com e sem coinfecção por HEV, observamos que os casos positivos para HEV apresentaram uma maior gravidade da doença hepática, determinada pelos seguintes parâmetros: fibrose hepática >=3 vs <=2 (p < 0,001), elastografia hepática transitória > 9,5 kPa (p=0,020) e ascite (p=0,025). Adicionalmente, pacientes HEV positivos tiveram uma razão de chance 2,84 (IC95% 1,22-6,64) vezes para diabetes mellitus que em pacientes HEV negativos (p=0,0158). Utilizamos a técnica de Kaplan-Meier para comparar as curvas de sobrevida de pacientes com HEV positivos e negativos, a partir da data de coleta do HEV e como desfecho: i) morte ou ii) morte ou transplante. Em ambos os casos, os pacientes positivos para HEV apresentaram desfechos significativamente piores do que os pacientes negativos para HEV (p=0,002 para morte e p=0,008 para morte ou transplante). Foi realizado um grupo controle de 2 pacientes monoinfectados para cada 1 coinfectado, pareando quanto a idade, gênero, genótipo do HCV e grau de fibrose hepática na biópsia hepática. No entanto, não observamos nenhuma característica histológica do vírus da hepatite E, sem nenhuma diferença estatística. Conclusões: A prevalência de IgG anti-HEV (12,0%) na infecção crônica pelo HCV não foi maior do que na população geral. A infecção pelo HEV teve um impacto importante na gravidade da doença hepática em nossos pacientes com HCV. Ao parear biópsias hepáticas com o mesmo grau de fibrose, não pudemos observar nenhuma característica específica da coinfecção por HEV. Apesar da infecção pelo HCV possa aumentar a chance de o indivíduo desenvolver DM2, o fator de coinfecção pelo HEV parece ser um fator de risco aumentado para DM2
 
Title in English
Study on the influence of hepatitis E virus on chronic hepatitis C virus infection in virgin antiviral patients
Keywords in English
Chronic hepatitis C
Diabetes mellitus type 2
Hepatitis E
Histopathology
Liver cirrhrosis
Survival rate
Abstract in English
Introduction: In Brazil, hepatitis E (HEV) is rare, with a prevalence ranging from 1% to 12.9% in healthy subjects. It is known that in patients with chronic hepatitis C (HCV), hepatic lesions may be exacerbated by coinfection with hepatitis A virus (HAV) or hepatitis B virus (HBV). However, few studies have evaluated HCV coinfection with HEV. Therefore, we evaluated the impact of HEV infection on the disease severity of chronic HCV infection. Aims: To determine the prevalence of HEV infection among patients with chronic hepatitis C virus, assessing the impact of coinfection on liver disease severity. Methods: Observational and cross-sectional study. Samples were collected from 2013 to 2016. Inclusion criteria: a) Age above 18 years, b) Consecutive chronic HCV adults; c) naïve for HCV treatment, d) patient's agreement to participate in the study. Exclusion criteria: HBV or HIV infection and patients with non-HCV liver disease. HEV serology was performed with IgG and IgM antibody assays (ELISA, Mikrogen, Germany) and, HEV RNA by QIAamp® MinElute® Virus Spin (Qiagen, United States of America). Liver histology was analyzed with a 1:2 pairing of coinfected and monoinfected patients. Results: Anti-HEV IgG was positive in 22/181 (12.0%) patients, anti-HEV IgM was positive in 3/181 (1.6%) patients and real time HEV RNA was inconclusive in 9/181 (4.9%) patients. When comparing patients with and without HEV coinfection, We observed that HEV-positive cases had a higher severity of liver disease, determined by the following parameters: liver fibrosis >=3 vs <=2 (p < 0.001), transient hepatic elastography > 9.5 kPa (p = 0.020) and ascites (p = 0.025). Additionally, HEV positive patients had an odds ratio of 2.84 (95% CI 1.22 - 6.64) times for diabetes mellitus than in HEV negative patients (p = 0.0158). We used the Kaplan-Meier technique to compare survival curves of positive and negative HEV patients, starting with the date of collection of the HEV and as an outcome, i) only death or ii) death or transplantation. In both cases, HEV-positive patients perform significantly worse than HEV-negative patients (p=0.002 for death and p=0.008 for death or transplant). A control group of 2 monoinfected patients for each 1 coinfected was performed, matching age, gender, HCV genotype and degree of liver fibrosis on liver biopsy. However, we did not observe any histological characteristic of hepatitis E virus, without any statistical difference. Conclusions: Prevalence of anti-HEV IgG (12.0%) in chronic HCV infection was not higher than in the general population. HEV infection had an important impact on severity of liver disease in our chronic HCV patients. When paring liver biopsies with same amount of fibrosis we could not observed any particular characteristic of HEV coinfection. Although HCV infection may increase an individual's chance of developing T2DM, HEV co-infection factor appears to be an increased risk factor for T2DM
 
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Publishing Date
2020-01-07
 
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