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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2013.tde-17102013-143944
Documento
Autor
Nome completo
Thiago Martins Lara
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2013
Orientador
Banca examinadora
Galas, Filomena Regina Barbosa Gomes (Presidente)
Otsuki, Denise Aya
Chiavegato, Luciana Dias
Hajjar, Ludhmila Abrahão
Volpe, Márcia Souza
 
Título em português
Estudo dos indicadores durante o desmame da ventilação mecânica em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
Palavras-chave em português
Cirurgia cardíaca
Desmame do respirador
Indicadores cardíacos
Unidade de terapia intensiva
Ventilação mecânica
Resumo em português
Introdução: Desmame da ventilação mecânica representa um importante desafio no ambiente de terapia intensiva. Os preditores ao desmame têm se mostrado pouco sensíveis e a falência na extubação pode determinar prolongada ventilação mecânica, aumento do tempo de permanência na UTI, na internação hospitalar, com consequentemente aumento nos custos hospitalares e aumento da morbidade e mortalidade. O objetivo do estudo foi verificar se novos indicadores: BNP (peptídeo natriurético Tipo-B), CPO (cardiac power out put) e VeRT (tempo de recuperação do volume minuto), são mais sensíveis em comparação aos preditores já utilizado para o desmame ventilatório. Método: Foram prospectivamente avaliados 101 pacientes no pós-operatório de Revascularização do Miocárdio. As variáveis respiratórias analisadas foram: freqüência respiratória, volume corrente, volume minuto, índice de respiração rápida e superficial, complacência estática, índice de oxigenação (PaO2/FiO2). As variáveis hemodinâmicas e metabólicas foram: FC, PAM, PVC, PCP, DC, IC, Lactato, SvO2, ERO2, D(a-v)O2, DO2 e VO2. Foram também testados os novos indicadores CPO, BNP e VeRT. Consideramos aptos para extubação os pacientes que apresentaram nível de consciência adequado e critérios positivos para o desmame corriqueiramente utilizados em U.T.I. Resultados: No total de 713 pacientes observados, 105 pacientes foram incluídos no estudo, desses pacientes quatro não foram extubados por desconforto respiratório, dos 101 pacientes acompanhados, 88 (88%) evoluíram com sucesso ao desmame e 12 (12%) evoluíram com insucesso. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos, no que diz respeito aos dados antropométricos. As variáveis: freqüência respiratória, volume corrente, volume minuto, índice de respiração rápida e superficial, complacência estática, PaO2/FiO2, FC, PAM, PVC, PCP, DC, IC, DO2, VO2, Lactato e os novos indicadores CPO e VeRT, não foram sensíveis como preditores de sucesso ao desmame. Na análise multivariada o grupo sucesso apresentou até o momento pré-extubação, um menor tempo de permanência de U.T.I. (3,9 x 10,33, p=0, 024), menor tempo de internação hospitalar (11,29 x 16,08, p=0,047), menor necessidade de inotrópico dobutamina (12,90 x 16,67, p=0,049), uma maior SVO2 (69,18 x 61,67, p 0,002), menor ERO2 (0,45 x 0,62, p=0,03), menor D(a-v)O2 (4,34 x 5,10, p=0,039), e um menor nível de BNP (98,94 x 303,33, p=0,020), quando comparado com grupo insucesso, nesta ultima variável BNP à análise da curva ROC, mostrou uma sensibilidade de 83% e especificidade 87%. Conclusão: A prevalência de insucesso ao desmame ventilatório no pósoperatório de cirurgia cardíaca foi de 12%, os pacientes que evoluíram com insucesso apresentaram maior tempo de U.T.I., maior tempo de internação hospitalar e maior necessidade de inotrópico. No momento pré-extubação altos níveis de BNP, D(a-v)O2, ERO2 e baixo valores de SvO2, são preditores de sucesso ao desmame. Com isso a adequada otimização hemodinâmica prévia a extubação deve ser alcançada nessa população para se conseguir um seguro e precoce desmame da ventilação mecânica
 
Título em inglês
Study the indicators during weaning from mechanical ventilation in cardiac patients
Palavras-chave em inglês
Cardiac surgery
Intensive care
Ventilatory weaning
Resumo em inglês
Introduction: Weaning from mechanical ventilation represents a major challenge in the intensive care setting. The weaning predictors have shown little sensitivity and extubation failure may determine prolonged mechanical ventilation, prolonged ICU stay and prolonged hospitalization, with a consequent increase in hospital costs and increased morbidity and mortality. The objective of this study was to determine whether new indicators (BNP, CPO and VeRT), are more sensitive compared with predictors already used for weaning. Method: We prospectively evaluated 101 patients in post-operation stage of Myocardial Revascularization. Respiratory variables were analyzed: respiratory rate, tidal volume, minute volume, index of rapid shallow breathing, static compliance, oxygenation index (PaO2/FiO2). The hemodynamic and metabolic variables were: HR, MAP, CVP, PCWP, DC, IC, Lactate, SvO2, ERO2, D(a-v)O2, DO2 and VO2. We also tested the new indicators CPO, BNP and VeRT. We considered suitable for extubation patients that had appropriate levels of awareness and positive criteria for weaning routinely used in ICU. Results: From a total of 713 patients observed, 105 patients were included in the study; from these patients 4 were not extubated because of respiratory distress. From the 101 patients enrolled, 89 (88%) had successful weaning and 12 (12%) developed failure. There was no statistically significant difference between groups with respect to demographics. The variables: respiratory rate, tidal volume, minute volume, index of rapid shallow breathing, static compliance, PaO2/FiO2, HR, MAP, CVP, PCWP, DC, CI, DO2, VO2, lactate and new indicators CPO and VeRT were not as sensitive predictors of successful weaning. In multivariate analysis the group that had success until the pre-extubation stage a shorter length of stay in ICU (3.9 x 10.33, p = 0 024), shorter hospital stay (11.29 x 16.08, p = 0.047), less need for inotropic dobutamine (12.90 x 16.67, p = 0.049) greater SVO2 (69.18 x 61.67, p <0.002), lower ERO2 (0.45 x 0.62, p = 0.03), lower D(a-v)O2 (4.34 x 5.10, p = 0.039), and a lower level of BNP (98.94 x 303.33, p = 0.020) when compared to the failure group; this last variable BNP, in the ROC curve analysis, showed a sensitivity of 83 % and specificity of 87%. Conclusion: The prevalence of failure in ventilatory weaning in post-operatory of cardiac surgery was 12%; patients who developed failure had longer ICU and hospital stay and greater need for inotropic medicine. Upon pre-extubation high levels of BNP, D(a-v)O2, ERO2 and low values of SvO2 are strong predictors of successful weaning. With that, adequate hemodynamic optimization prior to extubation in this population must be reached to achieve a safe and early weaning from mechanical ventilation
 
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ThiagoMartinsLara.pdf (1.70 Mbytes)
Data de Publicação
2013-11-19
 
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