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Tesis Doctoral
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2024.tde-24042024-123147
Documento
Autor
Nombre completo
Giovani Farias Lima
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
São Paulo, 2024
Director
Tribunal
Genta, Pedro Rodrigues (Presidente)
Baldi, Bruno Guedes
Elias, Rosilene Motta
Poyares, Dalva Lucia Rollemberg
Título en portugués
Efeito agudo da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) no peso em pacientes com apneia obstrutiva do sono
Palabras clave en portugués
Água corporal
Apneia obstrutiva do sono
Ensaio clínico controlado randomizado
Líquido extracelular
Peso corporal
Pressão positiva contínua nas vias aéreas
Resumen en portugués
INTRODUÇÃO: Estudos recentes demonstraram que o CPAP para o tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) leva a ganho de peso modesto, em períodos que variaram de 1 semana a 6 meses. No entanto, os mecanismos pelos quais o CPAP leva a ganho de peso não são claros. O acúmulo de líquido é um efeito bem conhecido da ventilação com pressão positiva. Um estudo recente mostrou que o ganho de peso após uma semana de CPAP se deveu a acúmulo de líquido. Nossa hipótese foi que o acúmulo de líquido e consequente ganho de peso ocorre durante a primeira noite de tratamento com CPAP. MÉTODOS: Pacientes com diagnóstico de AOS grave (índice de apneia e hipopneia (IAH) 30 eventos/h) sem tratamento prévio foram recrutados para um estudo randomizado e controlado. O estudo foi realizado em duas noites consecutivas. Na primeira noite, os participantes foram submetidos a uma polissonografia (PSG) basal. Na noite seguinte, os participantes foram randomizados para dois grupos: controle (PSG basal repetida) e CPAP (titulação da pressão de CPAP). Medidas antropométricas e composição corporal (bioimpedância elétrica) foram avaliadas duas vezes durante cada etapa do estudo, antes de dormir e ao acordar. O volume urinário noturno e a osmolalidade urinária foram determinados na urina coletada durante o período da PSG. Hormônio antidiurético (ADH) e Peptídeo Natriurético tipo B (BNP) foram determinados através de amostra de plasma de manhã, ao término da PSG. O desfecho primário foi o efeito do CPAP na variação de peso e diurese entre as etapas do estudo. O efeito do CPAP no número de episódios de noctúria, osmolalidade urinária, BNP e ADH constituíram os desfechos secundários. RESULTADOS: Trinta e oito pacientes (60% homens; idade: 54 ± 9 anos; índice de massa corporal (IMC): 40,0 ± 5,7 kg/m²; IAH: 71,3 ± 24,5 eventos/h; Escala de Sonolência de Epworth: 14 ± 6) completaram o estudo (n=19 em cada grupo). A variação do peso entre a primeira e a segunda manhã no grupo controle e CPAP foi de -0,30 ± 0,46 kg vs. 0,37 ± 0,55, respectivamente (P<0,001). A variação do volume urinário entre a primeira e segunda noite no grupo controle e CPAP foi de 42 ± 252 vs. - 269 ± 228 ml, respectivamente (P=0,087). A variação da osmolalidade urinária entre a primeira e segunda noite no grupo controle e CPAP foi de -52 ± 191 vs. 117 ± 118 mOsm/kg, respectivamente (P=0,005). A variação do número de episódios de noctúria entre a primeira e segunda noites nos grupos controle e CPAP foi de 0 [ -1 a 0] vs. 0 [0 a 1] episódios, respectivamente (P=0,007). A pressão média do CPAP foi de 8 ± 2cmH2O. Não foram observadas alterações significativas entre os grupos quanto a composição corporal, ADH e BNP. Foi observada associação entre a variação de peso entre a primeira e a segunda manhãs e a variação do número de episódios de noctúria (R= -0,402; P=0,012). Também se observou correlação entre a variação de peso com a variação de água extracelular (R= 0,322; P=0,049) e com a variação da água de membros inferiores (R= 0,416; P=0,009) entre a primeira e segunda manhãs. O volume urinário na segunda noite correlacionou-se ainda com a variação de peso entre a primeira e segunda manhãs (R=-0,476; P=0,002). CONCLUSÕES: O tratamento com CPAP para tratamento da AOS grave levou ao ganho de peso durante apenas uma noite através de acúmulo de líquido
Título en inglés
Acute effect of continuous positive airway pressure (CPAP) on weight in patients with obstructive sleep apnea
Palabras clave en inglés
Body water
Body weight
Continuous positive airway pressure
Extracellular fluid
Randomized controlled trial
Sleep apnea obstructive
Resumen en inglés
BACKGROUND: Recent studies have demonstrated that obstructive sleep apnea (OSA) treatment with CPAP leads to modest weight gain, over periods that ranged from 1 week to 6 months. However, the mechanisms by which CPAP leads to weight gain are unclear. Fluid accumulation is a well-known effect of positive pressure ventilation. A recent study showed that weight gain after a week of CPAP was due to fluid accumulation. Our hypothesis was that fluid accumulation and consequent weight gain occurs during the first night of CPAP treatment. METHODS: Patients diagnosed with severe OSA (apnea hypopnea index (AHI) 30 events/h) without prior treatment were recruited into a randomized, controlled study. The study was carried out on two consecutive nights. During the first night, participants underwent a baseline polysomnography (PSG). During the second night, participants were randomized to two groups: control (repeat baseline PSG) and CPAP (CPAP titration). Anthropometric measurements and body composition (bioelectrical impedance) were assessed twice during each stage of the study, before going to sleep and upon waking up. Nocturnal urinary volume and urinary osmolality were determined in urine collected during the PSG period. Antidiuretic hormone (ADH) and B-type natriuretic peptide (BNP) were determined through a plasma sample in the morning, after PSG. The primary outcome was the effect of CPAP on body-weight variation and diuresis between the two study visits. The effect of CPAP on the number of episodes of nocturia, urinary osmolality, BNP and ADH constituted the secondary outcomes. RESULTS: Thirty-eight patients (60% men; age: 54 ± 9 years; body mass index (BMI): 40.0 ± 5.7 kg/m²; AHI: 71.3 ± 24.5 events/h; Epworth Sleepiness Scale: 14 ± 6) completed the study (n=19 in each group). The body-weight variation between the first and second mornings in the control and CPAP group was -0.30 ± 0.46 kg vs. 0.37 ± 0.55, respectively (P<0.001). The variation in urinary volume between the first and second nights in the control and CPAP group was 42 ± 252 vs. - 269 ± 228 ml, respectively (P=0.087). The variation in urinary osmolality between the first and second night in the control and CPAP group was -52 ± 191 vs. 117 ± 118 mOsm/kg, respectively (P=0.005). The change in the number of nocturia episodes between the first and second nights in the control and CPAP groups was 0 [ -1 to 0] vs. 0 [0 to 1] episodes, respectively (P=0.007). The average CPAP pressure was 8 ± 2cmH2O. No significant changes were observed between the groups on body composition, ADH and BNP. An association was observed between body-weight variation between the first and second mornings and episodes of nocturia (R= -0.402; P=0.012). Body weight change was associated with extracellular water change (R= 0.322; P=0.049), and lower limb water change (R= 0.416; P=0.009) between the first and second mornings. The urinary volume during the second night was also correlated with the change in body weight between the first and second mornings (R: -0.476 P=0.002). CONCLUSIONS: CPAP for the treatment of severe OSA led to weight gain during just one night through fluid accumulation
 
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Fecha de Publicación
2024-05-03
 
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