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Tesis Doctoral
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2021.tde-09092021-141139
Documento
Autor
Nombre completo
Jenaine Oliveira Paixão
Dirección Electrónica
Instituto/Escuela/Facultad
Área de Conocimiento
Fecha de Defensa
Publicación
São Paulo, 2020
Director
Tribunal
Castro, Maria Cristina Ribeiro de (Presidente)
Monteiro, Francisco de Assis Salomão
Mazzali, Marilda
Silva Filho, Álvaro Pacheco e
Título en portugués
Avaliação do efeito da dessensibilização com imunoglobulina polivalente sobre o perfil de anticorpos anti-hla e a incidência de transplantação de pacientes hipersensibilizados candidatos a transplante renal
Palabras clave en portugués
Anticorpos
Antígenos HLA
Dessensibilização imunológica
Doadores falecidos
Painel de reatividade de anticorpos
Rejeição de enxerto
Transplante de rim
Resumen en portugués
INTRODUÇÂO Dentre as opções de terapia renal substitutiva disponíveis atualmente, o transplante renal apresenta melhores resultados em termos de sobrevida, qualidade de vida e menores custos. Entretanto, a escassez de órgãos e o número crescente de pacientes com DRC contribuem para o aumento do tempo de espera em lista, com elevadas taxas de mortalidade desses pacientes. Em comparação com os pacientes não sensibilizados, aqueles com anticorpos anti-HLA apresentam uma desvantagem significativa no sistema de alocação, permanecendo na lista de espera por mais tempo, com altas taxas de mortalidade e morbidade, principalmente em países onde não há sistema de alocação específico para pacientes altamente sensibilizados. A redução dos anticorpos anti-HLA, por meio de tratamento imunomodulador, mostrou-se eficiente e segura nos transplantes com doadores vivos. Os resultados da adoção de apenas IVIG para aumentar o acesso a transplantes com doador falecido em pacientes altamente sensibilizados são mostrados aqui. PACIENTES E MÉTODOS: esta análise retrospectiva avaliou pacientes sensibilizados, inscritos para transplante renal com um doador falecido, apresentando muitos CDC-XM positivos de células T e / ou B no WL e que foram submetidos a um protocolo de dessensibilização (DS), usando IVIg 2g / kg / mês, de janeiro de 2003 a dezembro de 2013, e seguido ao longo de 58,9 ± 22,9 meses. Os pacientes estavam em terapia de substituição renal por uma média de 91 ± 60 meses, quando IVIg foi iniciado. Os transplantes foram liberados com o primeiro doador apresentando CDC-XM de células T e B negativas. RESULTADOS: Dos 45 pacientes avaliados, 6 pacientes foram excluídos (3 pacientes obtiveram doador vivo e 3 não completaram o mínimo de três doses de IVIG). Dos 39 pacientes restantes, 14 (35,9%) foram transplantados no seguimento médio de 58,9 ± 22,9 meses, 9 (64,3%) apresentando anticorpos específicos do doador A, B ou DR (DSA). O tempo médio no WL antes do MD foi de 75 ± 41 meses e após o MD foi de 20 ± 11 meses (p <0,01) para aqueles que vão ser transplantados. A terapia com IVIg resultou em uma diminuição na classe média I (78,38 ± 25,99 vs. 69,54 ± 31,18, p = 0,0074) e na classe II (74,36 ± 27,50 vs. 61,79 ± 36,26, p = 0,04). Houve uma diminuição significativa no número de anticorpos anti-HLA antes e após DS: em MFI até 1500 (10,67 ± 10,60 a 3,67 ± 8,57, p = 0,0002) e em MFI entre 5000 e 10000 (16,9 ± 10,8 a 13,2 ± 11,2, p = 0,004). O número médio de infusões IVIg foi de 10 ± 11 durante o seguimento. Houve uma redução significativa no DSA imune dominante (iDSA) dos pacientes que transplantaram com anticorpos anti-doador específicos (3615,33 ± 1514 vs. 2020 ± 1299, p = 0,03). Pacientes com prioridade de transplante por falha de acesso para diálise apresentaram maiores taxas de transplante do que aqueles sem prioridade: 70% vs 21% (p <0,003). O seguimento médio após o transplante foi de 18,18 ± 16,67 meses. Em 60 meses, não diferença entre a sobrevida dos pacientes que transplantaram e a dos que permaneceram em lista: 71,43% vs 77%, p=0320.Em ambos os grupos, a principal causa de óbito foi sepse relacionada ao acesso para diálise (71% no grupo 1 e 67% no grupo 2). A sobrevida dos pacientes que transplantaram foi de 93%, 85,71% e 78,57% no 1?, 2? e 3? ano consecutivamente. A sobrevida do enxerto censurada para óbito foi de 100% em 2 anos e 76,36% em 3 anos, sendo a nefropatia por BK (60%) a principal causa de perda de enxerto. A taxa de RAMA foi de 35,71% (tratados com aférese, Rituximabe e IVIG) com apenas 1 perda do enxerto devido à RCMA após 51 meses. Apenas os pacientes que foram enxertados com 2 ou mais DSA apresentaram ABMR (100 x 0%, p <0,02). A função renal (MDRD) foi semelhante em pacientes que progrediram com e sem rejeição. Não ocorreram efeitos colaterais graves relacionados ao uso de IVIg. CONCLUSÕES: Em resumo, propõe-se que a dessensibilização, utilizando apenas IVIg, é eficaz e segura na redução de anticorpos anti-HLA, reduzindo o tempo de espera para o transplante renal em pacientes altamente sensibilizados e sem perspectiva de um transplante com doador vivo, especialmente quando o paciente encontra-se priorizado em lista para transplante.
Título en inglés
Effect of polyvalent immunoglobulin on the profile of anti-HLA antibodies and the transplantation of sensitized renal transplant recipients with deceased donor.
Palabras clave en inglés
Antibodies
Desensitization
Graft rejection, Deceased donos
HLA antigens
Kidney transplant
Panel reactive antibody
Resumen en inglés
INTRODUCTION: Among the renal replacement therapy options currently available, kidney transplantation presents better results in terms of survival, quality of life and lower costs. However, the scarcity of organs and the growing number of patients with CKD contribute to the increase in waiting time on the list, with high mortality rates for these patients. Compared to non-sensitized patients, those with anti-HLA antibodies have a significant disadvantage in the allocation system, remaining on the waiting list for a longer time, with high mortality and morbidity rates, especially in countries where there is no specific allocation system for highly sensitized patients. The reduction of anti-HLA antibodies, using immunomodulatory treatment, proved to be efficient and safe in transplants with living donors. The results of adopting only IVIG to increase access to transplants with deceased donor in highly sensitized patients are shown here. METHODS AND PATIENTS: this retrospective analysis evaluated sensitized patients, enrolled for kidney transplantation with a deceased donor, presenting many positive T and/or B-cell CDC-XM on the WL and who underwent a desensitization (DS) protocol using IVIg 2g/kg/month, from 2003 to 2013, and followed over 58,9 ± 22,9 months. Patients had been on renal replacement therapy for an average of 91 ± 60 months when IVIg was initiated. Transplants were cleared with the first donor presenting a negative T and B-cell CDC-XM. RESULTS: Of the 45 patients evaluated, 6 patients were excluded (3 patients obtained a living donor and 3 did not complete the minimum of three doses of IVIG). Of the remaining 39 patients, 14 (35.9%) were transplanted during the FUT, 9 (64.3%) presenting A, B or DR donor specific antibodies (DSA). Mean time on the WL before DS was 75 ± 41 months and after DS was 20 ± 11 months (p<0,01) for those who get to be transplanted. IVIg therapy resulted in a decrease in mean class I (78.38 ± 25.99 vs. 69.54 ± 31.18, p=0.0074) and class II (74.36 ± 27.50 vs. 61.79±36.26, p=0.04). There was a significant decrease in the number of anti-HLA antibodies, as expressed on single PRA before and after DS: on MFI up to 1500 (10.67 ± 10.60 to 3.67 ± 8.57, p=0.0002) and on MFI between 5000 and 10000 (16.9 ± 10.8 to 13.2 ± 11.2, p=0.004). The median number of IVIg infusions were 10 ± 11 over the FUT. There was a significant reduction in the immune dominant DSA (iDSA) of the patients who transplanted with specific anti-donor antibodies (3615.33 ± 1514 vs. 2020 ± 1299, p=0.03). Patients with transplant on priority due to access failure for dialysis presented higher transplantation rates than those with no priority: 70% vs. 21% (p < 0.003). Mean FUT after transplantation was 18.18 ± 16.67 months. In 60 months, the overall patient survival was not different for patients who transplanted or not: 71.43% vs. 77%, p= 0,320. In both groups, the main cause of death was sepsis related to dialysis access (71% in group 1 and 67% in group 2). Patient survival of transplanted patients was 93%, 85,71% and 78,57% at 1, 2 and 3 years. Death-censored graft survival was 100% at 2 years and 76,36% at 3 years, been BK nephropathy (60%) the main cause of graft loss. ABMR rate was 35.71% (treated with apheresis, Rituximab and IVIG), with one graft loss due to CAMR at 51 months. Only patients who were grafted with 2 or more DSA presented ABMR (100 vs. 0%, p < 0.02). Renal function (MDRD) were similar in patients who progressed with and without rejection. No serious side effects related to IVIg use occurred. CONCLUSIONS: In summary, we propose that desensitization using only IVIG is effective and safe in decreasing anti-HLA antibodies, reducing the waiting time for kidney transplantation in highly sensitized patients that have no perspective of a living donor transplant, mainly in patients on priority.
 
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Fecha de Publicación
2021-09-09
 
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