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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.5.2009.tde-25062009-094810
Documento
Autor
Nome completo
Ludmila Tais Yazbek Gomieiro
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2009
Orientador
Banca examinadora
Giavina-Bianchi Junior, Pedro Francisco (Presidente)
Fonseca, Luiz Augusto Marcondes
Sano, Flávio
 
Título em português
Os efeitos de um programa de exercícios respiratórios para idosos asmáticos
Palavras-chave em português
Asma
Exercícios respiratórios
Idosos
Resumo em português
INTRODUÇÃO: A asma pode ter início em qualquer idade sendo que sua prevalência em idosos pouco difere dos grupos de menor idade. O subdiagnóstico da asma no idoso é refletido na observação de que aproximadamente 60% do total de mortes relacionadas à asma ocorrem em pessoas com 65 anos ou mais, sendo de igual importância a observação de que a função pulmonar diminuída, associada à obstrução das vias aéreas reduz a qualidade de vida dessa população. Sabe-se que devido à broncoconstrição das vias aéreas e conseqüente hiperinsuflação pulmonar, os asmáticos apresentam os músculos inspiratórios em posição de desvantagem mecânica, o que contribui para agravamento do quadro clínico do paciente. No intuito de auxiliar no tratamento da asma e melhorar a qualidade de vida desses pacientes, estudos sobre fisioterapia respiratória, e diferentes técnicas respiratórias têm sido feitos. Porém, até o momento não havia estudos sobre exercícios respiratórios sem o uso de aparelhos realizados com idosos asmáticos. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios respiratórios (sem aparelho) para idosos asmáticos. MÉTODOS: foram selecionados 24 de 132 pacientes do PRONTMED (Prontuário Eletrônico do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HCFMUSP), com idade igual ou superior a 60 anos, com diagnóstico de asma moderada ou grave. Dos pacientes selecionados, 21 iniciaram o programa e 14 freqüentaram regularmente e concluíram o programa de exercícios respiratórios. Antes do início do programa todos os pacientes foram avaliados com relação à função pulmonar, força da musculatura respiratória, capacidade aeróbia, qualidade de vida, e quadro clínico. Devido à pequena amostra, os pacientes foram controles deles mesmos. Após oito semanas de exercícios, e ao término do programa, todas as avaliações foram refeitas, e após um mês do término do programa, as avaliações mais uma vez foram refeitas. Durante o estudo os pacientes preenchiam diariamente um diário de sintomas da asma. RESULTADOS: após as 16 semanas de intervenção não observamos alterações significativas nas variáveis pulmonares, porém observamos aumentos significativos nas pressões inspiratórias (Pimáx) e expiratórias máximas (Pemáx), 27,6% e 20,54% respectivamente, que refletem a força da musculatura respiratória. Com relação à qualidade de vida verificamos melhoras significativas. As avaliações clínicas, juntamente com os diários de sintomas, indicaram melhoras significativas devido à redução da sintomatologia respiratória. Porém, após um mês sem os exercícios respiratórios, observamos que ocorreu o que é definido pela literatura como destreinamento: observamos diminuição de 21,4% na Pimáx e de 37,33% na Pemáx, que parecem ter refletido no quadro clínico, nos diários de sintomas e na qualidade de vida dos pacientes. Pois, observamos regressão nas melhoras anteriormente verificadas nessas variáveis. Logo, apesar de ter ocorrido o destreinamento, que é algo comum ao treinamento físico, quando este é reduzido ou interrompido, podemos inferir que o presente estudo de exercícios respiratórios contribuiu para aumento da força da musculatura respiratória e que esse aumento refletiu positivamente tanto no quadro clínico quanto na qualidade de vida dos pacientes, de modo que o mesmo poderia ser utilizado como um coadjuvante ao tratamento clínico-medicamentoso de pacientes idosos asmáticos.
 
Título em inglês
The effects of a respiratory exercise program tailored for elderly people with asthma
Palavras-chave em inglês
Aged
Asthma
Breathing exercises
Resumo em inglês
INTRODUCTION: People can develop asthma at any given age, and asthma prevalence in older adults is no different than that observed in younger people. Asthma in older adults is frequently underdiagnosed, and this is reflected in the fact that approximately 60% of people who die from asthma have surpassed the age of 65. Equally important is the fact that reduced lung function and airway obstruction have a negative impact on the quality of life for this population. In asthmatic patients, bronchoconstriction and consequent lung hyperinflation, leave the inspiratory muscles in a position of mechanical disadvantage, and thus, contribute to the exacerbation of the clinical presentation. A number of studies on respiratory physiotherapy and different breathing techniques have been performed in order to help asthma treatment and to improve the patients quality of life. Nevertheless, so far, we are not aware of any reports regarding breathing exercises without breathing equipment in older adults with asthma. OBJECTIVE: Evaluate the effects of a respiratory exercise program (without breathing equipment) tailored for elderly people. METHODS: Out of 132 patients listed in the PRONTMED (electronic filing system of the Clinical Immunology and Allergy Division of HCFMUSP), we selected 24 patients, aged 60 or greater, with a diagnosis of moderate or severe asthma. Out of the 24 patients, 21 started the program and 14 participated regularly and concluded the respiratory exercise program. Prior to the start of the program all patients were evaluated with regard to lung function, respiratory muscle strength, aerobic capacity, quality of life and clinical presentation. Due to the small sample size, patients were their own controls. At the end of a 16-week-exercise program all evaluations were repeated. During the study period, patients were requested to keep a diary and record symptoms every day. RESULTS: After 16 weeks of interventions, we did not observe significant changes in pulmonary lung function tests. However, we observed significant increases in maximum inspiratory pressure (Pimax) and maximum expiratory pressure (Pemax) (27.6 % and 20.54 % respectively), which are associated with respiratory muscle strength. In regards to quality of life, we observed considerable improvements. Clinical evaluations and the daily-recorded symptoms diary indicate significant improvements and fewer respiratory symptoms. Yet, a month after exercise interruption, we observed detraining, with reduction of Pimax (21.4 %) and Pemax (37.33 %). Detraining had a negative impact on clinical presentation, recording of symptoms, and patient quality of life, parameters that had previously improved with training. Despite the occurrence of detraining, which is common after reduction or interruption of exercise, we conclude that a respiratory exercise program increased muscle strength, which in turn had a positive effect on patient clinical presentation and quality of life. Therefore, a respiratory training program could be associated with the medical and clinical therapeutic approach of older adults with asthma.
 
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ludmilatygomieiro.pdf (1.58 Mbytes)
Data de Publicação
2009-06-29
 
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