INTRODUÇÃO. Estimativas do aumento mundial na incidência e prevalência de pessoas amputadas aumentam a urgência para solução de antigos problemas persistentes. A garantia do Direito à mobilidade através de próteses ou cadeira de rodas é uma realidade para poucos (5%). Como questões visíveis e imediatas persistem como metas não alcançadas, problemas invisíveis como a Dor do Membro Fantasma (DMF), se posiciona como um desafio de saúde pública, pelos erros de diagnóstico e falta de tratamentos efetivos. É recente a descoberta dos efeitos da amputação no sistema nervoso determinando dificuldades funcionais para o uso da prótese e dor incapacitante (DMF) que contribuem para os custos e sobrecarga dos serviços de saúde. Entender os mecanismos neuroplásticos mal adaptados da amputação pode contribuir para novas abordagens para a mobilidade e DMF. OBJETIVO: Este estudo analisa o comportamento hemodinâmico e metabólico cortical da área motora primária (M1) do hemisfério órfão (que anteriormente controlava o membro que foi amputado) em relação ao hemisfério preservado (responsável pelo membro intacto) durante o processo de imaginação do membro fantasma se movimentando (Tarefa Imaginária) em comparação com o movimento real do membro preservado (Tarefa Real). METODOLOGIA: Estudo tipo caso e controle com amputados traumáticos unilaterais do membro inferior com DMF de intensidade moderada que mediram as concentração de oxi e desoxi-hemoglobina, na área M1, pela Espectroscopia funcional do Infravermelho Próximo (fNIRS) durante a tarefa Real e Imaginária. RESULTADOS: Foram analisados 65 pacientes, com predomínio de homens (67,69%), jovens (40,32 ± 12,91 ), amputados por acidentes de moto (65,63%), há 4,71 ±7,38 anos, predominantemente acima do joelho (57,14%), do lado esquerdo (63,49%), em fase pós protética (51,56%), com intensidade da DMF de 65,03 ±15.56 mm pela Escala Visual Analógica (EVA). A comparação revela que a imaginação do movimento do membro fantasma não apresentou diferença estatisticamente significativa (p>0,05) em relação ao movimento real do membro preservado para as concentrações de oxi e desoxi-Hb. CONCLUSÃO: Tarefas reais e imaginárias determinam respostas hemodinâmicas e metabólicas semelhantes na área M1, mesmo na ausência de um membro

INTRODUCTION. Estimates of the worldwide increase in the incidence and prevalence of amputees increase the urgency to solve long-standing problems. The guarantee to the Mobility Right through prostheses or a wheelchair is a reality for few people (5%). As visible and immediate issues persist as unachieved goals, invisible problems such as Phantom Limb Pain (PLP) are positioned as a public health challenge, due to misdiagnosis and lack of effective treatments. The discovery of the amputation effects on the nervous system is recent, determining functional difficulties for the use of the prosthesis and disabling pain (PLP) that contribute to the costs and overwhelm the health services. Understanding the maladaptive neuroplastic mechanisms of amputation may contribute to new approaches to mobility and PLP treatments. OBJECTIVE. This study analyses the cortical hemodynamic and metabolic modifications of the primary motor area (M1) of the orphan hemisphere (which previously controlled the amputated limb) in relation to the preserved hemisphere (responsible for the intact limb) during the process of imagery, the phantom limb movement. (Imaginary Task) compared to the real movement of the preserved limb (Real Task). METHODOLOGY. A case- control study with unilateral traumatic lower limb amputees with moderate intensity PLP who measured oxy and deoxy-haemoglobin concentrations in the M1 area by Functional Near Infrared Spectroscopy (fNIRS) during the Real and Imagery task. RESULTS. Sixty-five patients were assessed, with a predominance of men (67.69%), young (40.32 ± 12.91), amputees due to motorcycle accidents (65.63%), 4.71 ± 7.38 years ago, predominantly above the knee (57.14%), on the left side (63.49%), with PLP intensity of 65.03 ±15.56 mm by the Visual Analogue Scale (VAS). The comparison reveals that the imagination of the phantom limb movement did not present a statistically significant difference (p>0.05) in relation to the real movement of the preserved limb for the concentrations of oxy and deoxy-Hb. CONCLUSION. Real and imaginary tasks determine similar hemodynamic and metabolic responses in the M1 area, even in the absence of a limb