Objetivo: Testar a eficácia de um programa de visitação domiciliar (PVD) realizado por enfermeiras no desenvolvimento da linguagem em bebês filhos de mães vulneráveis no primeiro ano de vida. Método: Foi conduzido um ensaio clínico randomizado para testar a eficácia de um PVD direcionado para mães adolescentes moradoras de regiões vulneráveis de São Paulo, Brasil. Oitenta adolescentes gestantes foram incluídas e randomizadas para participar do programa de visitação (intervenção, n=40) ou receber cuidados usuais (grupo controle, n=40). O PVD foi realizado por enfermeiras capacitadas iniciando na 16ª semana de gestação e seguindo até que o bebê completasse 24 meses. As participantes foram avaliadas por entrevistadores cegos na 8ª-16ª e 30ª semana gestacional e aos 3, 6 e 12 meses de idade do bebê. Medidas de desenvolvimento da criança foram realizadas pela BSID-III. Aos 12 meses da criança, uma filmagem foi realizada entre a mãe e o bebê com atividades livres e direcionadas e duração média de 14 minutos. Esta filmagem foi transcrita e teve a linguagem produzida pelas mães e bebês analisadas pelo software CLAN. O tamanho do efeito da intervenção foi calculado a partir do cálculo de d de Cohen. Utilizou-se a correlação de Spearman para analisar as variáveis maternas correspondentes às das crianças. Resultados: Nossa análise indicou efeito positivo e significativo da intervenção na em relação a linguagem expressiva das crianças aos 12 meses (d=0,61, IC 95% [0.05 1.18]), aos gestos de apontar (d=0,41, IC 95% [-0,15 - 0,97]) e ao número de palavras diferentes produzidas (d=0,26, IC 95% [-0,30 - 0,82]). Conclusão: O PVD desenhado mostrou-se efetivo em melhorar a linguagem verbal e não-verbal de bebês filhos de mães adolescentes oriundas de regiões vulneráveis

Objective: To test the effectiveness of a home visiting program (HVP) carried out by nurses in language development in toddlers born to vulnerable mothers in the first year of life. Method: A randomized clinical trial was conducted to test the efficacy of an HVP targeted at adolescent mothers living in vulnerable regions of São Paulo, Brazil. Eighty pregnant adolescents were included and randomized to participate in the visitation program (intervention, n=40) or receive usual care (control group, n=40). HVP was performed by trained nurses starting at the 16th week of gestation and following until the baby was 24 months old. The participants were evaluated by blind interviewers at the 8th-16th gestational week (baseline), at the 30th gestational week, and 3, 6 and 12 months of age of the baby. Child development measures were performed by BSID-III. At 12 months of the child, the mother and their babies were videotaped, playing free and directed activities at an average duration of 14 minutes. Videotape was transcribed and had the language produced by mothers and babies analyzed by CLAN software. The intervention effect size was calculated from Cohen's d calculation. Spearman's correlation was used to analyze which maternal variables corresponding to those of the children. Results: Our analysis indicated a positive and significant effect size of the intervention on the expressive language of children at 12 months (d=0.61, CI 95% [0.05 - 1.18), on "pointing" gestures (d=0.41, 95% CI [-0.15 - 0.97) and on the number of different words produced (d=0.26, 95% CI [-0.30 - 0.82]). Conclusion: The HVP designed was effective in improving the verbal and non-verbal language of toddlers born to adolescent mothers from vulnerable regions