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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2022.tde-19042023-123148
Documento
Autor
Nome completo
Maria Cristina Monteiro de Barros
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2022
Orientador
Banca examinadora
Peres, Mario Fernando Prieto (Presidente)
Leão, Frederico Camelo
Maraldi, Everton de Oliveira
Rigonatti, Sergio Paulo
Título em português
Experiências espirituais e religiosas no Brasil: prevalência, características e implicações para a saúde mental
Palavras-chave em português
Espiritualidade
Fenômenos psicológicos
Medicina
Parapsicologia
Psicologia
Religião
Saúde Mental
Resumo em português
As experiências espirituais e religiosas (EERs) são definidas como fenômenos subjetivos relacionados à consciência de uma dimensão transcendente. Podem provocar mudanças de valores, hábitos e estilo de vida. Encontram-se na base das crenças sobre a existência da dimensão espiritual da realidade e podem apresentar características anômalas. As EERs não dependem de crenças religiosas ou espirituais específicas, mas se relacionam com elas na maneira como são interpretadas. Há evidências de que são comuns em diferentes populações, dentro de vasta gama de origens culturais. No Brasil, dados sobre sua prevalência, associação com fatores sociodemográficos, fatores de indução, processos de mudança religiosa e aspectos de saúde mental tais como ansiedade, depressão, qualidade de vida, otimismo e pessimismo ainda não foram investigados em amostras gerais amplas. Com o objetivo de preencher essa lacuna, foram investigados 16 tipos de EERs entre 1053 participantes da população geral brasileira, através de um questionário online autoaplicável, distribuído nas 5 principais regiões do país através do sistema de cotas. Foram então coletadas informações sobre religiosidade e aplicadas as escalas DUREL, Qualidade de vida (WHOQOLbreve), a PHQ9 para rastreamento de depressão e GAD7 para ansiedade, além do Teste de Orientação de vida (TOV-R). As EERs foram agrupadas em experiências místicas, mediúnicas, relacionadas a psi, experiências de memórias de supostas vidas passadas e de quase morte. A idade média da amostra final foi de 40,8 anos, com respondentes de nível socioeconômico e educacional superior à média da população brasileira. As EERs mostraram-se altamente prevalentes; aproximadamente 92% da amostra teve EERs pelo menos uma vez na vida e 47,5% referiu ter pelo menos uma experiência frequentemente. As EERs foram mais prevalentes em mulheres, mas não se associaram com renda, educação, situação de emprego e etnia. A idade avançada mostrou-se associada apenas a experiências místicas frequentes. Os respondentes reportaram ter pelo menos uma experiência mística com frequência em 35% dos casos, enquanto no grupo de experiências psi, esse percentual foi de 27,7%, seguido pelo grupo mediúnico, com 11%. As experiências isoladas mais frequentemente vivenciadas foram: Unidade com Deus ou algo maior que o indivíduo (26,8%), Ter uma intuição sobre algo (18,6%), Ter usado a intuição para tomar uma decisão (18,0%). As EERs espontâneas mostraram-se predominantes (77,2%), mas as induzidas foram substancialmente observadas (22,7%). EERs espontâneas associaram-se a homens, católicos e pessoas com mais de 60 anos, enquanto as induzidas foram mais comuns entre kardecistas, mulheres e pessoas com idade entre 31 e 45 anos. Os experienciadores identificaram mais de um indutor relacionado às experiências, que ocorreram principalmente em estados alterados de consciência (sonho, álcool e anestesia). EERs associaram-se à maior probabilidade de conversão religiosa, mas por outro lado, ter experiências mostrou-se inversamente associado ao ateísmo/agnosticismo. Houve maior prevalência de conversão entre mulheres. As EERs mostraram-se de forma geral associadas a (e preditoras de) sintomas de ansiedade e depressão, pior qualidade de vida física e psicológica, maior disposição ao otimismo e redução do pessimismo, face à religiosidade não organizacional e intrínseca praticada pelos experienciadores. A relação entre EERs e saúde mental é multidimensional, fazendo conviver aspectos contraditórios em relação ao impacto que provocam. Nossos achados trazem implicações de ordem clínica, que são discutidas detalhadamente e confirmam a complexidade e relevância do tema para a promoção de um cuidado integral em saúde
Título em inglês
Spiritual and religious experiences in Brazil: prevalence, characteristics and implications to mental health
Palavras-chave em inglês
Medicine
Mental health
Parapsichology
Psychological phenomena
Psychology
Religion
Spirituality
Resumo em inglês
Spiritual and religious experiences (SREs) can be defined as subjective phenomena related to the consciousness of a transcendent dimension. They can cause changes in values, habits and lifestyle. They are at the base of beliefs about the existence of the spiritual dimension of reality and may present anomalous characteristics. SREs do not depend on specific religious or spiritual beliefs, but relate to them in the way they are interpreted. There is evidence that they are common in different populations, within a wide range of cultural backgrounds. In Brazil, data on its prevalence, association with sociodemographic factors, induction factors, processes of religious change and mental health aspects such as anxiety, depression, quality of life, optimism and pessimism have not yet been investigated in large general samples. In order to fill this gap, 16 types of SREs were investigated among 1053 participants of the general Brazilian population, through a self-administered online questionnaire, distributed in the 5 main regions of the country through a quota sample methodology. Information about participants religiousness was collected and the tests DUREL, Quality of life (WHOQOLbrief), PHQ9 for depression screening and GAD7 for anxiety were applied, in addition to the Life Orientation Test (LOT). SREs were grouped into mystical, mediumistic, psi-related experiences, alleged past-life memory and near-death experiences. The average age of the final sample was 40.8 years, with respondents with a higher socioeconomic and educational level than the average of the Brazilian population. SREs were highly prevalent; approximately 92% of the sample had SREs at least once in their lifetime and 47.5% reported having at least one experience frequently. SREs were more prevalent in women, but were not associated with income, education, employment status, and ethnicity. Advanced age was only associated with frequent mystical experiences. Respondents reported having at least one mystical experience frequently in 35% of cases, versus 27.7% in the psi experience group, followed by the mediumistics with 11%. The most frequently isolated experiences were: Unity with God or something higher than oneself (26.8%), Having an intuition about something (18.6%), Using intuition to make a decision (18.0%). Spontaneous SREs were predominant (77,2%), but induced ones were substantially observed (22,7%). Spontaneous SREs were associated with men, Catholics and participants over 60 years old, while induced experiences were more common among Kardecists, women and people aged between 31 and 45 years. The experiencers identified more than one inducer related to the experiences, which occurred mainly in altered states of consciousness (dreaming, alcohol and anesthesia). SREs were associated with a higher probability of religious conversion, although having experiences was mostly inversely associated with atheism/agnosticism and religious disaffiliation. There was a higher prevalence of conversion among women. SREs were generally associated with (and predictors of) symptoms of anxiety and depression, worse physical and psychological quality of life, greater disposition to optimism and reduced pessimism, in face of non-organizational and intrinsic religiosity practiced by the experiencers. The relationship between SREs and mental health is multidimensional, bringing together contradictory aspects in relation to the impact they may cause. Our findings have clinical implications, which are discussed in detail and confirm the complexity and relevance of the topic for the promotion of comprehensive health care
 
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Data de Publicação
2023-05-05
 
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