Objetivo: Investigar se os sintomas maternos de desatenção e hiperatividade/impulsividade no início da gravidez predizem uma parentalidade pior durante o primeiro ano de vida. Métodos: Oitenta adolescentes com idade entre 14 e 19 anos de idade e seus bebês foram incluídos em um estudo controlado randomizado, projetado para testar o efeito de um programa de visitas domiciliares para melhorar o desenvolvimento infantil. As jovens mães foram avaliadas durante a gravidez e aos 6 e 12 meses de vida do bebê para vários desfechos. Foram conduzidas regressões lineares multinível para dados longitudinais para testar o efeito dos sintomas do TDAH em quatro dimensões do cuidado materno, como senso de competência materna, apego à criança, organização do ambiente doméstico e maus-tratos. O papel da desatenção e dos sintomas de hiperatividade/impulsividade foi investigado separadamente. Os resultados foram controlados para o efeito de sintomas depressivos maternos, uso de álcool e maconha, temperamento da criança e para o efeito da intervenção. Resultados: Os sintomas de desatenção no início da gravidez predizeram pior senso de competência materna, apego menos seguro, maior desorganização do ambiente doméstico e maior frequência de maus-tratos ao bebê durante o primeiro ano de vida, independentemente do efeito dos sintomas depressivos maternos, uso de álcool e maconha e do temperamento da criança. Os sintomas de hiperatividade não foram preditivos de parentalidade pior. Conclusão: A investigação de sintomas de TDAH maternos é um componente importante para os programas de intervenção precoce

Objective: To investigate if maternal inattention and hyperactivity/impulsivity symptoms early on pregnancy predict worse parenting during the first year of life. Methods: Eighty adolescents 14-19 years of age and their babies were included in a randomized controlled study designed to test the effect of a home-visiting program to improve child development. Young mothers were assessed during pregnancy and at 6 and 12 months for several outcomes. Multilevel linear regression for longitudinal data was conducted to test the effect of ADHD symptoms over four dimensions of parenting: maternal sense of competence, attachment to the child, organization of home environment and childhood maltreatment. The role of inattention and hyperactive-impulsive symptoms were investigated separately, taking into account the effect of maternal depressive symptoms, alcohol and marijuana use, child temperament, and the effect of the intervention. Results: Inattentive symptoms early in pregnancy predicted worse maternal sense of competence, more insecure attachment, worse organization of the home environment, and higher frequency of childhood maltreatment during the first year of life regardless of the effect of maternal depressive symptoms, alcohol and marijuana use, and child's temperament. Hyperactivity symptoms were not predictive of worse parenting. Conclusion: Assessment of maternal ADHD symptoms is an important goal of early intervention programs