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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2021.tde-09112021-132459
Documento
Autor
Nome completo
Raquel Berg
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2021
Orientador
Banca examinadora
Tavares, Hermano (Presidente)
Elkis, Helio
Hunziker, Maria Helena Leite
Oliveira, Maria Paula de Magalhães Tavares de
 
Título em português
Desamparo aprendido e ilusão de controle em portadores de transtorno do jogo e controles normais
Palavras-chave em português
Desamparo aprendido
Distorção da percepção
Ilusão
Jogo de azar
Superstições
Transtornos disruptivos de controle do impulso e da conduta
Resumo em português
O Transtorno do Jogo (TJ) é caracterizado por apostas persistentes, mesmo com consequentes prejuízos financeiros e sociais. Os estudos sobre esse transtorno têm relacionado o comportamento de jogo com condicionamento, distorções cognitivas e comportamento supersticioso. Estudos prévios demonstraram que, em testes analíticos de resposta-consequência com indivíduos normais, a ausência de feedback impede a extinção do comportamento e permite o desenvolvimento de comportamento supersticioso e ilusão de controle. O TJ pode ser considerado como um paradigma de resposta-consequência no qual os portadores de TJ (PJ) falham em perceber o feedback de erro. Portanto, isso significa que eles não percebem a independência entre resposta e consequência e permanecem no ato de jogar. O objetivo desse trabalho foi comparar o desempenho de PJ e controles normais (CN) frente a teste curto e um teste longo de análise de resposta-consequência (TCARC com 10 repetições no estudo piloto e TLARC com 50 repetições no estudo principal), sendo que cada teste possui uma versão com solução (CS) e uma versão sem solução (SS), todas com feedback de erro. Para os estudos, selecionamos 20 PJ e 20 CN no estudo piloto, e 34 PJ e 34 CN no estudo principal, foram recrutados para participar dos estudos; metade de cada amostra foi designada para fazer a sequência CS-SS, e a outra metade realizou a sequência inversa (SS-CS). Comparados com os CN, no TCARC os PJ relataram mais ansiedade na versão CS, menos uso de estratégia e menos crença na existência de uma senha em ambas as versões, e maior quantidade de digitação aleatória em ambas as versões. No TLARC, comparados com os CN os PJ apresentaram mais ansiedade, menos felicidade e menor percepção de controle na versão CS; na versão SS, os PJ apresentaram mais digitação aleatória, mais comportamento supersticioso e menor crença na existência de uma senha. Os PJ também apresentaram menor confiança em ambas as versões. Em contraste com achados anteriores, os PJ não demonstraram mais ilusão de controle em comparação aos CN e também se mostraram mais céticos com relação à controlabilidade de ambas as versões nos dois estudos. Nossos achados sugerem que a natureza dos testes com feedback de erro permitiu identificar déficits cognitivos que precedem o TJ, e que possivelmente poderão levar a condicionamento por reforçamento intermitente enquanto o indivíduo tenta encontrar uma solução baseado em respostas aleatórias
 
Título em inglês
Learned helplessness and illusion of control in pathological gamblers and healthy controls
Palavras-chave em inglês
Gambling
Illusions
Learned helplessness
Perceptual distortion, Disruptive impulse control and conduct disorders
Superstition
Resumo em inglês
Gambling Disorder (GD) is characterized by persistent betting in even in face of accruing debts and psychosocial hardship. Studies based on this disorder have linked gambling behavior to conditioning, cognitive distortions and superstitious behavior. Previous studies have demonstrated that during Response-Outcome Analytical Tests with normal controls, the absence of feedback preclude the extinction of behavior and allow the development of superstitious behaviors and illusion of control instead. GD can be regarded as a ROAT paradigm where disordered gamblers (DG) fail to compute failure feedback. Hence they do not perceive the independence between response and outcome and continue gambling. The objective was to compare the performance between DG and controls in a short ROAT (with 10 repetitions in pilot study) and in a long ROAT (with 50 repetitions in main study), considering that in each ROAT there are two versions, a controllable and an uncontrollable one, both with explicit failure feedback. For both studies, we recruited 20 DG and 20 controls in pilot study, and 34 DG and 34 controls in main study, were recruited to be part of these studies; half of each sample was designed to do the sequence controllable-uncontrollable and the other half did the reverse sequence. In short ROAT, compared to controls DG reported more anxiety in the controllable version, less use of strategy, less belief in the existence of a key and more random typing in both versions. In long ROAT, compared to controls DG reported more anxiety, less happiness and less perception of control in the controllable version; in the uncontrollable version, DG presented more random typing, more superstitious behavior and less belief in the existence of a key. DG also reported less confidence in both versions. In contrast to previous findings, DG did not presented more illusion of control comparing to controls and they also were more skeptical about the controllability of both versions in both studies. Our findings suggest that the nature of our ROAT versions with failure feedback uncovered deficits in cognitive control in DG that precede illusion of control and superstitious behaviors, which lately could lead to conditioning by intermittent reinforcement while the individual is pursuing an outcome through random responses
 
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RaquelBerg.pdf (912.43 Kbytes)
Data de Publicação
2021-11-11
 
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