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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2018.tde-07112018-092130
Document
Auteur
Nom complet
Richard Murdoch Montgomery
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2018
Directeur
Jury
Aprahamian, Ivan (Président)
Nunes, Paula Villela
Alves, Tania Corrêa de Toledo Ferraz
Martinelli, José Eduardo
 
Titre en portugais
Fragilidade e doença de Parkinson
Mots-clés en portugais
Cognição
Fragilidade
MEEM
Parkinson
UPDRS
Resumé en portugais
A Síndrome de Fragilidade (SF) e a Doença de Parkinson (DP) podem ser expressões comuns do envelhecimento. Há abundância de evidências relatando a importância da fragilidade como causa significativa de morbidade e mortalidade entre os idosos. Especificamente em países subdesenvolvidos, como o Brasil, onde a SF tem, possivelmente, maior prevalência, o conceito de fragilidade pode ser uma ferramenta importante para a identificação rápida e eficiente de pacientes com risco aumentado de desenvolver doenças graves e irreversíveis, ou mesmo morte. Não há estudos observacionais que detalhem a relação da SF e a DP. Para mensurar a SF, estudamos 90 pacientes com DP e usamos os critérios de Fried desenvolvidos em 2001, abrangentes, sensíveis e de fácil aplicação, levando em consideração cinco fatores: velocidade de marcha, atividade física, exaustão física, força de apreensão da mão dominante e perda de peso não intencional. Mensuramos a severidade e evolução da DP através da escala Unified Parkinsons Disease Rating Scale (UPDRS), amplamente usada na literatura. Acrescentamos a estas escalas o teste Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para melhor acompanhar a cognição. Mensuramos, então, estas três escalas, no início do estudo, após 3 meses e, finalmente, ao final do estudo, após 6 meses, entre 2 de janeiro de 2016 e 10 de julho de 2016 (183 dias). Valorizamos a comparação entre o momento incicial e final do estudo. Nesta tese procuramos observar pacientes com DP e a prevalência da SF e estudar características desta coorte que possam ter influência no aparecimento e evolução do fenótipo da SF. Procuramos avaliar correlações possíveis entre estas características, que possam ajudar a entender a SF e seus determinantes. Nesta coorte, obtivemos correlação positiva entre a idade destes pacientes e o aumento da prevalência de pacientes frágeis e pré-frágeis. O mesmo pôde ser observado em relação à escolaridade, ou seja, pacientes com menos anos de escolaridade apresentaram fenótipo pré-frágil ou frágil em maior proporção. Observamos correlação positiva e significativa entre a escala UPDRS aferida no momento inicial e o fenótipo de fragilidade ao final do estudo. Com o objetivo de aprofundar esta relação encontramos, especificamente, dentre as 4 partes da escala UPDRS, correlação específica e significativa entre a primeira parte (aspectos não motores da DP) e a evolução para fragilidade após 6 meses. Encontramos associação também entre o MEEM aferido no momento inicial e a progressão para SF ao final do estudo, achado que ajuda a corroborar a relação entre a primeira parte da escala UPDRS e a SF. Além disto, encontramos associação entre o tempo de caminhada no momento inicial do estudo e a evolução para SF e pior avaliação na escala UPDRS após 6 meses. Em associação a este achado, a presença de atividade física na rotina destes pacientes mostrou ter um efeito protetor em relação à SF. Foi significativo notar que as escalas UPDRS no primeiro momento e após 6 meses não mostraram alterações estatisticamente significativas em suas médias, de 71,20 e 70,91, respectivamente. Concluímos, assim, que devem haver fatores intrínsecos à DP com repercussão importante na evolução destes pacientes para SF. Pensamos que estes fatores estão reunidos dentro da parte I da escala UPDRS e do MEEM com estreita relação ao hábito de exercitar-se. Os fatores cognitivos, principalmente, de difícil mensuração e com ampla repercussão na vida destes pacientes, devem ser melhor estudados e valorizados em trabalhos prospectivos futuros sobre a DP e a SF
 
Titre en anglais
Frailty and Parkinson's disease
Mots-clés en anglais
Cognition
Frailty
Mini-mental
Parkinson
UPDRS
Resumé en anglais
Frailty Syndrome (SF) and Parkinson's disease (PD). Frailty and DP may be common expressions of aging. There is an abundance of evidence reporting the importance of frailty as a significant cause of morbidity and mortality among the elderly. Specifically in underdeveloped countries, such as Brazil, where SF is possibly more prevalent, the concept of frailty can be an important tool for the rapid and efficient identification of patients at increased risk of developing serious and irreversible diseases, or even death. There is a lack of observational studies that detail the relationship between SF and PD. To measure SF, we studied 90 patients with Parkinson's Disease and used the Fried criteria developed in 2001, comprehensive, sensitive and easy to apply, taking into account five factors: andwalking speed, physical activity, physical exhaustion, dominant hand grasping force and unintentional weight loss. We measured the severity and progression of PD through the Unified Parkinsons Disease Rating Scale (UPDRS), widely used in the literature. We added to these scales the Mini Mental State Exam (MMSE) to better monitor cognition. We then measured these three scales at baseline, after 3 months, and finally at the end of the study, after 6 months, between January 2, 2016 and July 10, 2016 (183 days), giving priority for the period between the first moment and the last one of the study. In this thesis, we sought to observe patients with PD and the prevalence of SF and to study characteristics of this cohort that may influence the appearance and evolution of the SF phenotype. We tried to evaluate possible correlations between these characteristics, which may help to understand SF and its determinants. In this cohort, we had a positive correlation between the age of these patients and the increase in the prevalence of frail and pre-frail patients. The same could be observed in relation to schooling, that is, patients with less years of schooling presented a pre-frail or frail phenotype in greater proportion. We observed a positive and significant correlation between the UPDRS scale at baseline and the frailty phenotype at the end of the study. In order to deepen this relationship, we found, specifically among the 4 parts of the UPDRS scale, a specific and significant correlation between the first part (non-motor aspects of PD) and the evolution to frailty after 6 months. We also found an association between the MMSE measured at baseline and progression to SF at the end of the study, a finding that helps to corroborate the relationship between the first part of the UPDRS scale and SF. In addition, we found an association between the walking speed at the initial time of the study and the evolution to SF and worse evaluation on the UPDRS scale after 6 months. In association with this finding, the presence of physical activity in the routine of these patients showed to have a protective effect in relation to SF. It was significant to note that the UPDRS scales at the first moment and after 6 months did not show statistically significant changes in their means of 71.20 and 70.91, respectively. We conclude, therefore, that there must be intrinsic factors to PD with important repercussion in the evolution of these patients for the development of SF. We believe that these factors are brought together in Part I of the UPDRS and the MMSE with a close relationship to the practice of exercising. Cognitive factors, especially those that are difficult to measure and with a great repercussion in the life of these patients, should be better studied and evaluated in future prospective studies on PD and SF
 
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Date de Publication
2018-11-08
 
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