A prematuridade afeta, globalmente, 10% dos nascimentos e é um conhecido fator de risco para a mortalidade neonatal e outras morbidades. De acordo com a OMS, a prematuridade é a primeira causa de mortalidade em crianças menores do que 5 anos e, no mundo inteiro, as taxas de nascimentos prematuros vêm aumentando nos últimos anos. Quanto mais prematuro é o bebê menos preparado estará seu organismo para enfrentar o mundo exterior, necessitando cuidados especiais para superar essas dificuldades. Os recém-nascidos pré-termos tardios (RNPT), definidos como nascimentos entre a 34 e 36 6/7 semanas de gestação constitui uma população de RNPT que merece atenção. Menos susceptíveis aos agravos supramencionados quando comparados as outras classificações de prematuros, geralmente os prematuros tardios são tratados como se fossem a termo e com baixo risco de morbidade. No entanto em função da estrutura e capacidade pulmonar ainda imaturas os prematuros tardios têm maior risco de problemas respiratórios que o RN a termo necessitando oxigenoterapia, ventilação mecânica pulmonar e admissão nas unidades de cuidados intensivos neonatais. Em função dessas complicações pulmonares no RNPT foi estabelecido o uso do corticóide antenatal. O Instituto Americano de Saúde (NIH) estabeleceu o uso materno de 12 mg de Betametasona a cada 24h por 2 dias ou Dexametasona 6mg de 12/12h por 4 dias como padrão de tratamento padrão. Evidências científicas apontam para as consequências tardias do uso do corticóide antenatal no desenvolvimento da criança nascida prematura. Objetivo: O presente projeto visa identificar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) em crianças nascidas prematuras expostas ao corticoide durante o período intrauterino. Metódos: Trata-se de um estudo do tipo regression discontinuity design (RDD) comparando um grupo de RNPT que recebeu a terapia antenatal com corticoide (RNPT nascidos com até 34 semanas) e Grupo de RNPT que não receberam terapia antenatal com corticoide (RNPT com 35 semanas) dentro do universo de crianças seguidas na coorte ROC

Prematurity affects 10% of births globally and is a known risk factor for neonatal mortality and other morbidities. According to WHO, prematurity is the leading cause of mortality in children under 5 years of age, and worldwide premature birth rates have been increasing in recent years. The more premature a baby is, the less prepared his body will be to face the outside world, needing special care to overcome these difficulties. Late preterm infants, defined as births between 34 and 36 6/7 weeks of gestation, constitute a population of preterm infants that deserves attention. Less susceptible to the aforementioned disorders compared to the other classifications of premature infants, late preterm infants are generally treated as if they were full term and with low risk of morbidity. However, due to the still immature pulmonary structure and capacity, late preterm infants have a higher risk of respiratory problems than full-term newborns requiring oxygen therapy, mechanical pulmonary ventilation and admission to neonatal intensive care units. Due to these pulmonary complications in preterm infants, the use of antenal corticosteroids was established. The American Institute of Health (NIH) has set maternal use of 12 mg Betamethasone every 24h for 2 days or Dexamethasone 6mg 12 / 12h for 4 days as the standard treatment standard. Scientific evidence points to the late consequences of antenatal corticosteroid use on the development of preterm infants. Objective: This project aims to identify changes in neuropsychomotor development (DNPM) in premature infants exposed to corticosteroids during the intrauterine period. Methods: This is a regression discontinuity design (RDD) study comparing a group of preterm infants who received antenatal corticosteroid therapy (preterm infants born up to 34 weeks) and a group of preterm infants who did not receive antenatal corticosteroid therapy (Preterm infants 35 weeks) within the universe of children followed in the ROC cohort