Introdução: A dor é um sentimento desagradável e angustiante que afeta o ser humano de forma multidimensional. Uma série de intervenções não farmacológicas relata graus variados de sucesso no tratamento da dor do câncer, e redução da ansiedade que incluem técnicas de respiração e relaxamento além de outras como a musicoterapia que foi identificada como tendo benefício terapêutico consistente no alívio da dor e ansiedade de todas as origens. Objetivo: Identificar os efeitos terapêuticos das intervenções musicais em termos psicológicos e fisiológicos e na qualidade de vida de crianças em tratamento oncológico. Método: Revisão sistemática de eficácia com base na metodologia do Joanna Briggs Instituto. Resultados: Onze artigos foram incluídos com um total de 429 crianças, cujas idades variaram de 0 a 18 anos. A duração média da intervenção musical foi de 30,6 (± DP 9,8) min. Em uma estimativa combinada de cinco estudos para resultados de dor e ansiedade, houve benefícios em usar música em comparação com o grupo de controle (SMD 1,05; IC 95% 1,70 - 0,40 N = 453 I 2 = 90%). Uma análise combinada de cinco estudos para avaliar a qualidade de vida mostrou que o uso da música foi favorável quando comparado com o controle (SMD -0,80; IC 95% 1,170,43 N = 457 = I 2 = 71%). Após combinar três estudos para avaliar os efeitos fisiológicos de intervenções musicais na frequência cardíaca e pressão arterial, nenhuma diferença foi observada em relação ao grupo controle (SMD 0,23; IC 95% 0,720,27 N = 158 = I 2 = 49%). A redução da frequência cardíaca após a sessão de intervenções musicais foi observada apenas em dois estudos isolados. Conclusão: Após a conclusão desta revisão, evidenciou-se que há evidências que sustentam o uso da música para reduzir a dor e a ansiedade e melhorar a qualidade de vida de crianças em tratamento contra o câncer

Introduction: Introduction: Pain is an unpleasant and distressing feeling that affects human beings in a multidimensional way. A number of non-pharmacological interventions report varying degrees of success in treating cancer pain, and reducing anxiety that include breathing and relaxation techniques in addition to others such as music therapy that has been identified as having consistent therapeutic benefit in relieving pain and anxiety from all sources. Objective: To identify the therapeutic effects of music interventions on psychological and physiological effects and quality of life in children undergoing cancer treatment. Method: Systematic effectiveness review based on the methodology of the Joanna Briggs Institute. Results: Eleven articles were included with a total of 429 children whose ages ranged from 0 to 18 years. The mean duration of the music intervention was 30.6 (± SD 9.8) min. In a combined estimate of five studies for pain and anxiety outcomes, there were benefits to using music compared to the control group (SMD -1.05; 95% CI -1.70 - 0.40 N = 453 I2 = 90%). A combined analysis of five studies to assess quality of life showed that the use of music was favorable compared to the control (SMD -0.80; 95% CI -1.17-0.43 N = 457 = I2 = 71%). After combining three studies to evaluate the physiological effects of music interventions on heart rate and blood pressure, no difference was observed compared to the control group (SMD -0.23; 95% CI -0.72-0.27 N = 158 = I2 = 49%). Heart rate reduction after the music intervention session was observed only in two isolated studies. Conclusion: Upon completion of this review, it was found that there is evidence to support the use of music to reduce pain and anxiety and improve quality of life in children undergoing treatment for cancer