INTRODUÇÃO: Práticas corporais de combate são lutas culturalmente relevantes que buscam o aprimoramento do indivíduo através dos aspectos físicos. Acredita-se que o seu treinamento aprimora a força, o equilíbrio e a qualidade de vida, funcionando assim como ferramenta de promoção da saúde. OBJETIVOS: Avaliar os benefícios das práticas corporais de combate no desfecho equilíbrio postural, força muscular e qualidade de vida de pessoas idosas comparado com um grupo controle. Em seguida, analisar o poder de evidência dos resultados. MÉTODO: Revisão sistemática de estudos observacionais comparativos e de estudos clínicos aleatorizados realizada nas bases de dados eletrônicas da Cochrane, PubMed, Embase, CINAHL, SciELO, LILACS e PEDro. Para cada base de dados foi desenvolvida uma estratégia de busca específica com a variação dos unitermo MeSH: artes marciais; idoso; equilíbrio; medo de cair; quedas; força muscular; qualidade de vida. Foram incluídos todos os estudos publicados independente dos instrumentos de coleta de dados ou da data de publicação dos mesmos. O critério de elegibilidade para os estudos observacionais seguiu a estratégia PECO e a qualidade metodológica foi avaliada através da escala JBI. O critério de elegibilidade para os estudos clínicos seguiu a estratégia PICOT e a qualidade metodológica foi avaliada através da escala TESDEX. O nível de evidência de todos os desfechos foi avaliado com a escala GRADE. RESULTADOS: Inicialmente foram encontrados 333 estudos observacionais e 2471 estudos clínicos. Em seguida foram identificadas e excluídas as duplicatas com o uso do EndNote e da plataforma Rayyan. Após análise do título e do resumo os estudos elegíveis foram lidos na íntegra. Então, sete estudos observacionais comparativos e seis estudos clínicos aleatorizados, que possuíam homogeneidade metodológica, foram submetidos ao tratamento estatístico da metanálise sendo possível a realização de duas revisões sistemáticas. CONCLUSÃO: Não há evidências suficientes para apoiar ou refutar a eficácia das práticas corporais de combate no equilíbrio postural, força muscular e qualidade de vida de pessoas idosas. Portanto, futuros estudos com melhor controle metodológico podem modificar os resultados

INTRODUCTION: Corporal combat practices are culturally relevant fights that seek the improvement of the individual through physical aspects. It is believed that training corporal combat practices improves balance, muscle strength and quality of life, thus functioning as a health promotion tool. OBJECTIVES: Evaluate the benefits of physical combat practices in the outcomes balance, muscle strength and quality of life for elderly people. After that, analyze the level of evidence of the results. METHOD: Systematic review of cross-sectional studies and randomized clinical trials studies carried out in the electronic databases of Cochrane, PubMed, Embase, CINAHL, SciELO, LILACS and PEDro. A specific search strategy was developed with a variation of MeSH keywords for each database: martial arts, elderly, balance, fear of falling, falls, muscle strength, quality of life. All studies published independently of data collection instruments or their publication date were included. Compliance with eligibility for observational studies followed the PECO strategy and the methodological quality of the studies was assessed using the JBI scale. Compliance with eligibility for clinical studies followed the PICOT strategy and the methodological quality of the studies was assessed using the TESDEX scale. The level of evidence for all outcomes was assessed using the GRADE scale. RESULTS: Initially, 333 observational articles and 2471 clinical articles were found in the consulted databases. Duplicates were identified and excluded using the EndNote software and the Rayyan platform. After analyzing the title and abstract, eligible studies were read in full-text. Then, seven eligible cross-sectional studies and six eligible randomized clinical trials studies were selected for this two systematic review. CONCLUSION: There is no evidence to support or refute the effectiveness of corporal combat practices on postural balance, muscle strength and quality of life in elderly people. Therefore, future studies with better methodological control may modify the results