Introdução: As amputações traumáticas do polegar são lesões dramáticas e o reimplante é um tratamento que deve ser sempre considerado e indicado. No entanto, é um procedimento microcirúrgico que envolve dificuldades logísticas (incluindo infraestrutura e pessoal treinado em microcirurgia), que requer um longo período de reabilitação e apresenta resultados variáveis. Por essas razões, as taxas de reimplante diminuíram nos últimos anos em alguns países. Objetivo: Relatar os resultados funcionais do reimplante de polegar em uma grande série de casos em nossa instituição e comparar, por meio de testes e questionários, a função manual de pacientes submetidos a reimplante de polegar com aqueles submetidos a amputação. Métodos: Uma análise transversal em um estudo de coorte retrospectivo foi realizada comparando os resultados funcionais de 40 pacientes submetidos a reimplante e 41 pacientes submetidos a regularização do polegar após amputação traumática. Usamos questionários subjetivos de função manual (DASH, Brief Michigan), teste objetivo de função manual (Sollerman) e avaliamos amplitude de movimento, força (dinamômetro), sensibilidade (discriminação de 2 pontos, Semmes Weinstein), satisfação, índice de retorno ao trabalho e avaliação psicológica teste (teste de autoeficácia). Resultados: Os valores médios do Brief Michigan Hand Questionnaire foram 80,15 no Grupo Reimplantados e 70,96 no Grupo Regularizados (p = 0,033). No teste funcional de Sollerman, os valores médios foram 72,32 no Grupo Reimplantados e 67,93 no Grupo Regularizados (p = 0,028). O Grupo Reimplantados apresentou resultados superiores, mas sem significância estatística no escore DASH, força (teste com dinamômetro de pinça), índice de retorno ao trabalho e teste de Autoeficácia. Ambos os grupos apresentaram adequada recuperação da sensibilidade. Conclusão: Os resultados funcionais do Grupo Reimplantados foram superiores em relação ao Grupo Regularizados de acordo com o Questionário de Brief Michigan e o teste de função de Sollerman. Não foi possível demonstrar diferença estatisticamente significativa na força, sensibilidade, satisfação, índice de retorno ao trabalho e avaliação psicológica entre os dois grupos

Introduction: Traumatic thumb amputations are dramatic injuries, and replantation is a treatment that should always be considered and indicated. However, it is a microsurgical procedure that involves logistical difficulties (including infrastructure and staff trained in microsurgery), that requires a long rehabilitation period and presents variable results. For these reasons, reimplantation rates have declined in recent years in some countries. Objective: Report the functional results of thumb reimplantation in a large series of cases at our institution and compare, through tests and questionnaires, the hand function of patients submitted to thumb reimplantation with patients submitted to amputation. Methods: A cross-sectional retrospective cohort study was performed to compare the functional results of 40 patients submitted to replantation and 41 patients submitted to revision amputation after traumatic amputation. Subjective hand function questionnaires (DASH, Brief Michigan), objective hand function test (Sollerman) and assessed range of motion, strength (Dynamometer), sensitivity (2 point discrimination, Semmes Weinstein), satisfaction, return to work index and psychological test (Self-Efficacy test) was used. Results: The mean values of the Brief Michigan Hand Questionnaire were 80.15 in the replanted Group and 70.96 in the amputated Group (p = 0.033). In Sollerman's functional test, the mean values were 72.32 in the replanted Group and 67.93 in the amputated Group (p = 0.028). The replanted Group showed superior results but without statistical significance in the DASH score, strength (test with pinch dynamometer), return to work index, and Self-Efficacy test. Both groups showed adequate sensitivity recovery. Conclusion: Functional results of the replanted Group were superior compared to the amputated Group according to Brief Michigan Hand Questionnaire and Sollerman's function test. It was not possible to demonstrate a statistically significant difference in the strength, sensitivity, satisfaction, return to work index and psychological evaluation between the groups