Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.5.2017.tde-27102017-094455
Documento
Autor
Nome completo
Mariana Gonçalves Rebello
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2017
Orientador
Banca examinadora
Benute, Glaucia Rosana Guerra (Presidente)
Francisco, Rossana Pulcineli Vieira
Martinelli, Silvio
Sancovski, Ana Rosa Kisielewski
Título em português
Avaliação de depressão, estresse, apoio social e autoestima em gestantes com suspeita de restrição do crescimento fetal
Palavras-chave em português
Apoio social
Autoestima
Depressão
Estresse psicológico
Gestação
Restrição do crescimento fetal
Resumo em português
Introdução: A restrição de crescimento fetal (RCF) é a condição na qual o peso fetal encontra-se abaixo do percentil 10 para a idade gestacional. Essa condição caracteriza a gestação como de alto risco e constitui causa de morbidade e mortalidade perinatal. Além de fatores biológicos fetais, maternos e placentários, a RCF é influenciada por fatores psicossociais como depressão e estresse. Esse estudo tem como objetivo comparar gestantes com suspeita de RCF e gestantes sem intercorrências clínicas em relação à depressão, estresse, apoio social e autoestima. Método: Estudo transversal realizado com 79 gestantes com suspeita de RCF, atendidas no Ambulatório de Baixo Peso Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP e 92 gestantes do Pré-Natal de baixo risco, com fetos de crescimento normal. O PRIME-MD foi utilizado para avaliar depressão e a PPP para avaliação de estresse, apoio social e autoestima. Análise quantitativa foi realizada por meio do teste t ou teste não paramétrico de Mann-Whitney e para comparação de mais de dois grupos foi considerado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. O teste de Dunn com correção dos valores p foi utilizado para comparações 2 a 2. Os testes qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher foram utilizados para análise das variáveis qualitativas. Resultados: Neste estudo, as gestantes com suspeita de RCF apresentaram média de idade de 25,89(DP=6,11), média de idade gestacional de 33,33(DP=3,36) e média de números de gestação de 1,92(DP=1,22). As gestantes sem intercorrências clínicas apresentaram médias 27,27(DP=5,90), 32,55(DP=4,01) e 1,83(DP=0,93), respectivamente. Constatou-se diagnóstico de depressão entre 17,7% das gestantes com suspeita de RCF e 16,3% das gestantes sem intercorrências clínicas. Quanto ao estresse, apoio do companheiro, apoio de outras pessoas e autoestima, entre as gestantes com suspeita de RCF, foram constatados os escores médios de 18,27(DP=5,50), 55,15(DP=13,76), 53,77(DP=13,27) e 32,70(DP=4,60). Já entre as gestantes sem intercorrências clínicas, os escores médios foram 19,72(DP=5,16), 55,70(DP=11,37), 51,33(DP=13,26) e 34,22(DP=4,85), respectivamente. Na associação entre os grupos com suspeita de RCF e depressão(RCF+D) e com suspeita RCF sem depressão(RCF-D) foi verificada significância estatística entre estresse (p < 0,01) e autoestima (p < 0,01). Entre os grupos sem intercorrências e com depressão(BR+D) e sem intercorrências e sem depressão(BR-D) foi verificada significância estatística entre estresse (p=0,04) e autoestima (p < 0,01). Entre os grupos RCF+D e BR-D foi constatada significância estatística entre autoestima (p < 0,01). Entre os grupos BR+D e RCF-D foi encontrada significância estatística entre autoestima (p=0,03). Não foram verificadas diferenças estatísticas quanto ao estresse entre os grupos RCF+D e BR+D, RCF-D e BR-D, e BR-D e RCF+D e quanto à autoestima entre os grupos RCF+D e BR+D, e RCF-D e BR-D. Nenhum dos grupos estudados apresentou diferença estatística quanto aos escores de apoio do companheiro e de outras pessoas. Conclusão: Neste estudo, a presença de depressão durante a gestação mostrou-se associada à maior escore de estresse e menor escore de autoestima, tanto entre gestantes com suspeita de RCF como entre aquelas sem intercorrências clínicas
Título em inglês
Obstetric Clinic of HC-FMUSP and 92 pregnant women with low-risk prenatal with fetuses with normal growth
Palavras-chave em inglês
Depression
Fetal growth restriction
Gestation
Self concept
Social support
Stress psychological
Resumo em inglês
Evaluation of depression, stress, social support and self-esteem in pregnant woman with suspected fetal growth restriction [Dissertation]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2017. Introduction: Fetal Growth Restriction (FGR) is the condition in which fetal weight is below the 10th percentile for gestational age. This condition characterizes a high-risk pregnancy and is an important cause of perinatal morbidity and mortality. In addition to biological fetal, maternal and placental factors, the FGR is influenced by psychosocial factors such as depression and stress. This study aims to compare pregnant woman with suspected FGR and pregnant woman without clinical intercurrences in relation to depression, stress, social support and self-esteem. Methods: Cross-sectional study with 79 pregnant women with suspected FGR, met at the Low Fetal Weight Clinic of the PRIME-MD was used to evaluate depression and PPP for stress assessment, social support and self-esteem. Quantitative analysis was performed using the t-test or non-parametric Mann-Whitney test and for comparison of more than two groups was considered the nonparametric Kruskal-Wallis test. The Dunn test, with corrected p values, was used for 2 on 2 comparisons. The Pearson's chi-square tests or Fisher's exact tests were used for qualitative data analysis. Results: In the present study, pregnant women with a suspicion of FGR had a mean age of 25.89 (SD=6.11), mean gestational age of 33.33 weeks (SD=3.36 weeks) and average gestation numbers of 1.92 (SD=1.22). The pregnant woman without clinical intercurrences presented averages 27,27 (SD=5.90), 32.55 (SD=4.01) and 1.83 (SD=0.93), respectively. A diagnosis of depression was found among 17.7% of pregnant women with suspected FGR and 16.3% of pregnant women without clinical intercurrences. As for stress, peer support, support from other people and self-esteem was found among pregnant women with suspected FGR mean scores of 18.27 (SD=5.50), 55.15 (SD=13.76), 53.77 (SD=13.27) and 32.70 (SD=4.60). Among the pregnant women without clinical intercurrences, the mean scores were 19.72 (SD=5.16), 55.70 (SD=11.37), 51.33 (SD = 13.26) and 34.22 (SD = 4.85), respectively. The statistical significance of stress (p < 0.01) and self-esteem (p < 0.01) were found in the association between the groups with suspected FGR and depression (RCF+D) and with suspected FGR without depression (RCF-D). Among the groups without intercurrences and with depression (BR+D) and without intercurrences and without depression (BR-D), statistical significance was observed between stress (p=0.04) and self-esteem (p < 0.01). Among the RCF+D and BR-D groups, statistical significance was found between self-esteem (p < 0.01). Among the BR + D and RCF-D groups, statistical significance was found between self-esteem (p=0.03). Statistical differences were not found for stress among the RCF+D and BR+D, RCF-D and BR-D, and BR-D and RCF+D groups, and for self-esteem between the RCF+D and BR+D groups, And RCF-D and BR-D. None of the groups studied presented statistical difference regarding the support scores of the companion and the support of other people. Conclusions: In this study, the presence of depression during pregnancy was associated with a higher stress score and lower self-esteem score both among pregnant women with FGR suspicion and among pregnant women without clinical intercurrences
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Data de Publicação
2017-10-27