Introdução: A incorporação de novas formas de tratamento oncológico promoveu um importante debate a respeito dos limites dimensionais de metástases cerebrais (MC) que pudessem estar relacionados ao sucesso terapêutico da radiocirurgia estereotáxica (SRS). Objetivos: A ausência de dados inequívocos em literatura a respeito das dimensões de MC que estariam relacionadas ao sucesso terapêutico da SRS motivou o planejamento e execução desta pesquisa. Métodos: O presente estudo abrangeu a análise dimensional de MC de câncer de pulmão do tipo não pequenas células (CPNPC) após a utilização terapêutica de SRS em 135 pacientes tratados no MD Anderson Cancer Center (University of Texas, Estados Unidos da América) entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Foram mensuradas as dimensões das metástases por meio de volume e maior diâmetro com ressonância magnética nuclear em ponderação T1 com contraste utilizando-se o software Elements (Brainlab). Os dados dimensionais das metástases foram coletados antes da realização da SRS e após a realização dessas durante o seguimento dos pacientes em regime ambulatorial por um intervalo de tempo de até 12 meses após a realização da SRS. Após a identificação das dimensões das MC em sua progressão temporal, foram identificadas lesões que apresentaram sucesso terapêutico (redução das dimensões das MC após SRS) e falha terapêutica (aumento das dimensões das MC após SRS). A seguir, foram realizadas avaliações estatísticas levando-se em conta características epidemiológicas apresentadas pelos pacientes, bem como, características apresentadas pelas MC. Resultados: Foram relacionados com maior PFS em até 12 meses após a realização de SRS: diâmetro da MC >11,9 mm (p=0,039) e a localização da MC em hemisfério cerebral esquerdo (p=0,039). Não houve correlação com significância estatística, entre volume inicial da MC e falha terapêutica em até 12 meses após a realização de SRS

Introduction: New forms of cancer treatment promoted a pivotal debate about the dimensional limits of brain metastases (BM) that could be related to the therapeutic success managing stereotactic radiosurgery (SRS). Objectives: The absence of unequivocal data in the literature regarding dimensions of BM that would be related to the therapeutic success of SRS motivated the planning and the execution of this research. Methods: The present study included dimensional analysis of non-small cell lung (NSCLC) BM after the therapeutic use of SRS in 135 patients treated at the MD Anderson Cancer Center (University of Texas, United States) between January 2010 and December 2015. The dimensions of BM were measured by volume and greater diameter by nuclear magnetic resonance imaging in T1-weighted contrast weighting using the Elements software (Brainlab). Dimensional data of BM were collected before the performance of the SRS and after the follow-up of the patients on an outpatient basis for an interval of time of up to 12 months after the performance of the SRS. After the identification of the dimensions of the BM in their temporal progression, tumors that presented therapeutic success (reduction of the dimensions of BM after SRS) and therapeutic failure (increase in the dimensions of BM after SRS) were identified. Next, statistical evaluations were performed taking into account epidemiological characteristics presented by the patients as well as characteristics presented by the BM. Results: They were related to longer failure-free time in 12 months after SRS: BM diameter >11.9 mm (p= 0.039) and the location of BM in the left brain hemisphere (p=0.039). There was no correlation, after 12 months of the performance of SRS, between initial volume of BM and therapeutic failure.