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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2021.tde-28092021-112410
Documento
Autor
Nome completo
Remom Matheus Bortolozzi
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2021
Orientador
Banca examinadora
Paiva, Vera Silvia Facciolla (Presidente)
Ayres, Jose Ricardo de Carvalho Mesquita
Seffner, Fernando
Simoes, Julio Assis
Título em português
Entre trapos e colchas: vestígios da memória LGBT sobre as primeiras respostas paulistanas à epidemia de HIV/Aids
Palavras-chave em português
HIV
Homossexualidade masculina
Minorias sexuais e de gênero
Organizações.
Saúde coletiva
Síndrome da imunodeficiência adquirida
Síndrome de imunodeficiência adquirida/história
Resumo em português
Foi objetivo deste estudo revisitar a história da resposta à epidemia de HIV/Aids na cidade de São Paulo, epicentro da epidemia brasileira, recuperando arquivos da memória de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Essas respostas comunitárias são legado inspirador de uma pedagogia da prevenção que podem contribuir para o enfrentamento da crescente vulnerabilidade de homossexuais à infecção e adoecimento por HIV/Aids. Os materiais produzidos por pessoas ou grupos homossexuais até 1996 (quando os antirretrovirais mudam o cenário) foram selecionados de fontes disponíveis no Arquivo Edgard Leuenroth e no Acervo Bajubá. Produções acadêmicas sobre homossexualidade e aids do período foram consultadas entre as disponíveis no Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz, nas bibliotecas da USP e na Biblioteca David Capistrano. A interpretação desse material inspirou-se no paradigma indiciário e na definição de eras para identificar permanências e rupturas nas produções homossexuais sobre saúde e sua circularidade com a produção acadêmica. Com base em vestígios nos arquivos da memória LGBT, argumenta-se inicialmente que as respostas à epidemia do HIV/Aids nos anos 1980 contaram com produções de homossexuais para a promoção da saúde desenvolvida nas décadas anteriores. Ao revisar a produção acadêmica sobre a homossexualidade do período de 1945 a 1982, nos campos da Saúde Coletiva, Medicina Legal, Medicina Social, Psiquiatria Social, Ciências Sociais, Psicologia e Anti-Psiquiatria observou-se como as bases para respostas à epidemia da aids assentou-se em duas diferentes noções éticas e técnico-científicas: a Escola Veronesi e a Escola Paulo Teixeira. Essa última foi paralela e interagiu fortemente com as respostas organizadas por coletivos fundados e liderados por homossexuais ou travestis como o grupo Outra Coisa, Gapa/São Paulo, Pela Vidda, Lambda e Casa de Apoio Brenda Lee e, de modo mais fragmentado, marcado pela mídia pornográfica homossexual. As respostas paulistanas expressaram, portanto, um diálogo intenso que, por décadas, articulou movimento homossexual, academia e serviço público, expressão da Escola Paulo Teixeira. Na pluralidade de respostas dos homossexuais na década de 1980, ativistas articularam por dentro do estado e governos, enquanto parte do movimento se institucionalizava para responder à emergência, ao pânico e às mortes e efetivar novas formas de controle social democrático. Uns agenciavam discursos sobre cidadania frente à doença adotando-os como forma indireta de conquista de direitos homossexuais. Outros reivindicavam a identidade homossexual como articuladora da luta contra a aids. Outros coletivos agenciaram a identidade soropositiva como forma de conquistar direitos e ampliar a compreensão da dupla discriminação em relação a homossexualidade e ao HIV, quando então as travestis se articularam para responder a demandas de acolhimento e cuidado. Sem pretensão de esgotar essa história, este trabalho conclui que os vestígios das ações protagonizadas por pessoas e grupos homossexuais ou travestis, foram estabelecendo um legado que pode renovar respostas à aids: pautando a grande mídia e usando a mídia alternativa para produzir fontes confiáveis para homossexuais, estabeleceram um modelo de homossexualidade saudável, noções de sexo seguro que valorizam o prazer, uma arte do cuidado que, como o ativismo cultural e a valorização da memória como instrumento político, disseminou um horizonte ético-político de solidariedade.
Título em inglês
Between rags and quilts: traces of LGBT memory about the first responses from São Paulo to the HIV/AIDS epidemic
Palavras-chave em inglês
Acquired immunodeficiency syndrome
Acquired immunodeficiency syndrome/history
HIV
Homosexuality male
Organizations.
Public health
Sexual and gender minorities
Resumo em inglês
The objective of this study was to revisit the history of the response to the HIV / AIDS epidemic in the city of São Paulo, the epicenter of the Brazilian epidemic, reclaiming archives from the memory of lesbians, gays, bisexuals, travestis and transsexuals. Community responses are an inspiring legacy of a prevention pedagogy that may account for the increasing vulnerability of homosexuals to HIV / AIDS infection and illness. The materials produced by homosexual people or groups until 1996 (when antiretrovirals changed the scenario) were selected from sources available in the Edgard Leuenroth Archive and the Bajubá Collection. Academic literature on homosexuality and AIDS were consulted among those available at the Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz, at USP libraries and at David Capistrano Library. The interpretation was inspired by the evidential paradigm and the definition of ages to identify permanencies and changes in homosexual productions on health and its circularity with academic production. Based on traces in the archives of the LGBT memory, it is initially argued that responses to the HIV/AIDS epidemic in the 1980s relied on productions by homosexuals for health promotion developed in previous decades. When reviewing the academic production on homosexuality from 1945 to 1982 in the fields of Collective Health, Legal Medicine, Social Medicine, Social Psychiatry, Social Sciences, Psychology and Anti-Psychiatry, we observed how the bases for responses to the AIDS epidemic were based in two different ethical and technical-scientific notions: the Veronesi School and the Paulo Teixeira School. The latter was parallel and interacted strongly with responses organized by collectives founded and led by homosexuals or transvestites such as the group Outra Coisa, Gapa / São Paulo, Pela Vidda, Lambda and Casa de Apoio Brenda Lee and, in a more fragmented way, marked by homosexual pornographic media. The responses from São Paulo therefore expressed an intense dialogue that, for decades, engaged the homosexual movement, academia and public service, an expression of the Paulo Teixeira School. The plurality of responses from homosexuals in the 1980s, activists articulated within the state and governments, while part of the movement was institutionalized to respond to the emergency, panic and deaths and enact new forms of democratic social control. Some claimed citizenship in the face of the disease, adopting them as an indirect way of conquering homosexual rights. Others defended homosexual identity as a way of fighting against AIDS. Other collectives sustained HIV-positive identity as a way to access human rights and expand the understanding of the double discrimination associated to homosexuality and HIV. It was then that travestis articulated themselves to respond to the demands of assistance and care. Without pretending to exhaust this story, this paper concludes that the traces of the actions carried out by homosexual or transvestite people and groups, have established a legacy that will potentially renew responses to AIDS: guiding the mainstream media and using alternative media to produce reliable sources for homosexuals, establishing a model of healthy homosexuality, notions of safe sex that value pleasure, an art of care that, like cultural activism and the enhancement of memory as a political instrument, disseminated an ethical-political horizon of solidarity.
 
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Data de Publicação
2021-09-28
 
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