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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.48.2021.tde-25062021-154407
Documento
Autor
Nome completo
Mariana Rosa Silva
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2021
Orientador
Banca examinadora
Oliveira, Gabriela Rodella de (Presidente)
Faleiros, Rita Jover
Gimenes, Alessandra Maria Moreira
Título em português
Ensino-aprendizado de literatura: currículo, recepção e representações de estudantes
Palavras-chave em português
Aprendizado
Currículo
Ensino de literatura
Leitura
Representações sociais
Resumo em português
Esta dissertação apresenta resultados de investigação que buscou identificar e analisar representações de aprendizado de leitura de alunos do ensino fundamental e de Literatura de alunos do ensino médio, bem como compará-las. Realizada com alunos do 8o ano e do 2o ano do ensino médio de uma escola da rede privada da cidade de São Paulo, esta pesquisa reuniu dados sobre crenças, opiniões e situações vivenciadas pelos alunos em sua formação literária dentro da instituição escolar. Para tanto, a coleta de dados, realizada em dois momentos novembro de 2018 e junho de 2019 deu-se por meio de questionários respondidos por 147 alunos com perguntas abertas, fechadas, bem como que utilizavam a técnica TALP. A partir de entrevistas realizadas em uma pesquisa anterior a esta, com professores de Literatura de diferentes segmentos de ensino, pôde-se observar três representações predominantes sobre o ensino desta disciplina para esses profissionais: a de bens incompressíveis (CANDIDO, 2004), a de que se trata de objeto que não pode ser ensinado e a de ensino de Literatura como experiência de leitura, vinculada à expectativa de que esse ensino resultasse em gosto, hábito, prática. Contudo, na escola, Literatura é conteúdo, ensinado, muitas vezes, por meio da historiografia literária, com pouco espaço para leitura literária em sala, o que levou à ponderação sobre a possibilidade de se afirmar que se aprende literatura, e, caso seja possível esse aprendizado, o que se aprende quando se aprende literatura. A análise dos dados evidencia que o currículo de Literatura interfere nas representações de aprendizado dos alunos, os quais, muitas vezes, reproduzem as representações de Literatura transmitidas pela escola, e por agentes do contexto socioeconômico em que vivem, e deslegitimam suas próprias práticas de leitura. Além disso, também foi possível constatar que as representações dominantes de aprendizado de leitura e de Literatura estão fortemente relacionadas à ampliação de vocabulário, a um bom desempenho em redações e à melhor compreensão de outras disciplinas escolares. A pesquisa é concebida a partir das contribuições teóricas da Estética da Recepção de JAUSS (1994) e ISER (1996), as quais dão destaque para o papel do leitor no ensino de Literatura, e os dados coletados são analisados com base nas contribuições teóricas de GOODSON (1997) (2010) e SILVA (2005) sobre currículo, MOSCOVICI (2003) e JOVCHELOVITCH (2008) sobre representações sociais e MEIRIEU (1998) sobre aprendizado. Ademais, a pesquisa dialoga com outras da mesma área, como as de ROCCO (1981), de LEAHY-DIOS (2000), de OLIVEIRA (2013) e de SOUZA (2015).
Título em espanhol
Enseñanza-aprendizaje de literatura: currículo, recepción y representaciones de estudiantes
Palavras-chave em espanhol
Aprendizaje
Currículo
Enseñanza de literatura
Lectura
Representaciones sociales
Resumo em espanhol
Esta tesis presenta los resultados de una investigación que ha buscado identificar y analizar representaciones de aprendizaje de lectura de alumnos de la enseñanza fundamental y de Literatura de alumnos de la enseñanza media, así como compararlas. Realizada con alumnos del 8o año y del 2o año de la enseñanza media de una escuela de la red privada de la ciudad de São Paulo, esta investigación ha reunido datos sobre creencias, opiniones y situaciones experimentadas por los alumnos en su formación literaria dentro de la institución escolar. Para ello, la recolección de datos, hecha en dos momentos noviembre de 2018 y junio de 2019 hizo uso de cuestionarios respondidos por 147 alumnos con preguntas abiertas, cerradas, así como que utilizaban la técnica TALP. A partir de entrevistas realizadas en una investigación anterior a esta, con profesores de Literatura de diferentes etapas de escolaridad, se ha podido observar tres representaciones predominantes sobre la enseñanza de esta asignatura para esos profesionales: la de bienes incompresibles (CANDIDO, 2004), la de que se trata de un objeto que no se puede enseñar y la de enseñanza de Literatura como experiencia de lectura, relacionada con la expectativa de que esa enseñanza resultara en gusto, hábito, práctica. Sin embargo, en la escuela, Literatura es un contenido que se enseña, muchas veces, por medio de la historiografía literaria, con poco espacio para lectura literaria en clase, lo que llevó a la ponderación sobre la posibilidad de afirmarse que se aprende literatura, y, en el caso de que sea posible ese aprendizaje, lo que se aprende cuando se aprende literatura. El análisis de los datos evidencia que el currículo de Literatura interviene en las representaciones de aprendizaje de los alumnos, quienes, muchas veces, reproducen las representaciones de Literatura transmitidas por la escuela y por agentes del contexto socioeconómico en que viven y deslegitiman sus propias prácticas de lectura. Además, también fue posible constatar que las representaciones dominantes del aprendizaje de lectura y de Literatura están fuertemente relacionadas con la ampliación del vocabulario, un buen rendimiento en producciones textuales y una mejor comprensión de otras asignaturas. La investigación se plantea a partir de las contribuciones teóricas de la Estética de la Recepción de JAUSS (1994) e ISER (1996), que destacan el papel del lector en la enseñanza de Literatura, y los datos recopilados son analizados desde las contribuciones teóricas de GOODSON (2007) (2010) y SILVA (2005) sobre currículo, de MOSCOVICI (2003) y JOVCHELOVITCH (2008) sobre representaciones sociales y de MEIRIEU (1998) sobre aprendizaje. Además, la investigación dialoga con otras de la misma área, como las de ROCCO (1981), de LEAHY-DIOS (2000), de OLIVEIRA (2013) y de SOUZA (2015).
 
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Data de Publicação
2021-06-27
 
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