O intuito de nossa dissertação é destacar a importância das ideias do filósofo Ludwig Wittgenstein para as questões contemporâneas da arte e da estética. Para isso, além de destacarmos de sua biografia a prática de atividades artísticas, aproximamos nosso filósofo do inventor da arte contemporânea, Marcel Duchamp, para apontar algumas semelhanças ente suas ideias e pensamentos para assim entendermos por que ambos são tão influentes para as vanguardas artísticas das décadas de 1960, mais especificamente a Arte Conceitual. Essa influência se dá não apenas ao campo teórico, mas, também, na construção de objetos artísticos para três exemplos destacados: Joseph Kosuth, Mira Schendel e Eduardo Paollozi. No campo das discussões estéticas, destacamos um conjunto de ideias desenvolvidas em aulas dadas por Wittgenstein na Universidade de Cambridge em 1938. As notas destas aulas e conversas são analisadas e destacamos algumas lições deixadas por Wittgenstein e consequente influência para estetas contemporâneos como Morris Weitz e Noël Carroll. Por fim, apontamos a vitalidade de seu pensamento e suas ideias em aproximações com as discussões atuais e emergentes do decolonialismo.

The purpose of our dissertation is to highlight the importance of the philosopher Ludwig Wittgenstein's ideas for contemporary issues of art and aesthetics. For this, in addition to highlighting the practice of artistic activities in his biography, we brought our philosopher closer to the inventor of contemporary art, Marcel Duchamp, to point out some similarities between their ideas and thoughts so that we can understand why both are so influential for the avant-garde artistic expressions of the 1960s, more specifically Conceptual Art. This influence occurs not only in the theoretical field, but also in the construction of artistic objects for three outstanding examples: Joseph Kosuth, Mira Schendel and Eduardo Paollozi. In the field of aesthetic discussions, we highlight a set of ideas developed in classes given by Wittgenstein at the University of Cambridge in 1938. The notes of these classes and conversations are analyzed and we highlight some lessons left by Wittgenstein and consequent influence for contemporary aesthetes such as Morris Weitz and Noël Carroll. Finally, we point out the vitality of his thought and ideas in approximations with current and emerging discussions of decolonialism.