Nesta tese, propomos o desenvolvimento das relações da aprendizagem-ensino-aprendizagem tendo como enfoque a Geografia, o espaço e a neurociência. Traçamos um caminho que passou por filósofos, psicólogos, antropólogos e neurocientistas para compreender a aprendizagem pensando na formação e no bem-estar cognitivo de estudantes e alunos circunscritos em culturas historicamente desenvolvidas. Consideramos o aprendizado, fundamentado por geógrafos franceses, americanos e brasileiros, específico da ciência geográfica com o espaço vivido e o espaço psicológico, que também passam pelas transformações em relação ao mundo. Nossos fundamentos teóricos passam pelo do ato de aprender, pela capacidade de atenção, por algumas abordagens teóricas da aprendizagem e pela aprendizagem e sua relação com a cultura na perspectiva do percursor da revolução cognitiva de Jerome Bruner. Apresentamos a orientação no espaço como anterior ao uso de mapas, a relação entre a orientação e a invenção da bússola, a teoria da aprendizagem espacial e uma tentativa de aprender sobre o cérebro humano na relação com a mente no desenvolvimento da aprendizagem. Apresentamos o pioneirismo da educadora norte-americana Lucy Sprague Mitchell e sua contribuição metodológica com a publicação em 1934 do livro Jovens Geógrafos: como eles exploram o mundo e como eles mapeiam o mundo e as razões a que se atribui a ela ser precursora das bases de compreensão do Sistema de Informação Geográfica (SIG) na educação escolar. Apresentamos três propostas didáticas que foram realizadas em 2018 no Japão, na forma de jogo, em 2019 no Centro Educacional Pioneiro num estudo do meio, e em 2020 com o uso de mapa digital no contexto da pandemia da covid-19. Concluímos que cada indivíduo tem sua maneira própria de aprender que depende de uma energia cognitiva que é potencializada pelos professores na relação infinita da aprendizagem-ensino-aprendizagem desenvolvida na prática escolar de maneira honesta que considera em certos momentos os indivíduos e em certos momentos o grupo. Vivemos em um mundo que passa por transformações culturais e curriculares onde novos avanços no conhecimento demandam novas maneiras de desenvolver práticas de aprendizagem para as gerações futuras.

This thesis aims to develop learning-teaching-learning relationships related with Geography, space and neuroscience. We traced a path through philosophers, psychologists, anthropologists and neuroscientists to understand learning to thinking about training in the cognitive well-being of students circumscribed in historically developed cultures. We consider the specific learning of geographic science with the lived space and psychological space founded by French, American and Brazilian geographers which also live through transformations in relation to the world. Our theoretical foundations include the act of learning, the capacity for attention, some theoretical approaches to learning and learning and its relationship with culture in the perspective of the precursor of Jerome Bruner's cognitive revolution. We present orientation in space as prior to the use of maps, the relationship between orientation and the invention of the compass, the theory of spatial learning and an attempt to learn about the human brain in relation to the mind in the development of learning. We present the pioneering North American educator Lucy Sprague Mitchell and her methodological contribution with the publication in 1934 of the book Young Geographers: How They Explore and Map the World and the reasons she is credited with being a precursor of the bases Geographic Information System (GIS) in school education. We present three didactic proposals which was applied in 2018 in Japan in the form of a game, in 2019 at the Centro Educacional Pioneiro in a study of the environment and in 2020 with the use of digital map in the context of the pandemic. We conclude that each individual has their own way of learning that depends on a cognitive energy which is potentiated by teachers in the infinite relationship of learning-teaching-learning developed in school with practices in an honest way that considers individuals at certain times and the group at other times. We live in a world that is undergoing cultural transformations and new advances in knowledge that demand new ways of developing learning practices for future generations.