O vasto manancial simbólico das Águas compõe cada texto das cinco cartas destinadas a um ancestral. O princípio é contemplar veredas e movimentos de homens pretos na capital paulista, considerando um ancestral também o rio que se torna um córrego suburbano. As imagens aquáticas organizam o enredo. Nutrição, higiene, trombas dágua, estagnação, fluidez, fervura, regeneração, amolecimento, diluição, afogamento, reflexo e profundidade são orientes para compreender a sensibilidade, o cotidiano e legados negros na cidade de São Paulo, no Brasil e nos espaços de presença afro-atlântica. Por isso, também é necessário deslindar e decifrar as vigas e expressões da Branquitude, esmiuçar seus eixos que envolvem e atravessam os passos de pessoas negras. Para o lápis, para o jeito de observar, roçar, escutar e farejar cada trilha, a Cisma é elementar. É matriz estilística e fundura filosófica de cicatriz, de espera e de curiosidade. Ela se firma em bases históricas concretas; em fundamentos espirituais e comunitários pretos antigos; nos labirintos frutíferos da personalidade e na imaginação duvidosa, trocando ideias com vivências modeladas em raiva, sereno, desolação, traquinagem e sonho. Criando ninhos e revides.

The vast symbolic fountainhead of the Waters composes each text of the five letters destined to an ancestor. The principle is to contemplate the paths and movements of black men in the capital of São Paulo, considering the river that becomes a suburban stream as an ancestor. The aquatic images organize the plot. Nutrition, hygiene, waterspouts, stagnation, fluidity, boiling, regeneration, softening, dilution, drowning, reflection and depth are guidelines to understand the sensitivity, daily life and black legacies in the city of São Paulo, in Brazil and in spaces of Afro-Atlantic presence. Therefore, it is also necessary to unravel and decipher the beams and expressions of Whiteness, to break down its axes that involve and traverse the steps of black people. For the pencil, for the way of observing, brushing, listening and sniffing out each trail, the Cisma is elementary. It is a stylistic matrix and philosophical foundation of scarring, waiting and curiosity. It stands on concrete historical bases; in ancient black spiritual and communal foundations; in the fruitful labyrinths of personality and doubtful imagination, exchanging ideas with experiences modeled on anger, serene, desolation, mischief and dream. Creating nests and fights.