Os transtornos mentais como quadros psicóticos e transtorno afetivo bipolar, de uma maneira geral, cursam com alterações e prejuízos na cognição e nas habilidades sociais, além do estigma que resulta em exclusão social. Em quadros psicóticos, por exemplo, evidencia-se uma série de graves limitações sociais e pessoais, repercutindo em dificuldades para desempenhar papéis sociais e ocupacionais esperados, que podem levar ao retraimento social, deterioração da aparência e dificuldades para fazer novos laços. Além disso, as evidências disponíveis indicam que o isolamento social representa um fator de risco para doenças cardiovasculares e uma das principais causas de mortalidade destes pacientes. Já no Transtorno Bipolar, os principais achados se concentram em prejuízos de funções cognitivas como atenção, memória, funções executivas e velocidade de processamento, com poucos dados sobre prejuízos em cognição social. Neste escopo, destaca-se a questão de se pensar o diagnóstico não só nosológico, mas principalmente, funcional. Com base neste aporte, a presente pesquisa avaliou habilidades sociais e aspectos cognitivos de pacientes com diagnósticos de transtornos psicóticos e transtorno do afetivo bipolar. Trata-se de um estudo exploratório que foi composto por uma amostra de conveniência com 42 participantes, a partir dos 18 (dezoito) anos de idade. Os participantes foram distribuídos em dois grupos de acordo com o diagnóstico. A amostra foi dividida em: Grupo 1 com 20 participantes com transtornos psicóticos e Grupo 2 22 participantes com transtorno do humor bipolar (TAB). A pesquisa revelou pouca alteração nas avaliações de processos atencionais e funções executivas entre os grupos, e elevada diferença nos resultados de habilidades sociais, velocidade de processamento e funções executivas em relação à população geral, com prejuízo maior para os pacientes com Transtornos Psicóticos. Frente ao exposto, enfatiza-se a necessidade da aplicação de protocolos de avaliação cognitiva, emocional e de habilidades sociais como forma de medir a efetividade de programas de intervenções em equipamentos de atenção à saúde mental. Dessa forma entende-se que uma compreensão mais ampla do impacto de um determinado transtorno mental na vida de uma pessoa, resulta em informações imprescindíveis para a confecção de programas de intervenções, por exemplo, pensando na melhora da habilidade social

Mental disorders, such as psychoses and bipolar mood disorder, are generally associated with altered and impaired cognition and social skills, not to mention the stigma that leads to social exclusion. Considering of psychotic disorders, a series of severe social and personal limitations can be observed, resulting in difficulty to engage in social and occupational roles, possibly leading to social withdrawal, deterioration in appearance and hardship building new social bonds. Furthermore, available evidence suggests that social isolation is a risk factor for cardiovascular diseases and a major cause of mortality in these patients. For bipolar disorder, the main findings are focused on cognitive disfunctions in attention, memory, executive functions and processing speed, with small evidence of impaired social cognition. In this sense, it becomes evident that the diagnosis should not be restricted to nosological aspects and be mostly functional. In view of these contributions, the present work has assessed social skills and cognitive aspects in patients diagnosed with psychotic disorders and bipolar disorder. This is an exploratory study composed by a convenience sample of 42 participants, from the age of 18. Participants were divided in two groups according to their diagnostic. Therefore, the sample is divided in: Group 1 with 20 participants with psychotic disorders and Group 2 has 22 participants with bipolar disorder. The research has found little distinction in the assessment of attentional processes and executive functions between groups, and major differences regarding social skills, processing speed and executive functions, compared to general population, with bigger impairment in patients with psychotic disorders. This data suggests that cognitive, emotional and social skills evaluation protocols should be implemented as a way of measuring the effect of intervention programs in mental health facilities. A wider comprehension of the impact of specific mental disorders in peoples lives results in indispensable information concerning intervention programs, e.g., aiming social skills improvement