No presente estudo foram avaliados os efeitos de treinamento baseado em perturbações imprevisíveis da base de suporte em indivíduos com bloqueio de marcha por doença de Parkinson (BMDP,) em respostas posturais automáticas e movimentos compensatórios a perturbações do equilíbrio. Indivíduos com BMDP foram pseudo-aleatoriamente para o grupo experimental, treinamento de recuperação de equilíbrio por meio de perturbações imprevisíveis em uma plataforma móvel (TRE, n = 9), ou para o grupo de controle ativo de treinamento de resistência (TF, n = 10). Ambos os grupos de treinamento realizaram exercícios duas vezes por semana durante 4 semanas. As avaliações foram realizadas antes, após 24 h e após um mês (retenção) do término dos treinamentos. Os resultados indicaram que o TRE levou a uma redução no número de quedas e a respostas reativas mais estáveis a perturbações imprevisíveis, com diminuição de amplitude de deslocamento, pico de velocidade e tempo de pico do centro de pressão. Alguns ganhos em respostas reativas observados logo após o fim do treinamento persistiram na avaliação de retenção. Como importante implicação clínica, ambos os treinamentos parecem ter levado à redução de incidência de eventos de bloqueio de marcha no cotidiano dos participantes. Como conclusão, nossos resultados indicam que o treinamento baseado em perturbações posturais melhorou o controle de respostas posturais reativas e movimentos compensatórios em indivíduos com BMDP, levando à redução do risco de queda em consequência de perturbação imprevisível do equilíbrio corporal

In the present study, effects of training based on unpredictable perturbations of the support base were evaluated in individuals with freezing of gait (FOG) due to Parkinson's disease in automatic postural responses and compensatory movements to balance perturbations. Individuals with FOG were pseudorandomly either to the experimental group, perturbation-based balance training through unpredictable perturbations on a moveable platform (PBBT, n = 9), or to the active control group of resistance training (RT, n = 10). Both training groups performed exercises twice a week for 4 weeks. The outcomes were evaluated before, after 24h and after one month (retention) of the end of the training. Results indicated that the PBBT led to reduced number of falls and to more stable reactive responses to unpredictable perturbations, with decreased amplitude, peak of velocity and peak time of the center of pressure. Some gains in reactive responses observed immediately after the training were preserved in the retention assessment. As an important clinical implication, both training sessions seem to have led to reduced incidence of freezing of gait events in the participants' daily lives. In conclusion, our results indicated that training based on unpredictable postural perturbations improved the control of reactive postural responses and compensatory movements in individuals with FOG, leading to a reduction in the risk of falling as a result of unpredictable perturbation of body balance