Esta pesquisa teve como objetivo verificar a prevalência das experiências anômalas em uma amostra da população da Região Metropolitana da Grande São Luís, situada no Estado brasileiro do Maranhão, de modo a conhecer os tipos de experiências vivenciadas. Para a coleta de dados, foi utilizada uma versão adaptada do Questionário de Prevalência e Relevância de Experiências Anômalas (Q-PREA), e um roteiro de entrevista semiestruturada. Dos 231 respondentes (idades de 18 a 70 anos) que participaram da pesquisa, 100% alegaram experienciar pelo menos uma experiência anômala ao longo da vida, sendo a experiência relacionada a Psi em vigília o tipo de experiência mais declarada em nossa amostra. Além disso, há pessoas que relataram algum nível de sofrimento psíquico (entre pouquíssimo e intenso) em todos os tipos de experiências anômalas investigadas, sendo a maior frequência de sofrimento psíquico encontrada na vivência de experiências relacionadas a Psi em vigília, e a menor frequência de sofrimento encontrada na vivência de experiências místicas. Por fim, percebemos que o sofrimento psíquico está predominantemente ligado ao fato de os sujeitos não conseguirem dar uma explicação à experiência anômala vivenciada, sendo que, quando esses usam crenças religiosas para dar sentido a essas vivências, o sofrimento é aliviado. Os resultados não são conclusivos e nos apontam caminhos a serem percorridos, além questões a serem aprofundadas em estudos futuros sobre esse tema

This research aimed to verify the prevalence of anomalous experiences in a sample of the population of the Metropolitan Region of Greater São Luís, located in the Brazilian State of Maranhão, in order to know the types of experiences experienced. For data collection, an adapted version of the Questionnaire of Prevalence and Relevance of Anomalous Experiences (Q-PREA), and a semi-structured interview script were used. Of the 231 respondents (ages 18 to 70) who took part in the survey, 100% claimed to experience at least one anomalous experience throughout their lives, with waking Psirelated experience being the most stated type of experience in our sample. In addition, there are people who reported some level of psychic suffering (between very little and intense) in all types of anomalous experiences investigated, with the highest frequency of psychic suffering found in the experience of Psi-related experiences in vigil, and the lowest frequency of suffering found in the experience of mystical experiences. Finally, we noticed that the psychic suffering is predominantly linked to the fact that the subjects are unable to give an explanation to the anomalous experience, and when they use religious beliefs to give meaning to these experiences, the suffering is relieved. The results are not conclusive and point us to paths to be followed, as well as issues to be deepened in future studies on this theme