Para explicar a importância desse trabalho, é relevante descrever rapidamente minha trajetória profissional. Depois de ter atuado por mais de 10 anos com seleção (tanto em consultoria de seleção, como headhunter, quanto em indústrias), e dediquei à atividade de orientador de carreiras por 12 anos. Nessa atividade, atendi profissionais pela minha consultoria (EduCar Soluções em educação e Carreira), mas também em parceria com grandes consultorias de carreira como LHH e Right Management. Após atender individualmente mais de 1200 profissionais, em diferentes regiões do país e diferentes segmentos, pude perceber que, após uma certa idade (algo entre 50 e 60 anos), muitos profissionais começam a ter dificuldade em conseguir emprego. Com isso, nessa fase, com muita frequência se veem diante da necessidade de pensar em alguma atividade profissional fora do ramo corporativo. Porém, por diferentes fatores, enfrentam dificuldade para realizar tal transição. Preocupado com essa realidade, vi-me instigado a investigar e pesquisar mais a fundo esse fenômeno. Assim, esse trabalho tem como objetivo compreender as dificuldades e possibilidades enfrentadas por um profissional no momento de transição de atividade profissional após os 50 anos. O levantamento bibliográfico revelou que a maior parte dos estudos relacionados a carreira após os 50 anos se limita a expor a dificuldade de se manter no mercado de trabalho ou a necessidade de realizar um planejamento de carreira, genérico, aplicável para qualquer etapa da carreira. Estima-se que a aposentadoria estabelecida pelo mercado brasileiro seja hoje em torno de 55 anos, ou seja, profissionais acima dessa idade são praticamente expulsos do mercado, com dificuldade de se manterem empregados e de buscar novos empregos. Como uma das consequências da longevidade, temos hoje mais profissionais na idade ativa e a presença de pessoas de diferentes faixas etárias disputando o mesmo espaço, e normalmente as empresas têm preferido os mais jovens. Para esse estudo, foi realizada pesquisa qualitativa, tipo survey de caráter exploratório, com perguntas abertas. Foram convidados a participar da pesquisa 6 profissionais de nível superior

To explain the importance of this work, it is relevant to quickly describe my professional trajectory. After working for more than 10 years with talent search (either as a headhunter or in industries), I worked with career guidance and outplacement for 12 years. In this activity I coached professionals through my career agency (EduCar Soluções em Educação e Carreira), but also in partnership with major career agencies, such as LHH and Right Management. After coaching more than 1,200 professionals, in different regions of the country and different segments, I could notice that, after reaching maturity (between 50 and 60 years old), many professionals face reduce in their employability. Thus, at this stage, they need, very often, to find professional activities out of organizations. However, due to different factors, they usually face difficulties in making such transition. Concerned with this reality, I found myself instigated in investigating and researching this phenomenon further. Thus, this work aims to understand the difficulties and possibilities faced by professionals with more than 50 years old in terms of activities transition. The bibliographic survey revealed that most studies related to careers after the age of 50 are limited to exposing the difficulty of staying in the job market or the need to carry out a generic career planning, applicable to any phase in the career. It is estimated that currently the retirement forced by the Brazilian market is around 55 years old, when professionals no longer keep their jobs or get new ones. As one of the consequences of the longer longevity it that we currently have more active professionals in the labor market and people from different generations competing for the same jobs, when usually companies choose the young ones. For this study, a qualitative research was carried out, an exploratory survey type, with open questions. Six professionals with higher education were invited to participate in the research