A presente dissertação teve como objetivo investigar os fatores que impulsionam a transição radical de carreira, ou seja, uma transição entre profissões diferentes, buscando realizar uma comparação entre profissionais que concretizaram a transição e profissionais que desejam realizar. Para o desenvolvimento deste estudo, observaram-­se as transformações no mundo do trabalho, os diferentes conceitos de carreira, os diferentes tipos de transições, as características presentes na geração Y, personalidade, identidade de carreira e qualidade de vida. Diante do objetivo proposto optou-­se por uma pesquisa com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada com 14 sujeitos, sendo que oito deles realizaram a transição de carreira e seis deles desejam realizar a transição. As entrevistas foram analisadas à luz da abordagem clínica e análise de conteúdo, com suas categorias de análise, inferências e interpretações dos dados junto às teorias que fundamentam esta pesquisa. Os resultados demonstram que grande parte dos indivíduos que realizaram a transição de carreira estava infeliz na atuação profissional, tinha o desejo de alcançar a realização e pôde contar com o apoio de pessoas próximas para concretizar essa mudança. Enquanto que a maioria dos indivíduos que desejam realizar a transição encontrou alguma dificuldade para exercer a profissão e possui a intenção de transição radical de carreira para poder trabalhar com o que gosta e realizar um propósito. Ambos os grupos apresentaram a insegurança e o medo de ficar sem recursos financeiros como sendo os principais fatores que dificultam a transição. Concluiu-­se que a transição de carreira é um processo que demanda escolhas, abdicações e tempo para que se concretize, embora acompanhado de medos e inseguranças, os sujeitos que realizaram a transição estão satisfeitos com suas escolhas.

This thesis aimed to investigate the factors that drive the radical career transition, that is, a transition between different professions, seeking to make a comparison between professionals who have made the transition and those who want to make it. For the development of this study, the transformations in the world of work, the different concepts of career, the different types of transitions, the characteristics present in the Y generation, personality, career identity, and quality of life were observed. In view of the proposed objective, a qualitative research approach was chosen. The research was carried out with 14 subjects, eight of whom had already gone through a career transition and six of whom wish to go through a transition. The interviews were analyzed according to the clinical approach and content analysis, with its categories of analysis, inferences, and interpretation of the data together with the theories that support this research. The results show that most of the individuals who made the career transition were unhappy in their professional performance, had the desire to achieve fulfillment and could count on the support of people close to them to make this change happen. While most of the individuals who want to make the transition found some difficulty to practice their profession and have the intention of a radical career transition to be able to work with what they like and to accomplish a purpose. Both groups presented insecurity and the fear of running out of financial resources as the main factors hindering the transition. It was concluded that career transition is a process that demands choices, abdications, and time to be accomplished, although accompanied by fears and insecurities, the subjects that made the transition are satisfied with their choices.