Na perspectiva do Sociodrama, abrem-se as cortinas: o palco é a Educação Superior brasileira no século XXI. Objetiva-se refletir sobre a permanência de grupos/comunidades, antes à margem, na Universidade pública. Olha-se para a inclusão epistêmica, representada pelos Encontros entre o saber popular e o conhecimento acadêmico. O cenário é composto pelas políticas públicas que fomentam os setores público e privado. Surge uma diversidade de instituições voltadas à Educação Superior vestidas com suas missões e propostas políticopedagógicas. O número crescente de concluintes do ensino médio, os coletivos organizados, os territórios invisibilizados, o mercado requerendo profissionais à engrenagem e os defensores do papel estratégico que as Universidades possuem no caminho da nação requerem a democratização deste palco. Algumas vozes reverberam, outras emudecem. Estas instituições, munidas de rituais vestibular e Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) , permitem o acesso, mas não garantem a permanência no palco. E, para ficar, há que se despir de práticas, crenças e referências culturais para assumir a beca acadêmica, que foi costurada ao norte nos moldes do hegemônico. Nos caminhos entre o privilégio do saber para elites e a formação profissional da grande massa, há na plateia quem observa à margem e vê pontes em processo de construção, elas ligam a Universidade e o povo. Algumas dessas instituições se suleiam para abrigar o popular e não o pasteurizar em massa. Elege-se como território protagônico a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), inaugurada em 2014 e que se autonomeia com vocação inclusiva. O referencial teórico pautado pelos pensamentos de Moreno, Freire, Pichon-Rivière, Quijano e Mignolo permite, com as lentes da colonialidade, entender os dramas das comunidades que adentram a Universidade. O Sociodrama interno torna-se um instrumento investigativo a partir do qual constrói-se cenas via narrativas de experiências da pesquisadora nos entornos da UFSB. Reflete-se a respeito da permanência, inicialmente olha-se os estudantes, mas emerge o drama da própria instituição, porta-voz de muitos outros dramas, como aqueles das universidades públicas e gratuitas, que insistem em permanecer. Por fim, a permanência protagônica deixa de ser a dos saberes dos povos para ser a sua existência. Conclui-se que a fome, as doloridades, os afetos e os cuidados encontrados no território estudado apontam para a necessidade de cuidar para que permaneça a Universidade Suleada

In Sociodrama perspective, the curtains are opened: the stage is the Brazilian 21st centurys Higher Education. This work aims to reflect on the permanence of groups/collectives, previously on the margin, in Higher Education. We look at the epistemic inclusion, represented by the Encounters between popular and academic knowledge. The scene is composed of public policies that foster the public and private sectors. A diversity of institutions dedicated to Higher Education rise dressed in their missions and politicalpedagogical proposals. The growing number of high school graduates, the organized collectives, the invisible territories, the market demanding workers to its gears and the defenders of the strategic role Universities have in the nations path require this stages democratization. Some voices reverberate, others are muted. These institutions, equipped with rituals university entrance exams and ENEM (High School National Exam) , allow access, but do not guarantee the permanence on the stage. And, in order to stay, you have to undress yourself of practices, beliefs and cultural references to assume the academic gown, which was sewn at north in the hegemonic mold. In the paths between knowledge privilege to the elite and factory floor education to the masses, there are those in the audience who observe at the margin and see bridges under construction, which connect the University and the people. Some of these institutions guide themselves to the south in order to shelter the popular and not pasteurize it in masse. Elected as protagonic territory, Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) was inaugurated in 2014 and has a self-nominated inclusive vocation. The theoretical framework oriented by the thoughts of Moreno, Freire, PichonRivière, Quijano and Mignolo allows to, with the coloniality lens, understand the communities dramas that get in the university. The inner Sociodrama becomes an investigative tool from which scenes are built via narratives of the researcher's experiences in the surroundings of UFSB. The work reflects on permanence, initially looking at students, but the drama of the institution itself emerges, spokesperson for many other dramas, such as those of public and free universities, which insist on staying. Ultimately, the protagonic permanence ceases to be that of peoples knowledges to be its existence. It is concluded that hunger, dolorities, affections and care found in the studied territory point to the need to care for the Southed University to remain