A relação entre pares caracterizada pela rejeição produz prejuízos no desenvolvimento social e emocional da criança, com repercussões na adolescência e vida adulta, estando frequentemente associada a abandono escolar, criminalidade, abuso de substâncias, depressão e ansiedade. Programas de intervenção ampliada têm apresentado resultados mais promissores, em especial quando são contempladas as relações interpessoais de todo o ambiente próximo da criança. A presente pesquisa, fundamentada epistemologicamente na ciência da Análise do Comportamento, norteada filosoficamente pelo Behaviorismo Radical, e na Ciência da Prevenção, teve como objetivo verificar os efeitos dos Programas Promove Pais e Promove Crianças, quando aplicado no formato remoto, no status sociométrico de rejeição e na estrutura de rede social de crianças escolares. O delineamento da pesquisa foi misto, com medidas independentes de duas variáveis, com avaliação pré e pós teste. Foi realizada também a análise de processo, para verificar a fidelidade da aplicação dos programas adaptados e a aplicação dos Programas no modelo remoto. Das 233 crianças selecionadas, aderiram efetivamente à pesquisa somente 8 crianças, sendo 4 alunos de um colégio público e 4 alunos de um colégio particular, entre 10 e 12 anos de idade, distribuídas por conveniência em 8 grupos organizados segundo a turma em que estavam matriculados, e que tiveram seu status sociométrico aferido e sua rede de interações sociais analisada antes e após a intervenção e no seguimento após 4 meses. Destas crianças, aderiram efetivamente aos encontros realizados somente 8 crianças, sendo 4 alunos de um colégio público e 4 alunos de um colégio particular. Os efeitos da intervenção foram avaliados quantitativamente e qualitativamente pelo registro, tratamento e análise dos dados. Verificou-se que não houve diferenças estatisticamente significativas no status sociométrico e nas redes sociais (sociogramas) das turmas das crianças avaliadas, tendo havido baixa adesão e grande evasão na participação das crianças e seus pais, em especial no colégio particular. Dentre as 8 crianças participantes, três tinham status de rejeição no préteste e duas saíram deste status no pós-teste e seguimento. Concluiu-se que a aplicação dos Programas de forma remota e a adaptação do formato presencial para o modelo remoto foi possível, embora este formato parece ter prejudicado a adesão e permanência dos participantes. Ressalte-se a necessidade de realizar novas pesquisas a respeito da implementação dos programas em formato remoto fora do contexto da pandemia e sugere-se que os Programas possam ser estudados quando aplicados dentro do ambiente e rotina da escola, promovendo maior participação das crianças e seus pais, e garantindo uma amostra mais expressiva para a análise dos efeitos do Programa

The relationship between peers characterized by rejection produces damage to the child's social and emotional development, with repercussions in adolescence and adulthood, and is often associated with school dropout, crime, substance abuse, depression and anxiety. Expanded intervention programs have shown more promising results, especially when the interpersonal relationships of the entire environment close to the child are considered. The present research, epistemologically grounded in the science of Behavior Analysis, philosophically guided by Radical Behaviorism, and in the Science of Prevention, aimed to verify the effects of the Promote Parents and Promote Children Programs, when applied in remote format, on the sociometric status of rejection. and in the social network structure of school children. The research design was mixed, with independent measures of two variables, with pre- and post-test evaluation. A process analysis was also carried out to verify the fidelity of the application of the adapted programs and the application of the Programs in the remote model. Of the 233 children selected, only 8 children effectively joined the research, 4 students from a public school and 4 students from a private school, aged between 10 and 12 years old, distributed for convenience into 8 groups organized according to the class in which they were enrolled. , and who had their sociometric status measured and their network of social interactions analyzed before and after the intervention and in the follow-up after 4 months. Of these children, only 8 children effectively joined the meetings, 4 students from a public school and 4 students from a private school. Intervention effects were evaluated quantitatively and qualitatively by recording, processing and analyzing data. It was found that there were no statistically significant differences in the sociometric status and social networks (sociograms) of the groups of children evaluated, with low adherence and high evasion in the participation of children and their parents, especially in private schools. Among the 8 participating children, three had rejection status in the pre-test and two left this status in the post-test and follow-up. It was concluded that the application of the Programs remotely and the adaptation of the face-to-face format to the remote model was possible, although this format seems to have harmed the adhesion and permanence of the participants. The need to carry out further research regarding the implementation of programs in remote format outside the context of the pandemic is highlighted and it is suggested that the Programs can be studied when applied within the environment and routine of the school, promoting greater participation of children and their parents, and ensuring a more expressive sample for the analysis of the effects of the Program