O estudo de Silva e Debert (2017) mostrou o estabelecimento de relações condicionais treinadas e a emergência de relações simétricas em crianças com autismo utilizando o procedimento Go/no-go com estímulos compostos. Nenhum dos participantes apresentou a emergência das relações de transitividade e equivalência. Até o momento, nenhum estudo avaliou se crianças com desenvolvimento típico formariam classes de equivalência com o mesmo procedimento que envolveu somente estímulos visuais. O objetivo deste estudo foi avaliar se crianças com o desenvolvimento típico formariam classes de equivalência por meio do procedimento Go/no-go com estímulos compostos utilizando estímulos apenas da modalidade visual da mesma forma que empregado por Silva e Debert (2017) com crianças com autismo. Cinco participantes passaram pelas fases: Pré-treino, Pré-teste das relações de Simetria (i.e., BA e CB), Pré-teste de Transitividade e Equivalência (i.e., AC e CA), Pré-teste de relações de Treino (i.e., AB e BC), Treino das relações AB e BC, Pós-teste de Simetria (i.e., BA e CB) e Pós-teste de Transitividade e Equivalência (i.e., AC e CA). Apenas dois participantes aprenderam as relações condicionais no treino. Os outros três participantes não atingiram o critério de aprendizagem no Treino AB. A partir desses resultados, foi realizado um segundo experimento com dois participantes com a remoção do procedimento de Restrição de respostas. Um participante passou pelas fases de treino e demonstrou somente a emergência das relações Simétricas. O segundo não atingiu o critério de aprendizagem no Treino AB e não prosseguiu para as fases seguintes. Isso indica que a modalidade dos estímulos é algo importante e que deve ser levada em conta também nos estudos sobre estabelecimento de classes de equivalência com crianças com autismo.

Silva and Debert's (2017) study showed the establishment of trained conditional relations and the emergence of symmetrical relations in children with autism using the Go/no-go procedure with compound stimuli. None of the participants showed the emergence of transitivity and equivalence relations. To date, no study has evaluated whether children with typical development would form equivalence classes with visual stimuli with the same procedure. The aim of this study was to evaluate whether children with typical development would form equivalence classes through the Go/no-go procedure with compound stimuli using stimuli only from the visual modality in the same way as employed by Silva and Debert (2017) with children with autism. Five participants went through the phases: pretest, pretest of Symmetry relations (i.e., BA and CB), pretest of Transitivity and Equivalence (i.e., AC and CA), pretest of Training relations (i.e., AB and BC), Training relations AB and BC, posttest of Symmetry (i.e., BA and CB), and posttest of Transitivity and Equivalence (i.e., AC and CA). Only two participants learned the conditional relations on training. The other three participants did not meet the learning criterion in AB Training. Based on these results, a second experiment was conducted with two participants with the removal of the Response Restriction procedure. One participant went through the training phases and demonstrated only the emergence of symmetrical relations. The second participant did not meet the learning criterion in Training AB and did not proceed to the next phases. This indicates that the modality of the stimuli is important and should also be taken into account in studies on establishing equivalence classes with children with autism.