O presente trabalho teve como objetivo investigar, em humanos, os efeitos da extinção sobre a variabilidade comportamental previamente estabelecida por contingências de reforçamento negativo com diferentes níveis de exigência de variação. A unidade comportamental analisada foi a sequência de quatro respostas de clique com o mouse entre dois operanda na tela de um computador. A variabilidade foi caracterizada pela diferença ou semelhança entre a emissão das 16 sequências possíveis, comparando a distribuição das respostas de clicar entre os operanda da direita (D) e da esquerda (E). Quarenta participantes voluntários foram expostos a uma contingência de fuga, na qual um ponto, que representava hipoteticamente uma quantia de dinheiro no saldo bancário, foi removido a cada segundo de um placar inicial de 3.600 pontos. A emissão de uma sequência que atingisse o critério de variabilidade em vigor foi consequenciada com a suspensão da perda de pontos por 5 s (reforço negativo). Para isso, os participantes foram divididos em dois grupos, sendo expostos a diferentes contingências: Lag 1r e Lag 6. Sob Lag 1r, foram reforçadas sequências que diferissem da anterior e possuíssem zero ou uma alternação. Sob Lag 6, foram reforçadas sequências que diferissem das seis últimas. Em um momento posterior, a resposta de clicar foi submetida ao procedimento de extinção, de forma que as sequências emitidas não tinham nenhuma consequência programada, independentemente de serem variáveis ou não. Nessa condição, a perda de pontos se deu sem que fosse possível evitá-la. Cada momento da sessão experimental (reforçamento e extinção, nessa ordem) teve 20 min de duração, totalizando 40 min de sessão. A variabilidade foi medida pelo valor U. Obteve-se baixos níveis de variabilidade sob Lag 1r e níveis superiores sob Lag 6. A extinção produziu aumento da variabilidade quando sucedeu a contingência Lag 1r e diminuição ou manutenção quando sucedeu a contingência Lag 6. Esse dado sugere que o efeito da extinção sobre os níveis de variabilidade foi dependente da linha de base

The present work aimed to investigate, in human subjects, the effects of extinction on behavioral variability previously established by negative reinforcement contingencies with different requirement levels of variation. A sequence of four responses of clicking with a mouse on two operanda in a computer screen constituted the behavioral unity. Variability was defined by the likeliness or difference between the 16 possible sequences, comparing the distribution of the clicking response between left (L) and right (R) operanda. Forty volunteers were exposed to an escape contingency, in which a point was removed each second from an scoreboard that recorded 3.600 points at the beginning of the session. The emission of a sequence that reached the variability criterion in effect was contingent on the suspension of the loss of points for 5s. Therefore, the participants were divided in two groups that were exposed to different contingencies: Lag 1r and Lag 6. Under Lag 1r, the sequence was reinforced if differed from the last emitted and had zero or one alternation. Under Lag 6, the sequence was reinforced if differed from the last six emitted. After this, clicking responses were submitted to an extinction procedure, under which none of the sequences emitted had a programmed consequence, irrespective if they were variable or not. In this condition, point loss was unavoidable. Each moment in the experimental session (reinforcement and extinction, in this particular order) had 20min of duration, adding a total of 40min. Variability was measured by U value. As a result, were obtained low variability levels under Lag 1r and higher levels under Lag 6. The effect of the extinction on variability was of increase for Lag 1r group, and decrease or maintenance for Lag 6 group. This data suggests that the effect of extinction on variability was baseline dependent