O estudo teve como objetivo comparar a frequência de respostas que produzem time-outs (TO) e mudança ambiental (MA), de duração fixa e livre, bem como verificar se existem diferenças no padrão de produção de TOs e MAs de diferentes durações fixas. Para isso, ratos machos, experimentalmente ingênuos, foram divididos em quatro grupos (N=5): TO livre; TO fixo; MA livre; e MA fixo. Os sujeitos TO passaram por treino para responder discriminadamente em uma barra sob contingência de reforço positivo em FR 15 na presença de uma luz. Os sujeitos MA, por treino similar, mas a iluminação da caixa não teve função de estímulo discriminativo (luz não controlou possibilidade de reforço). Em seguida, ainda em FR 15, foram feitas 24 sessões experimentais com cada sujeito. Durante as sessões experimentais, uma segunda barra foi introduzida. Respostas nela tiveram como consequência a alteração da iluminação da caixa (acompanhada de suspensão da contingência na primeira barra, somente para os grupos TO). Para os grupos TO e MA livre, uma segunda resposta retomava as condições originais da caixa. Para os grupos TO e MA fixo, a retomada das condições originais aconteceu após um período determinado de tempo (6 sessões foram feitas com cada uma das durações: 30, 15, 7 e 2s). Os resultados encontrados indicaram maior frequência de respostas na segunda barra quando a consequência produzida era de TO Livre. Sujeitos em MA livre, TO fixo e MA fixo não apresentaram diferença significativa entre eles. Além disso, independente da condição experimental, foi registrada queda na frequência de respostas na segunda barra ao longo do experimento, o que impossibilitou a avaliação dos efeitos das diferentes durações de TO e MA fixo. Funcionalmente, pode-se hipotetizar que as respostas que produzem TO livre estão sendo reforçadas por algo que não está presente na contingência de TO fixo. Se as respostas que produzem o TO livre podem ser duplamente reforçadas - ao produzir o TO, e ao reintroduzir a contingência de FR em B1 é possível que essa variável seja determinante para que haja maior frequência de TO quando ele é livre do que quando é fixo. Pode ser também que haja algo aversivo na contingência de TO fixo, que reduz a frequência de respostas desse grupo. Em TO fixo os sujeitos podiam iniciar o período de TO mas, a partir da sua instalação, o encerramento do período não dependia de nenhuma resposta emitida por eles. Isso caracteriza que a duração do TO como incontrolável pelos sujeitos (o que pode tornar o TO fixo aversivo).

The study aimed to compare the frequency of responses that produce timeout (TO) and ambient modification (MA), with fixed and free durations. Additionally, it sought to verify if different fixed durations of TO and MA produced different patterns of responding. To achieve this, experimentally naive male rats were divided into four groups (N=5): Free TO; Fixed TO; Free MA; and Fixed MA. Subjects under the TO conditions were trained to respond discriminatively on a lever under an FR 15 schedule of reinforcement in the presence of a light. The MA subjects received similar training, but the experimental chambers illumination did not serve as a discriminative stimulus (the light did not control the possibility of reinforcement). Subsequently, still under FR 15, 24 experimental sessions were conducted with each subject. During these experimental sessions, a second lever was introduced. Responding on this lever resulted in a change in the chamber's illumination (accompanied by the suspension of the FR schedule on the first lever, only for the TO groups). For the Free TO and Free MA groups, a second response reinstated the original box conditions. For the Fixed TO and Fixed MA groups, the reinstatement of the original conditions occurred after a predetermined time period (6 sessions were conducted with each of the following durations: 30, 15, 7, and 2 seconds). The results indicated a higher frequency of responses on the second lever when the consequence was Free TO. Subjects in Free MA, Fixed TO, and Fixed MA did not show significant differences among them. A decrease in the frequency of responding on the second lever was also observed throughout the experiment for all subjects, which made impossible the evaluation of the effects of different durations of fixed TO and MA. Functionally, it can be hypothesized that responses that produce Free TO are reinforced by something that isnt present in the Fixed TO condition. If responses producing Free TO can be reinforced twice firstly by producing TO, and secondly by reintroducing the FR reinforcement schedule of the first lever - this variable may be determinant for the higher frequency of TO when its duration is controlled by the subjects compared to when it has a fixed duration. There might also be something aversive in the Fixed TO that reduces the frequency of responding in this group. In Fixed TO, subjects could initiate the TO period, but once it started, the termination of the period did not depend on any response emitted by them. This means that the duration of TO is uncontrollable (which could also mean that the Fixed TO aversive). The evaluation of the effects of different durations of TO and Fixed MA was not possible due to the decrease in the frequency of responding on the second lever shown by all groups.