A população amarela-brasileira tem sido alvo de racismo, discriminação e estereótipos desde o século XIV, a partir a chegada dos primeiros povos amarelos em terras brasileiras. Atualmente, muitos dos estereótipos são considerados socialmente positivos, no entanto, trazem consequências negativas à população amarela. Uma possibilidade de investigação de vieses raciais nas relações entre indivíduos de diferentes raças é através de procedimentos que avaliem a aversão à desigualdade, definida como sendo a insatisfação de um indivíduo sobre uma distribuição desigual de recursos. Esse fenômeno é dividido em dois tipos: aversão à desigualdade desvantajosa (DI) e aversão à desigualdade vantajosa (AI). O presente estudo buscou verificar a produção de Desigualdade Desvantajosa (DI) em uma interação com um Confederado Amarelo em comparação com um Confederado Branco. Para isso, utilizamos uma tarefa que consistia em escolher entre dois cartões, azul e verde. A escolha pelo cartão azul favorecia os ganhos dos confederados, o que gerava uma maior diferença de pontuação entre o participante e o confederado. Os dados averiguaram que não há diferenças nas médias de escolhas pelo cartão azul pela raça. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as médias de escolhas de cartões azuis com o Confederado Branco e com o Confederado Amarelo ao longo das tentativas, o que indica que a aversão à desigualdade desvantajosa é cumulativa e depende da exposição. Agrupando os padrões de respostas individuais, foi possível observar uma maior homogeneidade de escolhas de cartões nas interações entre ambos os confederados quando o Confederado Branco é apresentado primeiro. Houve uma maior variabilidade nos padrões de escolhas nas interações entre ambos os confederados quando o Confederado Amarelo é apresentado primeiro, sendo um indício de uma diferença de tratamento baseado em raça.

The asians-brazilians has been the target of racism, discrimination, and stereotypes since the 14th century, with the arrival of the first asians in Brazil. Currently, many of these stereotypes are considered socially "positive"; however, they have negative consequences for the asians. One possible investigation of racial biases in the relationships between individuals of different races is through procedures that assess aversion to inequity, defined as an individual's dissatisfaction with an unequal distribution of resources. This phenomenon is divided into two types: aversion to Disadvantageous Inequity (DI) and aversion to Advantageous Inequity (AI). This study aimed to investigate the production of Disadvantageous Inequity (DI) in an interaction with a Asian Confederate compared to a White Confederate. To do this, we used a task that involved choosing between two cards, blue and green. Choosing the blue card favored the gains of the Confederates, which resulted in a greater difference in score between the participant and the Confederate. The data revealed that there are no differences in the mean choices of the blue card based on race. Statistically significant differences were found in the mean choices of blue cards with the White Confederate and the Asian Confederate over attempts, indicating that aversion to disadvantageous inequity is cumulative and depends on exposure. When grouping individual response patterns, it was possible to observe greater homogeneity in card choices in interactions between both Confederates when the White Confederate is presented first. There was greater variability in choice patterns in interactions between both Confederates when the Asian Confederate is presented first, indicating a race-based difference in treatment.