Interest in animal personality has been growing in recent decades, and with this we see the expansion of approaches, theories and methods in which animal personality is studied. More than that, what was previously an area very restricted to vertebrate species, now expands to many other taxonomic groups, such as invertebrates, adding even more to the discussion of the field. In this thesis I aimed to understand and integrate individual differences in behaviour in a theoretical and methodological approach, for species from two distinct taxonomic groups: a mouse species of wild origin, the mound building mouse (Mus spicilegus) and the ant Holcoponera striatula. I present in this thesis two main articles and one in the appendix, each article focused on different aspects, working in a complementary way discussing individual differences in behaviour. My work with mice is presented in two distinct articles. The first one (already published) focuses on the judgment bias test, a methodological tool that allowed us to integrate cognition and personality. The second one, presented in the appendix (already published), allowed a more physiological approach, connecting oxidative stress, ontogenesis, and personality. With ants, I seek to understand the inter-individual differences in behaviour in a multi-testing study over extensive repetition (article currently under review). In this thesis I show that, firstly, it is possible to find, discuss and integrate personality between vertebrates and invertebrate species. More specifically, I discuss the methodological limitations regarding the way we adapt, execute, and interpret behavioural tests, and how individual differences in behaviour influence these processes. Ontogenically, we also discuss how early parameters interact with personality resulting in different levels of oxidative stress expressed in the adult life. Despite the great differences and peculiarities in the way species perceive, process, and respond to their environment, and the various ways in this phenomenon can be studied, the future of personality research lies in the collaboration of the various fronts, approaches and species, adding and integrating knowledge for a more robust discussion of animal personality

O interesse pela personalidade animal vem crescendo nas últimas décadas, e com isso vemos a expansão das abordagens, teorias e métodos nos quais a personalidade animal é estudada. Mais do que isso, o que antes era uma área muito restrita às espécies de vertebrados, agora se expande para muitos outros grupos taxonômicos, como os invertebrados, agregando ainda mais à discussão do campo. Nesta tese pretendo compreender e integrar diferenças individuais de comportamento em uma abordagem teórica e metodológica, para espécies de dois grupos taxonômicos distintos: uma espécie de camundongo de origem selvagem (Mus spicilegus) e as formiga Holcoponera striatula. Apresento nesta tese dois artigos principais e um em apêndice, cada artigo focado em diferentes aspectos, trabalhando de forma complementar as diferenças individuais de comportamento. Meu trabalho com camundongos foi apresentado em dois artigos distintos. O primeiro (já publicado) teve como foco o teste de viés de julgamento, ferramenta metodológica que nos permitiu integrar cognição e personalidade. A segunda, apresentada no apêndice (já publicada), me permitiu uma abordagem mais fisiológica, conectando estresse oxidativo, ontogênese e personalidade. Com formigas, procuro entender as diferenças interindividuais de comportamento em um estudo utilizando multi-testes, repetindo-os extensamente (artigo atualmente em revisão). Nesta tese mostro que, em primeiro lugar, é possível encontrar, discutir e integrar a personalidade entre espécies de vertebrados e invertebrados. Mais especificamente, discuto as limitações metodológicas em relação à maneira como adaptamos, executamos e interpretamos os testes comportamentais e como as diferenças de comportamento dos indivíduos influenciam esses processos. Ontogenicamente, também discuto como os parâmetros experenciados no início da vida interagem com a personalidade resultando em diferentes níveis de estresse oxidativo expressos na vida adulta. Apesar das grandes diferenças e peculiaridades na forma como as espécies percebem, processam e respondem ao seu ambiente, e as várias maneiras pelas quais podemos estudar esse fenômeno, o futuro da pesquisa da personalidade está na colaboração das várias frentes, abordagens e espécies, agregando e integrando conhecimento para uma discussão mais robusta da personalidade animal