Os mamíferos constituem um grupo extremamente diversificado e apresentam grande distribuição e adaptação à diversos ambientes. Esses animais podem apresentar diversos benefícios para nossa sociedade. Os cães domésticos, por exemplo, desempenham papéis importantes podendo atuar em zooterapia, cães de companhia, guias para pessoas com deficiência visual ou auditiva, identificador de substâncias ilegais, transporte, entre outras. A visão é uma das habilidades que permite esses animais perceberem o mundo a sua volta, especificamente a visão de cores concede maior facilidade no desempenho de algumas atividades. Sabe-se que os cães domésticos apresentam visão dicromática devido a presença de 2 classes de cones funcionais que possuem pigmentos visuais com sensibilidades espectrais máximas em diferentes regiões do espectro de luz, assim como ocorre na maioria dos mamíferos. Estudos indicam que essa organização se faz presente em diferentes espécies dentre o grupo dos canídeos, porém pouco se sabe sobre a genética desses pigmentos. Este trabalho tem como objetivo inferir o pico de sensibilidade espectral em diferentes espécies de canídeos, sendo esses: Chrysocyon brachyurus (Loboguará), Speothos venaticus (Cachorro-vinagre), Lycalopex vetulus (Raposa-docampo), Cerdocyon thous (Cachorro-do-mato) e Canis lupus familiris (Cão doméstico). Para isso, foram realizadas extrações de DNA a partir de amostras de saliva de cães domésticos, e soro e sangue dos canídeos silvestres. Com o material genômico foram realizadas técnicas de biologia molecular, como a PCR e sequenciamento Sanger para que assim fosse possível observar as sequências de nucleotídeos presentes nos genes das opsinas desses animais. Com os resultados obtidos, pode-se observar que as espécies analisadas apresentam a conformação de aminoácidos AHYTA em seus cinco sítios para inferência do pico de sensibilidade espectral do o fotopigmento LWS, e assim inferimos um pico de sensibilidade em ~555nm. Os dados obtidos a partir da análise genômica do SWS1 difere dos achados descritos na literatura para a espécie

Mammals are an extremely diverse group and have great distribution and adaptation to different environments. These animals can present several benefits for our society. Domestic dogs, for example, could play important roles in zootherapy, companion dogs, guides for people with visual or hearing impairments, identifiers for illegal substances, transportation, among others. Vision is one of the skills that allows these animals to perceive the world around them, specifically color vision makes it easier to perform some activities. It is known that domestic dogs have dichromatic vision due to the presence of 2 classes of functional cones that have visual pigments with maximum spectral sensitivities in different regions of the light spectrum, as most mammals. Studies indicate that this organization is present in different species among the group of canids, but not much is known about the genetics of these pigments. This work aims to infer the peak of spectral sensitivity in different species of canids, these being: Chrysocyon brachyurus (Maned wolf), Speothos venaticus (Bush dog), Lycalopex vetulus (Hoary fox), Cerdocyon thous (Crab-eating-fox) and Canis lupus familiris (Domestic dog). For this, DNA extractions were extracted from saliva samples from domestic dogs, and serum and blood from wild canids. Molecular biology techniques were used in genomic material, such as PCR and Sanger sequencing, so that it is possible to observe the nucleotide sequences present in the opsin genes of these animals. With the results obtained, it can be observed that the analyzed species presents AHYTA amino acid conformation in their five sites for inference of the spectral sensitivity peak of the LWS photopigment, and so we inferred a sensitivity peak at ~ 555nm. The data collected from the genetic analysis of SWS1 differ from the literature findings for the species