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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.47.2023.tde-06092023-145507
Documento
Autor
Nome completo
Irene Monteiro Felippe
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Kohatsu, Lineu Norió (Presidente)
Braga, Adriana de Carvalho Alves
Nobrega, Terezinha Petrucia da
Título em português
Corpos que se aproximam e se afastam: Interações entre crianças de origem imigrante e brasileira na escola
Palavras-chave em português
Corporeidade
Crianças
Imigração
Interação na escola
Psicologia fenomenológica
Resumo em português
A diversidade étnico-racial é uma realidade em muitas escolas e traz desafios para os processos educacionais e de socialização. Apesar do crescente número de estudos sobre imigração, faltam pesquisas no cenário brasileiro com foco nas interações vividas pelas crianças de origem imigrante, na etapa inicial do Ensino Fundamental, sobretudo, na ótica das experiências corporais. Assim, esta dissertação teve como objetivo investigar as interações entre crianças de origem imigrante e brasileira, estudantes de 1º a 3º ano de uma escola pública do município de São Paulo, a partir da experiência sensível de aproximação e afastamento de diferentes corpos. Outra intenção foi compreender as percepções dos educadores sobre o tema, assim como sua visão do retorno às aulas presenciais durante a pandemia de Covid-19. Ademais, buscou-se descrever o trabalho pedagógico com a corporeidade em Artes e Educação Física. O estudo possui caráter descritivo e qualitativo e se baseia na fenomenologia de Merleau-Ponty. A etapa prática se realizou por meio de: a) observação de aulas e interação com os estudantes; b) entrevistas com cinco Professores, um Coordenador Pedagógico e um Assistente de Direção. O material resultou no mapeamento de ambientes interativos com diversas gestualidades e percepções. A maioria das crianças de origem imigrante transitou com facilidade e soltura de movimento entre os espaços físicos (sala, quadra e ateliê), entre os estados corporais próprios e intercorporalmente com seus colegas e adultos. Alguns, porém, mostraram dificuldades e cada um se expressou à sua maneira. Foram testemunhadas interações ora engajadas, ora agressivas e ora paradoxais, registrando maior presença de gestos de acolhimento, em relação aos de hostilidade, e também de múltiplos gestos ambíguos. Foram eles: gestos de amizade entre crianças de origem imigrante e brasileira, de cumplicidade, de experimentação linguística, de agressão e de ausência interativa; e gestos de autorregulação de si, de dor, de toque, de congelamento postural, de silêncio e/ou de silenciamento. As ações das crianças eram compostas por afetos, por vezes involuntários, sem palavras e com outra temporalidade que, de acordo com os entrevistados, podem convocar o educador a estar sensível às sutilezas e marcas dos corpos de cada estudante, assim como, de todos eles. Foi relatada a história de discriminação na escola e a construção de um projeto multicultural, e as percepções sobre as crianças variaram entre reflexões educacionais críticas e manutenção de estereótipos. A respeito da pandemia, emergiu um dilema entre a violência exercida no cumprimento dos protocolos de higiene, o medo do contágio e a vontade de afeto e contato físico. Os gestos das crianças eram de excitação e/ou cansaço e transgrediam as regras, apontando para o aprendizado da regulagem de si diante da nova situação. Enfim, o estudo, dentro das limitações, pode contribuir com uma abordagem que atue com, no e pelos corpos que se movem na escola, auxiliando a expressão e o acolhimento das diversidades entre as crianças. Investigações futuras que se insiram na intersecção entre corpo, imigração e escola serão bem-vindas, além daquelas que incluam as crianças como coprodutoras da própria pesquisa.
Título em inglês
Bodies that get closer and further apart: interactions between children of immigrant and Brazilian backgrounds at school
Palavras-chave em inglês
Children
Education
Embodiment
Intercultural interaction
Migration
Phenomenology
Resumo em inglês
Ethnic and cultural diversity inside children's classrooms is a day-to-day reality in many schools, and this creates challenges for both the educators and the children involved with the educational and socialization processes. Despite the rising numbers on immigration studies, Brazilian research lacks the focus on the embodied interactions of children with immigrant backgrounds in the early years of primary school. This research, which takes place in a public school in São Paulo, Brazil, investigates the corporal interactions among school children from both immigrant and Brazilian backgrounds from the sensitive experience of closeness and distance between their bodies. The educators' perceptions concerning their students' interactions during the pandemic and their work with body expression in Arts and Physical Education are also focused on. The study is based on Merleau-Ponty's phenomenology and recent discussions about immigration and education. The data were collected in two stages: a) the observation and interaction with students during their classes and free periods; b) interviews with five teachers, as well as the director and the coordinator of the school. The results show a diversity of interactive environments, gestures, and perceptions. Most children with immigrant backgrounds moved themselves easily through the school space, through their own corporal states, and also between their peers and teachers. However, doing so was hard for some, and each singularly expressed themselves. The intercultural interactions were classified as engaging, aggressive, or paradoxical, being welcoming actions the most common. It was observed gestures such as complicity, language exchanges, lack of interactions, and aggressive actions between students with immigrant and non-immigrant backgrounds; self-regulation in front of different people, sense of pain and/or touch, freezed and silence postures. The children's actions had affection and, sometimes, had no words and another sense of temporality. According to the interviewees, this opens the door to arise the educator's sensitivity to the subtlety and the scars that each and every student body bears. The educators retraced the discrimination history in the school and a collective multicultural project, and their interaction perceptions varied between reflective educational thinking and stereotype reinforcement. Regarding the pandemic, the school has a dilemma between the violence and body control of the hygiene protocols, the fear of being contaminated, and the need for affection and physical touch. This study, within its limitations, can contribute with an embodied perception of real-life school relations to further discussions on how to welcome and foster children's diverse expressions. Future research could develop tools on the intersectional area of the body, immigration, and school and broaden the co-participation of children during the investigation process.
 
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Data de Publicação
2023-09-06
 
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