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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.47.2023.tde-04042024-190132
Document
Auteur
Nom complet
Ana Verginia Mangussi da Costa Fabiano
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2023
Directeur
Jury
Agli, Betania Alves Veiga Dell (Président)
Assumpcao Junior, Francisco Baptista
Caetano, Luciana Maria
Franco, Maria Helena Pereira
Zanini, Marta Regina Gonçalves Correia
Titre en portugais
Autorregulação afetiva no enfrentamento e na busca pela cura em crianças com câncer
Mots-clés en portugais
Autorregulação afetiva
Câncer infantil
Espiritualidade
Estratégias de enfrentamento
Funções executivas
Resumé en portugais
A proposta deste estudo é analisar se há relação entre a autorregulação afetiva da criança com câncer e as estratégias de enfrentamento da hospitalização na busca pela cura. Para atingir o objetivo proposto, a pesquisa foi dividida em três estudos: Estudo 1, Estudo 2 e Estudo 3. O Estudo 1 foi uma revisão sistemática da literatura, com o objetivo de identificar as principais estratégias de enfrentamento e compreender sua efetividade na criança hospitalizada com câncer, visando adicionalmente, verificar se há diferença entre tais estratégias em crianças com leucemia. A revisão resultou na seleção de 7 artigos que foram classificados em duas modalidades: estratégias de enfrentamento relatadas ou demonstradas pela própria criança e estratégias de enfrentamento identificadas ou observadas pelos pais das crianças oncológicas em hospitalização. Através do estudo, foi possível compreender que as crianças oncológicas utilizam diferentes estratégias de enfrentamento durante a hospitalização e a busca pela cura do câncer e que tais estratégias são eficazes para minimizar o sofrimento proveniente do adoecimento e da complexidade dos tratamentos propostos. Para o Estudo 2 e Estudo 3, a amostra foi composta por 15 crianças (Midade = 9,27; DP = 2,5), sendo 60% do sexo masculino, assistidas por uma Entidade de Atendimento às crianças e adolescentes portadores de câncer, do interior do Estado de São Paulo. O Estudo 2, de abordagem quantitativa, verificou se há relação entre o funcionamento executivo de crianças com câncer e as estratégias de enfrentamento da hospitalização na busca pela cura. Os seguintes instrumentos foram aplicados: Questionário Sociodemográfico Digitalizado, Dados Clínicos Digitalizados, Escala de Inteligência Wechsler Abreviada WASI, Bateria Neuropsicológica Tartaruga da Ilha (TI-BAFEC) e Escala de Coping da Hospitalização (COPE-HD). Os resultados indicaram que as crianças com câncer e em quimioterapia apresentaram Quociente de Inteligência (QI estimado) e Funções Executivas (FE) preservados e classificaram-se como adaptativas ao processo de coping. Verificamos também as relações com a idade e o sexo da criança e a variabilidade de questões que devem ser levadas em consideração ao se analisar os resultados. Este estudo contribuiu com a literatura na área de hospitalização infantil e desenvolvimento humano e fornece subsídios que possam sustentar práticas de cuidado que contemplem as necessidades singulares da criança no enfrentamento dos estressores associados ao câncer e ao tratamento proposto. O Estudo 3, de abordagem qualitativa, objetivou descrever a afetividade, caracterizada pela força de vontade e pela espiritualidade, como estratégia de enfrentamento da hospitalização de crianças com câncer. Os instrumentos utilizados foram o Questionário Sociodemográfico, Questionário de Dados Clínicos e foi utilizado o vídeo Vencer o câncer é mais fácil quando se está cercado de amor para avaliação da afetividade. Para tal, logo após o vídeo foram realizadas algumas questões norteadoras, baseadas no Método Clínico Piagetiano a fim de compreender como ocorrem as dimensões afetivas. Os dados foram analisados através de um compilado de técnicas de análise das comunicações para coletar as informações contidas nas mensagens, ou seja, se constrói categorias provenientes das falas que são fragmentadas por meio dos critérios de: homogeneidade, exaustividade, adequação ou pertinência. Os resultados indicaram que as crianças utilizaram a autorregulação afetiva, caracterizada pela força de vontade e pela espiritualidade como estratégia de enfrentamento do câncer e consequentemente, da hospitalização na busca pela cura. Contribui com profissionais que atuam em oncologia infantil ao favorecer a compreensão da necessidade de cuidar da criança em sua integralidade, ampliando a intervenção técnica aos aspectos afetivos do adoecer.
Titre en anglais
No found
Mots-clés en anglais
Affective self-regulation
Childhood cancer
Coping strategies
Executive functions
Spirituality
Resumé en anglais
The purpose of this study is to analyze whether there is a relationship between the affective self-regulation of children with cancer and strategies for coping with hospitalization in the search for a cure. To achieve the proposed objective, the research was divided into three studies: Study 1, Study 2 and Study 3. Study 1 was a systematic review of the literature, with the objective of identifying the main coping strategies and understanding their effectiveness in hospitalized children. with cancer, with the additional aim of verifying whether there is a difference between such strategies in children with leukemia. The review resulted in the selection of 7 articles that were classified into two modalities: coping strategies reported or demonstrated by the child themselves and coping strategies identified or observed by parents of hospitalized cancer children. Through the study, it was possible to understand that children with cancer use different coping strategies during hospitalization and the search for a cure for cancer and that such strategies are effective in minimizing the suffering arising from the illness and the complexity of the proposed treatments. For Study 2 and Study 3, the sample consisted of 15 children (Mage = 9.27; SD = 2.5), 60% of whom were male, assisted by a Service Entity for children and adolescents with cancer, from the interior of the State of São Paulo. Study 2, with a quantitative approach, verified whether there is a relationship between the executive functioning of children with cancer and strategies for coping with hospitalization in the search for a cure. The following instruments were applied: Digitized Sociodemographic Questionnaire, Digitized Clinical Data, Abbreviated Wechsler Intelligence Scale WASI, Tartaruga da Ilha Neuropsychological Battery (TI-BAFEC) and Hospitalization Coping Scale (COPE-HD). The results indicated that children with cancer and undergoing chemotherapy showed preservation of the Intelligence Quotient (estimated IQ), Executive Functions (EF) and were classified as adaptive to the coping process. We also verified the relationships with the child's age and sex and the variability of issues that must be taken into consideration when analyzing the results. This study contributed to the literature in the area of child hospitalization and human development and provides support that can support care practices that address the child's unique needs in coping with the stressors associated with cancer and the proposed treatment. Study 3, with a qualitative approach, aimed to describe affectivity, characterized by willpower and spirituality, as a strategy for coping with the hospitalization of children with cancer. The instruments used were the Sociodemographic Questionnaire, Clinical Data Questionnaire and the video Beating cancer is easier when you are surrounded by love was used to assess affectivity. To this end, immediately after the video, some guiding questions were asked, based on the Piagetian Clinical Method in order to understand how the affective dimensions occur. The data was analyzed using a compilation of communications analysis techniques to collect the information contained in the messages, that is, categories are constructed from the statements that are fragmented using the criteria of: homogeneity, exhaustiveness, adequacy or relevance. The results indicated that the children used affective self-regulation, characterized by willpower and spirituality as a strategy for coping with cancer and, consequently, hospitalization in the search for a cure. It contributes to professionals who work in childhood oncology by favoring the understanding of the need to care for the child in its entirety, expanding technical intervention to the affective aspects of becoming ill.
 
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Date de Publication
2024-04-08
 
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