O presente estudo tem por objetivo avaliar a compreensão leitora de estudantes do 7º, 8º e 9º Anos do Ensino Fundamental II, de escolas da Rede Pública e Privada de Ensino, por meio da análise do reconto produzido por esses alunos, após a leitura individual de um conto da literatura nacional. Participaram desse estudo 86 estudantes, porém só havia 55 arquivos com os áudios dos recontos gravados para análise. Cada reconto foi avaliado com base no princípio de figura-fundo, fundamentado pela teoria da transitividade, possibilitando averiguar os tipos de orações resgatadas pelos alunos, sendo Figura as orações que representam as partes centrais do texto; Fundo 1 as orações relacionadas às ideias presentes nas orações-figura, porém com estruturas morfossintáticas mais complexas; e, por fim, Fundo 2 as orações mais periféricas, mais distantes das orações-figura, com informações mais subjetivas e estruturas mais complexas. Essa análise nos permitiu resultados bastantes precisos com relação a retomadas de orações, confirmando a hipótese de que as figuras seriam predominantes nos recontos. Também nos possibilitou perceber que a escolaridade influencia na quantidade de figuras, fundo 1 e fundo 2 resgatados pelos alunos em seus recontos

This present study aims at evaluating the reading comprehension of students from the 7th, 8th and 9th Grades of Elementary School II, from schools in the Public and Private schools, through the analysis of the retelling produced by these students, after the individual reading of a tale from the national literature. Eighty-six students participated in this study, but there were only 55 files with the audios of the retellings recorded for analysis. Each retelling was evaluated based on the figure-ground principle, based on the transitivity theory, making it possible to investigate the types of clauses taken out by the students, with Figure being the clauses that represent the central parts of the text; Background 1, the clauses related to the ideas present in the figure clauses, but with more complex morphosyntactic structures; and, finally, Background 2, the more peripheral clauses, more distant from the figure clauses, with more subjective information and more complex structures. This analysis allowed us to obtain very precise results regarding the retaking of clauses, confirming the hypothesis that the figures would be predominant in the retellings. It also made it possible for us to realize that schooling influences the number of figures, background 1 and background 2 taken out by students in their retellings