Corais que formam simbiose com dinoflagelados fotossintéticos da família Symbiodiniaceae são suscetíveis aos eventos de branqueamento devido a aumentos de temperatura, com efeitos negativos na vida dos recifes coralíneos. O ferro, como micro-nutriente, é essencial para o desenvolvimento dos microrganismos marinhos, embora esteja disponível em concentrações extremadamente baixas encontra-se naturalmente complexado por diversos carregadores. Nesta situação em que a especiação do ferro está dominada por ligantes, as microalgas possuem mecanismos de assimilação e mobilização de ferro a partir de seus complexos. Assim, primeiro comparamos diferentes fontes de ferro a partir de diversos complexos bem conhecidos em propriedades químicas para determinar o crescimento, absorção de ferro em cinco espécies, e toxicidade para uma espécie, da família Symbiodiniaceae. Segundo, avaliamos o efeito das diversas fontes de ferro em Breviolum minutum, sobre o crescimento frente ao choque térmico, e sua possível relação com a resiliência dos corais após de eventos de branqueamento. No primeiro experimento a exposição ao Fe(II) em geral produziu respostas marcadamente positivas, com altas taxas de crescimento e acumulação de ferro intracelular. Semelhantes resultados foram alcançados para exposição ao complexo lipofílico Fe(DFX)₂ para quatro das espécies em estudo. Por outro lado, foi possível notar que para a espécie Symbiodinium microadriaticum o crescimento é independente da fonte ferro. Na espécie termossensível Breviolum minutum o choque térmico é adverso, embora a suplementação de ferro após o choque térmico resulte em taxas de crescimento e populações mais altas independentemente da fonte de ferro. Resultados semelhantes foram para os complexos Fe(DFX)₂, FeDFO e FeEDTA suplementado antes do estresse térmico. Finalmente, a exposição ao complexo Fe(8-HQ) mostrou ser altamente deletéria para as microalgas, o que nos levou a determinar sua toxicidade em Durusdinium glynni. Estabeleceu-se uma concentração inibitória média de 9,5 ± 0,47 mol L^-1 Esse com- posto pode ter potencial como agente algicida.

Corals form symbiosis with photosynthetic dinoflagellates of the family Symbiodiniaceae which are susceptible to bleaching events due to increases in temperature, with negative effects on the life of coral reefs. Iron, as a micronutrient, is essential for the development of marine microorganisms, although it is found in extremely low concentrations, naturally complexed by several carriers. In this situation in which iron speciation is dominated by ligands, microalgae have mechanisms of assimilation and mobilization of iron from its complexes. Thus, we first compared different sources of iron from several well-known complexes to determine growth, absorption in five species, and toxicity to one species of the Symbiodiniaceae family. Secondly, we evaluated the effect of the various sources of iron in Breviolum minutum, on the growth against the thermal shock, and its possible relation with the resilience of the corals after bleaching events. In the first experiment, exposure to Fe (II) in general produced markedly positive responses, with high rates of growth and accumulation of intracellular iron. Similar results were achieved for exposure to the lipophilic complex Fe(DFX)₂ for four of the species under study. On the other hand, it was possible to notice for Symbiodinium microadriaticum the growth is independent of the iron source. In the thermally sensitive species Breviolum minutum, thermal shock is adverse, although iron supplementation after thermal shock results in higher growth rates and populations regardless of the iron source. Similar results were for Fe(DFX)₂, FeDFO, and FeEDTA complexes supplemented before thermal stress. Finally, exposure to the Fe(8-HQ) complex proved to be highly harmful to microalgae, which led us to determine its toxicity in Durusdinium glynni. An average inhibitory concentration of. 9.5 ± 0.47 mol L^-1 was established. This result can have a potential algaecide activity.