Com o objetivo de enunciar uma abordagem inovadora experimental para o ensino remoto de ciências, foram desenvolvidas simulações baseadas em vídeo. Desde a última década, o uso de vídeos para ensinar procedimentos laboratoriais tem sido impulsionado pela divulgação de gravações de alta qualidade feitas com celulares e veiculadas por meio de mídias sociais. Em contraste, para simuladores de experimentos, o princípio central permanece inalterado: renderização visual de cenários calculados a partir de dados dos usuários. Em relação ao seu papel educacional, vídeos e simuladores são muitas vezes considerados recursos complementares. A interface de um vídeo educacional típico é, muitas vezes, limitada ao controle de play-pause e da linha do tempo. Para superar essa limitação, foi criada uma estratégia simples, mas eficaz, para fazer e usar esses vídeos: a simulação, pois assim permite leitura de dados do vídeo, composta por diferentes representações em um único experimento científico, admitindo a visualização dinâmica de centenas de resultados experimentais. Usando essa estratégia, foram gravados vídeos de experimentos típicos de titulação ácido-base, em condições normais de laboratório, para tratar do conceito de equilíbrio químico. Esses vídeos foram incorporados em diferentes recursos educacionais usados na forma de atividades: apresentação dos conceitos, um estudo de caso, um simulador com planilha e um cenário de tomada de decisão. Todos apoiados em níveis crescentes de competência representacional, utilizando representações com base na teoria da aprendizagem multimídia. Os recursos foram testados em aula-atividade remota com 102 alunos de graduação. Os resultados foram tratados de forma agrupada do ponto de vista de perfis conceituais, e mostram que a atividade embora considerada trabalhosa e conceitualmente difícil, foi apreciada como útil e inovadora pelos estudantes.

In order to enunciate an innovative experimental approach to remote science teaching, video-based simulations were developed. Over the past decade, the use of videos to teach laboratory procedures has been boosted by the dissemination of high-quality recordings made with cell phones and broadcast through social media. In contrast, for experiment simulators, the core principle remains unchanged: visual rendering of scenarios calculated from user data. Regarding their educational role, videos and simulators are often considered complementary resources. The interface of a typical educational video is often limited to play-pause and timeline control. To overcome this limitation, a simple but effective strategy was created to make and use these videos: simulation, as it allows reading data from the video, composed of different representations in a single scientific experiment, allowing the dynamic visualization of hundreds of experimental results. Using this strategy, videos of typical acid-base titration experiments were recorded under normal laboratory conditions to address the concept of chemical equilibrium. These videos were incorporated into different educational resources used in the form of activities: presentation of concepts, a case study, a simulator with a spreadsheet, and a decision-making scenario. All supported by increasing levels of representational competence, using representations based on multimedia learning theory. The resources were tested in a remote activity class with 102 undergraduate students. The results were treated in a grouped way from the point of view of conceptual profiles, and show that the activity, although considered laborious and conceptually difficult, was appreciated as useful and innovative by the students.