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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.41.2020.tde-30112020-123809
Document
Auteur
Nom complet
Solimary Garcia Hernandez
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2020
Directeur
Jury
Machado, Glauco (Président)
Barreto, Rodrigo Egydio
Kohlsdorf, Tiana
Mattoni, Camilo Iván
Titre en portugais
Como os escorpiões lidam com a perda permanente de sua "cauda"?
Mots-clés en portugais
1. Autotomia
2. Desempenho locomotor
3. Dimorfismo sexual
4. Mecanismos de defesa
5. Sucesso de predação
6. Sucesso reprodutivo
Resumé en portugais
A perda voluntária de uma parte do corpo, conhecida como autotomia, pode aumentar a chance de sobreviver a uma tentativa de predação. Entretanto, esse mecanismo defensivo também impõe custos aos indivíduos. Embora a autotomia seja bastante estudada, seus custos para espécies que não regeneram a parte do corpo autotomizada são pouco conhecidos. Escorpiões do gênero Ananteris realizam uma forma única de autotomia, na qual os indivíduos perdem permanentemente os últimos segmentos abdominais, conhecidos como "cauda". Após a autotomia "caudal", os indivíduos perdem massa corporal, o ferrão e a última porção do trato digestivo, incluindo o ânus, o que evita a defecação e leva à constipação. Nesta tese, investigamos experimentalmente como a autotomia "caudal" afeta o desempenho locomotor, o sucesso da predação e o sucesso reprodutivo de machos e fêmeas do escorpião A. balzani. Descobrimos que a autotomia "caudal" tem efeitos mínimos de curto prazo para o desempenho locomotor em ambos os sexos. Em longo prazo, porém, a autotomia reduz o desempenho locomotor, principalmente dos machos. O sucesso da predação em ambos os sexos diminui após a autotomia e consequente perda do ferrão. No entanto, machos e fêmeas autotomizados ainda são capazes de capturar presas, especialmente as pequenas. A perda da "cauda" não afeta o sucesso reprodutivo dos machos, mas prejudica a reprodução nas fêmeas, reduzindo sua sobrevivência e número de filhotes. Apesar de indivíduos autotomizados pagarem custos em termos de locomoção e forrageamento, demonstramos que o longo tempo entre a perda da "cauda" e a morte é suficiente para que eles se reproduzam. Assim, a autotomia permanente da "cauda" em escorpiões parece ser adaptativa quando comparada à estratégia alternativa de não autotomizar e eventualmente morrer durante o ataque de um predador.
Titre en anglais
How do scorpions cope with the permanent loss of their "tail"?
Mots-clés en anglais
1. Autotomy
2. Defense mechanisms
3. Locomotor performance
4. Predation success
5. Reproductive sucsess
6. Sexual dimorphism
Resumé en anglais
The voluntary loss of a body part, known as autotomy, may increase the chance of surviving surviving a predadory attack. However, this defensive mechanism also imposes costs to the individuals. Although autotomy is extensively studied, its costs to species that do no regenerate the lost body part are poorly known. Scorpions of the genus Ananteris show a unique form of autotomy in which individuals lose permanently the last abdominal segments, known as the "tail". After "tail" autotomy, individuals lose body mass, the stinger, and the last portion of the digestive tract, including the anus, which prevents defecation and leads to constipation. In this thesis, we experimentally investigated how "tail" autotomy affects the locomotor performance, the predation success, and the reproductive success of males and females of the scorpion A. balzani. We found that "tail" autotomy has minimal short-term effects on the locomotor performance of both sexes. In the long-term, however, autotomy reduces locomotor performance, especially in males. The predation success decreases after autotomy and consequent stinger loss. However, autotomized males and females are still able to capture prey, especially the small ones. The reproductive success of males is not affected after "tail" loss, but it impairs female reproduction by reducing their survival and offspring number. Although autotomized individuals pay costs in terms of locomotion and foraging, we demonstrate that the long time between "tail" loss and death is enough for them to reproduce. Thus, permanent "tail" autotomy in scorpions appears to be adaptive when compared with the alternative strategy of not autotomize and eventually die during a predator attack.
 
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Date de Publication
2021-02-15
 
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