When males are selective, they can either reject low-quality females or adjust their reproductive investment in response to traits that indicate female quality (e.g., body size or condition). According to the differential allocation hypothesis, males increase their reproductive investment when paired with high-quality females (positive differential allocation) or increase their reproductive investment when paired with low-quality females (negative differential allocation). This hypothesis has been proposed for monogamous species with biparental care, and most empirical studies focus on birds. Here we used the polygamous spider Paratrechalea ornata, in which males offer prey wrapped in silk as nuptial gifts, to test whether males adjust their reproductive investment in gift size, pre-copulatory and copulatory courtship intensity, and sperm transfer in response to female body condition. We found that males exposed to females in good body condition added more flies to the gift, stimulated these females more intensively with abdominal touches during pre-copulatory courtship, and had longer pedipalp insertions than males exposed to females in poor body condition. Female condition affected neither silk investment in nuptial gift wrapping nor the quantity of sperm transferred by males. Finally, females in good body condition laid more eggs and oviposited faster after copulation than females in poor body condition. We provide experimental evidence that males of a gift-giving spider exhibit positive differential allocation in three key aspects of their reproductive investment: the size of the nutritious gift, pre-copulatory courtship intensity, and duration of pedipalp insertions, which is regarded as a form of genital courtship by males in spiders. This positive differential allocation is likely associated with the benefits of copulating with females in good body condition. These females are more fecund and oviposit faster after copulation than females in poor body condition, which under natural field conditions probably reduce the risk of multiple matings and thus the level of sperm competition faced by the males. As a final remark, our findings indicate that the hypothesis of differential allocation also applies to species with a scramble competition mating system, in which males heavily invest in nuptial gift construction, but not in parental care

Quando machos são seletivos, eles podem rejeitar fêmeas de baixa qualidade ou podem ajustar seu investimento em reprodução em resposta a características femininas que indiquem qualidade (e.g., tamanho ou condição corporal). Segundo a hipótese de alocação diferencial, machos podem incrementar o investimento reprodutivo quando se acasalam com fêmeas de alta qualidade (alocação diferencial positiva) ou podem incrementar o investimento reprodutivo quando se acasalam com fêmeas de baixa qualidade (alocação diferencial negativa). Esta hipótese foi proposta para explicar comportamentos de espécies monogâmicas com cuidado biparental e a maioria dos testes empíricos foram feitos com aves. Neste trabalho, utilizamos Paratrechalea ornata, uma aranha polígama em que os machos oferecem presas envoltas em seda como presente nupcial, para testar se os machos ajustam o investimento reprodutivo em tamanho do presente nupcial, intensidade do cortejo pré-copulatório e copulatório e transferência de esperma em resposta à condição corporal da fêmea. Encontramos que machos expostos a fêmeas em boa condição corporal agregam mais moscas ao presente nupcial, estimulam mais intensamente as fêmeas com toques no abdômen durante o cortejo pré-copulatório e fazem inserções dos pedipalpos mais duradouras do que machos expostos a fêmeas com má condição corporal. A condição corporal da fêmea não afetou o investimento em seda no presente nupcial nem a quantidade de esperma transferido. Finalmente, fêmeas em boa condição corporal colocam mais ovos e ovipositam mais rápido do que fêmeas em má condição corporal. Com estes resultados demonstramos que machos com presentes nupciais apresentam alocação diferencial positiva em três aspectos do seu investimento reprodutivo: tamanho do presente nupcial, intensidade de cortejo pré-copulatório e a duração das inserções dos pedipalpos (cortejo copulatório). A alocação diferencial positiva está associada aos benefícios de se acasalar com fêmeas em boa condição corporal. Estas fêmeas são mais fecundas e ovipõem mais rápido que as fêmeas em má condição corporal. Estas características provavelmente podem reduzir o risco de múltiplos acasalamentos das fêmeas na natureza e, portanto, a competição espermática enfrentada pelos machos seria menor. Finalmente, nossos resultados indicam que a hipótese de alocação diferencial também aplica para espécies que investem em presentes nupciais, mas não têm cuidado parental à prole