Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.41.2020.tde-13022020-171416
Documento
Autor
Nome completo
Karine Bianca Nascimento
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2019
Orientador
Banca examinadora
Migotto, Alvaro Esteves (Presidente)
Almeida, Ana Carolina Sousa de
Kawauchi, Gisele Yukimi
Morandini, André Carrara
Título em português
Diversidade e revisão taxonômica da família Beaniidae (Bryozoa, Cheilostomata)
Palavras-chave em português
Beania
Bryozoa
Taxonomia
Resumo em português
A família Beaniidae, atualmente composta por três gêneros, Beania Johnston, 1840, Stolonella Hincks, 1883, e Amphibiobeania Metcalfe, Gordon & Hayward, 2007, tem sido caracterizada por ter colônias com tubos conectores ou estolões entre os autozooides, uma superfície frontal inteiramente membranosa, e rizoides anexando a colônia ao substrato. Várias espécies foram descritas para a família, das quais cerca de 2/3 foram mal descritas e baseadas em relativamente poucos espécimes. Isso e o fato de os briozoários geralmente exibirem certo grau de plasticidade morfológica podem levar a suposições erradas quanto à variabilidade intraespecífica de caracteres morfológicos e delimitações de espécies, tornando a taxonomia da família bastante complexa e confusa. Como resultado, a avaliação de sua diversidade, bem como as análises de distribuições geográficas e a avaliação de espécies exóticas e invasoras, são prejudicadas. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão taxonômica da família Beaniidae, realizando análises quantitativas e qualitativas dos caracteres morfológicos de colônias recém-colhidas em várias localidades do mundo e das coleções científicas onde esta é mais bem representada. Cerca de 700 espécimes referentes aos gêneros Beania (68 espécies), Stolonella (1 espécie) e Amphibiobeania (1 espécie), depositados em diferentes coleções biológicas (Victoria Museum, Austrália; Natural History Museum of London, UK; National Institute of Water and Atmospheric Research, Nova Zelândia; Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Brasil; Museu Nacional do Rio de Janeiro, Brasil), foram examinados sob microscopia eletrônica de varredura. Entre esse material, há aqueles reunidos em grandes expedições do século XIX e início do século XX. Das 70 espécies descritas para a família, 54 foram analisadas, incluindo o material-tipo de 39. Este estudo revelou novos caracteres para a distinção de espécies na família, principalmente para o gênero Beania, incluindo forma, tamanho, posição e número de espinhos, aviculáriao tubos conectores, rizoides e câmaras de incubação embrionária e larval. 70 espécies descritas válidas e 26 outras espécies novas para a ciência (a serem formalmente descritas) são reconhecidas para a família. Além disso, 3 espécies são sinonimizadas; 2 são consideradas espécies inválidas; e 5 espécies nominais possivelmente compreendem complexos de espécies. As espécies conhecidas de Beania foram categorizadas, empregando os novos caracteres, em quatro subgrupos: 1) colônia unisserial com tubo conector longo, 2) colônia unisserial com tubo conector curto, 3) colônia reticulada com tubos conectores proximais e, 4) colônia reticulada com seis tubos conectores (proximal, mediano e distal). Se esses subgrupos devem ser elevados ao nível de gênero depende de futuras análises filogenéticas morfológicas e moleculares
Título em inglês
Diversity and taxonomic review of family Beaniidae (Bryozoa, Cheilostomata)
Palavras-chave em inglês
Beania
Bryozoa
Taxonomy
Resumo em inglês
The family Beaniidae, currently comprising three genera, Beania Johnston, 1840, Stolonella Hincks, 1883, and Amphibiobeania Metcalfe, Gordon & Hayward, 2007, has been characterized by having colonies with connecting tubes or stolons linking the autozooids, an entirely membranous frontal surface, and rhizoids attaching the colony to the substrate. Several new species have been assigned to the family, about 2/3 of which were poorly described and based on relatively few specimens. This and the fact that bryozoans commonly exhibit certain degree of morphological plasticity may led to wrong assumptions regarding intraspecific variability of morphological characters and species delimitations, making the taxonomy of the family rather complex and confuse. As a result, the evaluation of its diversity, as well as analyses of geographical distributions and the assessment of exotic and invasive species are impaired. Therefore, the purpose of this study was to carry out a taxonomic revision of the family Beaniidae performing quantitative and qualitative analyses of morphological characters from colonies newly collected on various localities of the world and from the scientific collections where it is most well represented. About 700 specimens referred to the genera Beania (68 species), Stolonella (1 species), and Amphibiobeania (1 species), deposited at different biological collections (Victoria Museum, Australia; Natural History Museum of London, UK; National Institute of Water and Atmospheric Research, New Zealand; Zoological Museum of University of São Paulo, Brazil; National Museum of Rio de Janeiro, Brazil), were examined under light and scanning electron microscopy. Among this material, there were those gathered by 19th and early 20th century great expeditions. Of the 70 species described for the family, 54 were analysed, including the type material of 39. This study revealed new characters for species discrimination within the family, mainly for the genus Beania, including shape, size, position, and number of spines, avicularia, connecting tubes, rhizoids, and brood chambers for embryonic and larval incubation. 70 valid described species and 26 other new species to science (to be formally described) are recognized for the family. Additionally, 3 species are synonymized; 2 are considered invalid species; and 5 nominal species possibly comprise species complexes. The known species of Beania were categorized, employing the new characters, in four subgroups: 1) uniserial colony with long connecting tubes, 2) uniserial colony with short connecting tubes, 3) reticulated colony with proximal connecting tubes and, 4) reticulated colony with six connecting tubes (proximal, median, and distal). Whether these subgroups should be raised to genus-level depends on future morphological and molecular phylogenetic analyses
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Data de Publicação
2020-02-28