Com base na fenomenologia de Merleau-Ponty, compreendemos que a experiência vivida é a nossa forma mais pura de conhecimento e é por nossas relações corporais que vamos significando o mundo. Neste sentido, o objetivo desta tese foi identificar as experiências vividas por um grupo que participou da Ginastrada Mundial (GM) no ano de 2019 em Dórnbirn (Áustria) festival de Ginástica para Todos (GPT) realizado pela Federação Internacional de Ginástica. Nosso intuito foi compreender como essas experiências se configuraram nos relatos dos participantes sobre as oportunidades que um evento pode proporcionar. Ponderamos o resgatar das descrições como ações exploratórias em consonância à redução fenomenológica. Escolhemos a observação participante, utilizando diários de campo e registros audiovisuais. Após o evento, convidamos cada um dos 16 participantes para uma entrevista em profundidade e estudamos suas mídias sociais como método visual. Para confiabilidade das ações, tivemos o apoio de uma amiga crítica e optamos pela checagem de membros, devolvendo uma narrativa a cada entrevistado para confirmação de nossas descrições. Como última etapa, enviamos um questionário sobre aspectos do grupo e da participação no festival. Para além da redução fenomenológica, aderimos à análise fenomenológica, descrevendo as percepções tal qual foram sendo compiladas, observando as similitudes e diferenças. Mesmo com temáticas híbridas, identificamos reflexões acerca desses corpos que perpassaram as individualidades e as relações interpessoais. Percebemos que a GM proporcionou a incorporação de identidades modos de ser-no-mundo, como também potencializou o encontro corpo-outro. O coletivo experenciou situações de extrema alegria, tristeza e preocupação, cujas marcas se aprofundam em suas memórias. Pudemos refletir sobre a atmosfera promovida pelo evento, assim como as emoções compartilhadas que tocaram o modo de ser-junto dos nossos colaboradores. No que tange a GPT, o festival revelou sua pluralidade e possibilidade inclusiva que tocou os membros do grupo. Por fim, corroboramos com a literatura vigente no que diz respeito aos festivais ginásticos como oportunos espaços motivacionais de interação social e aprendizado

Based on Merleau-Ponty's phenomenology, we understand that the lived experience is our purest form of knowledge, and it is through our bodily relationships that we signify the world. Thus, the aim of this thesis was to identify the experiences lived by a group who participated in the World Gymnastics (WG) in 2019, Dórnbirn (Áustria) Gymnastics for All (GfA) festival idealized by the International Gymnastics Federation. Our aim was to understand how these experiences were configured in the participants' reports about the opportunities that an event can provide. We consider the rescue of descriptions as exploratory actions in line with the phenomenological reduction. We chose participant observation, using field notes and audiovisual aids. After the event, we invited each of the 16 participants for an in-depth interview and studied their social media as a visual method. For the reliability of the actions, we opted for the support of a critical friend and for the member checking, returning a narrative to each interviewee to confirm our descriptions. As a last step, we sent a questionnaire about aspects of the group and participation in the festival. In addition to the phenomenological reduction, we adhere to the phenomenological analysis, describing the perceptions as they were being compiled, observing the similarities and differences. Even with hybrid themes, we identified reflections about these bodies that permeated individualities and interpersonal relationships. We realized that WG provided the incorporation of identities - ways of being-in-the-world, as well as potentialized the body-other meeting. The collective experienced situations of extreme joy, sadness and concern, whose marks dig deep into your memories. We were able to reflect about the atmosphere promoted by the event, even as the shared emotions that touched the way of being together of our participants. Regarding GfA, the festival revealed its plurality and inclusive possibility that touched the group members. Finally, we corroborate the current literature regarding gymnastic festivals as an opportune motivational space of social interaction and learning