A prática regular de exercício físico tem se mostrado uma eficiente aliada na prevenção de várias patologias, entre elas as respiratórias. Estudos mostram as principais modificações ocorrendo na imunidade inata, mais especificamente nas mucosas, nos indicando que o exercício intenso e extenuante suprime o sistema imunológico, ao passo que o exercício moderado tem o efeito contrário. Ainda que estabelecido que as doenças respiratórias apresentam forte componente sazonal, pouco se compreende da associação entre a sazonalidade, as diferentes formas de prática, como os exercícios aeróbicos e resistidos, e a intensidade, com a prevalência destas doenças. O presente estudo avaliou a associação entre a prática de exercício físico em seus diferentes tipos e a frequência dos sintomas associados a infecções respiratórias sazonais. Por meio de pesquisa descritiva, retrospectiva observacional, observamos as variações anuais de sintomas associados a doenças respiratórias para os diferentes perfis de prática de exercício físico, com especial atenção nas estações de outono e inverno, que os apresentam com maior frequência. Realizaram-se análises descritivas dos sujeitos e das taxas de retorno do questionário aplicado, bem como teste de normalidade, sendo que a amostra indicou ser não normal. A amostra foi composta por 374 sujeitos elegíveis para análise, 37% de indivíduos do sexo masculino e 63% do sexo feminino. A idade média dos sujeitos foi de 39 anos (DP=12) variando de 18 a 77 anos. As análises descritivas incluíram o estudo dos componentes principais e por agrupamentos, e as análises inferenciais compreenderam os modelos semicontínuos para os três índices desenvolvidos. As análises confirmaram que os sujeitos que praticam exercício físico regularmente apresentam médias de sintomas menor que sedentários e foi observada a associação significativa com a inclusão da prática de exercício resistido na rotina de treinamento com uma diminuição na frequência de sintomas no período de inverno. Tal fato foi observado em todos os grupos estudados, lançando luz a um novo problema de pesquisa a ser explorado

The regular practice of physical exercise has been shown to be an efficient ally in the prevention of several pathologies, including respiratory ones. Studies show the main changes occurring in innate immunity, more specifically in mucous membranes, indicating that intense and strenuous exercise suppresses the immune system, while moderate exercise has the opposite effect. Although it has been established those respiratory diseases have a strong seasonal component, a little is understood in the association between seasonality, different forms of practice, such as aerobic and resistance exercises, intensity, with the prevalence of these diseases. The present study aimed to evaluate the association between the practice of physical exercise in its different types, and the frequency of symptoms associated with respiratory diseases. Through descriptive research, and observational retrospective, we observed the annual variations in respiratory disease symptoms for the different profiles of physical exercise practice, with special attention in the autumn and winter seasons, which present them more frequently. Descriptive analyzes of the subjects and questionnaire return rates were performed, as well as a normality test, showing the sample to be non-normal. Information was obtained from 374 eligible subjects for analysis. The sample was composed of 374 subjects eligible for analysis, 37% male and 63% female. The mean age of the subjects was 39 years (SD=12) ranging from 18 to 77 years. The descriptive analyses included the study of the main components and by clusters, and the inferential analyses comprised the semi-continuous models for the three indexes developed. The analyses confirmed that the subjects who practice physical exercise regularly present lower than sedentary means of symptoms and the significant association of the practice of resistance exercise was observed with a decrease in the frequency of symptoms in the period of winter. This fact was observed in all the subgroups studied, shedding light on a new research problem to be explored