As empresas de telecomunicações conseguem monetizar e dispor da multilocação, clientes específicos e casos de uso por meio do network slicing, atendendo, de forma automatizada, aos Acordos de Níveis de Serviços exclusivos de cada fatia ou slice fim a fim. Adiante, vislumbra-se um ambiente com vários fornecedores e redução das barreiras à adoção de redes públicas e privadas de comunicação baseadas nos padrões de tecnologias de redes móveis 5G. Então, a implementação de redes baseadas em Rede de Acesso ao Rádio Aberta (Open RAN) com Orquestração dos Serviços de Rede constitui-se num caminho evolutivo da funcionalidade de acesso ao rádio para segmentos de transporte e núcleo com escalabilidade e automação nativos da nuvem. Isso trará novos atores e integradores de sistemas capazes de estender e criar soluções federadas, flexíveis e resilientes. Todavia, é necessário ter uma arquitetura hierárquica e distribuída que integre diferentes orquestradores dinâmicos, multiprovedores, atuando em cada segmento da rede e proporcionando handover horizontal para processar o network slicing sob a infraestrutura de telecomunicações existente em um ecossistema aberto e confiável. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é conceber o 5G-Transversal, um framework conceitual para orquestração dos serviços de redes móveis com garantia da qualidade de serviços e, consequentemente, da continuidade dos serviços fim a fim, atuando em redes 5G e gerações futuras em domínios heterogêneos. Os métodos empregados partiram do levantamento de requisitos, seguindo pela avaliação de modelos de orquestração similares da literatura, pelo projeto e descrição do 5G-Transversal até sua verificação, culminando na proposta de solução. Como resultados principais, obtiveram-se o metamodelo do 5G-Transversal verificado em um estudo de caso de uso médico hipotético, porém plausível ao atendimento ultraconectado de urgência, acompanhado da proposição inicial de um modelo de negócios inovador. O usuário final terá uma relação direta exclusivamente com um Prestador de Serviços de Conectividade, que será responsável pela interface com diferentes empresas de telecomunicações através de uma entidade orquestradora. Portanto, o 5G-Transversal propõe contribuições às ações regulatórias, à evolução científica e tecnológica das redes 5G e gerações futuras, oferecendo a possibilidade de impactos econômico e social com a quebra de paradigma para o mercado de telecomunicações com foco no usuário final.

Telecommunications companies can monetize and deploy multi-tenancy, specific customers, and use cases through network slicing by automatically meeting unique Service Level Agreements of each slice end-to-end. Ahead, a multi-vendor environment and lower barriers to the public and private communication networks based on the 5G mobile network technologies standards will occur. Hence, deploying networks based on Open Radio Access Network with the Network Service Orchestration constitutes an evolutionary path from radio access functionality to the transport and core segments with cloud-native scalability and automation. It will bring new players and systems integrators able to extend and create federated, flexible, and resilient solutions. However, it is necessary to have a hierarchical and distributed architecture that integrates different dynamic and multi-provider orchestrators, acting in each network segment and providing horizontal handover to process network slicing under the existing telecommunications infrastructure in an open and reliable ecosystem. In this sense, this work aims to conceive 5G-Transversal, a conceptual framework for orchestrating mobile network services with guaranteed quality of service and, consequently, the continuity of end-to-end services operating in 5G and future generation networks at heterogeneous domains. The methods used started from the requirements survey, followed by the evaluation of similar orchestration models in the literature, from the design and description of the 5G Transversal to its verification, culminating in the solution proposal. As the main results, the 5G-Transversal metamodel verified in a hypothetical medical use case study but plausible for ultraconnected emergency care, accompanied by the initial proposition of an innovative business model. The end-user will have a direct and exclusive relationship with a Connectivity Service Provider responsible for interfacing with different telecommunications companies through an orchestrating entity. Therefore, 5G-Transversal proposes contributions to regulatory actions to the scientific and technological evolution of 5G and future communication systems, offering the possibility of generating economic and social impacts with a paradigm shift for the telecommunication market focused on the end-user.