Inicialmente vista como insegura pelas empresas, cada vez mais a Computação em Nuvem (CN) se consolida como um paradigma viável para a contratação de recursos computacionais nos seus diferentes modelos de serviços. No entanto, Instituições Financeiras (IFs), especialmente bancos tradicionais e de grande porte, vêm manifestando desconfiança em relação à CN. Esta desconfiança origina-se na percepção dos riscos associados à nuvem, mormente aqueles relacionados a segurança das informações e a contratação externa de serviços. Fintechs e Big Techs, startups que utilizam intensivamente tecnologia, inclusive a CN, entram agora no domínio do setor financeiro, ganham terreno e conquistam clientes que tradicionalmente foram atendidos por bancos há muito estabelecidos. Essas novas empresas fizeram emergir um ambiente competitivo que exige maior velocidade e agilidade da área de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos tradicionais, Apoiando-se nos conceitos e definições da CN, teoria ator-rede, riscos e incertezas em projetos, este trabalho tem por principal objetivo analisar a questão da adoção da CN em bancos do varejo brasileiro, examinando a sua evolução e investigando o papel dos principais atores neste processo. Através de estudo de casos múltiplos, envolvendo iniciativas realizadas nos bancos, pôde-se observar que estas organizações começaram a tirar proveito da CN com o uso de infraestruturas de nuvem privada, apoiadas em software aberto para evitar a dependência de fornecedores exclusivos. Além disto, ainda que as nuvens públicas venham ocupando cada vez mais espaço, os bancos permanecem reticentes em utilizá-las em aplicações relativas ao core bancario.

At first perceived as insecure by the companies, Cloud Computing (CC) is increasingly becoming a feasible paradign to hire computing resources in their diferente servisse models. However, the Financial Institutions (FIs), mainly large, traditional banks, have shown distrust regarding CC. Such distrust is due to the perception of risks associated to the cloud, mostly those related to information security and the external contracting of services. Fintechs and Big Techs, startups with intense use of technology, including CC, are now in the financial industry domain, gaining ground and getting clientes who traditionally were served by long established banks. These new players have given rise to a competitive environment, which requires more speed and agility from the IT área of traditional banks. Based on the concepts and definitions of CC, autor-network theory, risks and uncertainties, the objective of this pape ris to analyze the issue of adopting CC in Brazilian retail banks, examining its evolutions and studying the role of the main stakeholders in this process. Through the study of multiple cases, involving initiatives carried out by banks, we have observed that these organizations started to take advantage of the CC with the use of private cloud network, supported with open software to avoid dependency on exclusive vendors. However, even with the increasingly pervasive public clouds, the banks remain reluctant to use them in applications related to banking core.