O processamento mecânico denominado de trefilação ou estiramento é tradicionalmente desenvolvido a frio, em barras ou em rolos, objetivando a obtenção de um produto final com tolerâncias dimensionais mais estreitas, melhor acabamento superficial e propriedades mecânicas superiores aquelas obtidas pelos processos de laminação ou extrusão a quente. Observou-se que, após a trefilação a frio, submetendo-se o material a um beneficiamento (alívio de tensões), resultou em resistências à tração mais elevadas e menores tensões residuais. Mais recentemente vem sendo fetas experiências objetivando desenvolver o processo a média temperatura. Poucos trabalhos foram desenvolvidos nessa linha, entretanto, a trefilação a média temperatura produz barras com todas as vantagens obtidas pelo processamento a frio, somando-se resistências consideravelmente maiores, com melhor uniformidade estrutural e qualidade ainda não disponíveis comercialmente. Aços carbono, trefilados a média temperatura, poderão substituir com sucesso alguns materiais ligados, tratados termicamente, por oferecer resistências comparáveis, além do que, a possibilidade de eliminação do tratamento térmico, limpeza, pós-endireitamento, inspeção, etc., contribuíram sensivelmente para uma economia de custos. Neste trabalho, em diferentes etapas experimentais, analisamos os materiais de baixo e médio carbono, especificamente o SAE-1020 e o SAE-1045. O propósito fundamental desse trabalho foi analisar detalhadamente, a técnica de trefilação a média temperatura. Procurou-se, também, determinar uma avaliação energética entre esse processo e a técnica convencional de estirar e beneficiar a posteriori, resultando numa vantagem significativa. No que se refere aos problemas de ordem dimensional e de acabamento superficial, constatou-se um perfeito enquadramento com as normasque atendem as condições processuais convencionais, ou seja, a frio. Buscou-se, também, estabelecer uma correlação entre propriedades mecânicas e microestruturais na definição dos mecanismos envolvidos.

The mechanical working procedure known as drawing or stretching is traditionally developed through the cold route, in the formo f bars or in rolls, aiming at a final product with narrowtolerances, a better surface finish and mechanical properties superior to those obtained by the hot extrusion or rolling processes. It was observed that after cold-drawing, submitting the material to a stress relief resulted in higher tensile strengths and smaller residual tensions. Recently, experiences have been conducted with the purpose of developing the processa t a worm working temperature. Little research has been developed along this line, however this route produces bars with all advantages obtained. By the cold procedure in addition to significant improvement in the mechanical resistance, with enhanced structural uniformity and qualities not yet commercially available. Carbon steels, drawn at those warm temperatures may replace with sucess some alloyed materials, heat-treated, offering comparable properties, apart from the possibility of elimination of such as heat-tretamente, cleaning, post-straightening, inspection, etc. with substantial contribution to the economy of costs. In this work, through diferente experimental stages, low and médium carbono steels, namely SAE-1020 and SAE-1045, have been analysed. The main purpose of this work was to analyse in detail the worm drawing technique. An energetic evaluation between this process and the conventional drawing technique and a subsequent heat treatment was also conducted, showing a meaningful advantage. Regarding the problem of dimensional accuracy and surface finish, a perfect fitting with cold processed material standards has been found. An attempt was also tried to establish a correlation between the mechanical and micro-estructural properties in the definition of the mechanisms involved.